quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ata de 23 de Novembro de 2010


Ata do CLUBINHO do dia 23 de novembro de 2010. Reunião jantar realizada pelo Mauro Mesquita de nº 20 no Restaurante e Pizzaria Baggio na Rua Sete. Descreve o Nei, autor desta ata que iniciando o jantar, ainda nos petiscos, notou-se a ausência das tradicionais azeitonas na pizza portuguesa pedida. Após acurada busca, descobrimos que no prato do Capitão Malvinas, nada mais nada menos que seis caroços. Há suspeita de que engoliu outros quatro. Para espanto de todos presentes, o cardápio oferecido veio em inglês. Foi solicitada a imediata substituição por outro em alemão, como cabe a tradição numa cidade como Blumenau. O patrocinador da noitada, atrasado, chegou, assinou o cheque. Atitude que deixou bastante aliviados os comensais. Na sequerncia se escafedeu para participar do aniversário da filha. Obviamente o cheque ficou em poder do mano Márcio. Não por falta de confiança, entende..... O Adilson confessou que pagou à empresa especializada (em picaretagem), pelo título de Melhor Ginecologista do Exército da Rua Floriano Peixoto (já que os títulos das demais ruas já haviam sido vendidos anteriormente...). Segundo informou o associado, teve direito à discurso na noite do jantar no Guarani. O Nei sentiu-se magoado, porque também pagou pelo título de Melhor empresa organizadora de eventos de Blumenau e não pode ler o belíssimo discurso que levou por escrito (segundo alguns presentes o fato deu-se porque já era hora do café da manhã e não havia mais ninguém para ouví-lo... falando em comendas, o Lelo apresentou-se como "indicador oficial de comendas de Blumenau. Tudo à preços bastante acessíveis. Tinha comenda até do Vaticano. A mais barata era a "Anita Garibaldi", que por ser local, tinha baixa procura. O Dr. Adilson assumiu ainda ter sido contemplado com o título de "Gigante" pelo Gustavo Siqueira. O Nei também o foi, mas safou-se de comparecer com um belíssimo email de desculpas que mais tarde serviu de modelo para outros homenageados. Após breve discussão, o Adilson foi acusado de ser o número 24 dentre os associados do CLUBINHO. Brandindo o cartão de endereços da entidade, qual sabre em batalha, eximiu-se do número maldito. A pergunta que não cala: quem era o número 24 ? ( o cunhado Chico Birga) Segundo o Quico, nos idos dos anos sessenta, gente de bem não andava de chinelos (mesmo havaianas) na rua XV. Apenas era ousadia de residentes na 7 de Setembro. Ainda dentro do mesmo assunto, dizem que o Bola agora só usa aquele sapatão holandês que atende pelo nome de Crock. Dizem que devido ao problema gotoso, ele calça crock número 64, cor de rosa - Muitas apostas sobre a data de retorno do Bola ao CLUBINHO - os maldosos diziam que "nunca mais". Na média espera-se o retorno para o final do ano (de 2012). Muito comentada a utilização de óleo de pinhão manso no jato da Tam durante voo nesta segunda-feira. Perguntava-se qual o estado produtor do já famoso combustível. A bancada gaúcha do CLUBINHO garante que das terras gaúchas esse troço não vem. Que no Rio Grande não tem essas coisas... Ad referendum do presidente, após acalorados debates, marcou-se a reunião de encerramento de ano do CLUBINHO para dia 17 de dezembro, uma sexta-feira, no salão de festas do prédio do Nei, em Balneário Camboriú. Para evitar inconvenientes, os presentes optaram por fazer a reunião festiva sem "amigo secreto". O ágape será preparado pelo Chef Bao, com o apoio do auxiliar de cozinha Daniel. As despesas serão rateadas entre os membros do CLUBINHO, independente ou não de sua participação. E para alívio dos garçons e também dos presentes na mesma sala do restaurante, se fomos, com a idéia de passar na casa do Mauro para, durante o aniversário de sua filhota, filar uma sobremesa...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um em cada seis


O médico urologista, que cuida da saúde do "PIB" brasileiro, fala sobre os principais temores masculinos, como problemas na próstata, disfunções sexuais e decadência física. Não tem nem o que questionar: quando se fala em urologia, e principalmente em saúde masculina, primeiro nome da agenda e da confiança dos principais políticos, empresários e brasileiros em geral é o do médico Miguel Srougi. Considerado o número 1 do Brasil em cirurgias de câncer de próstata ( já realizou 2.900), atende em seu consultório gente como o presidente Lula, José Alencar, José Serra , Geraldo Alckmin, Joseph Safra, Lázaro Brandão, Abílio Diniz e Antônio Ermírio de Moraes, entre outros pesos pesados. Professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP, pós-graduado pela Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos, 35 anos de carreira, uma dezena de livros publicados e outra centena de artigos espalhados mundo afora, Srougi tem a simplicidade daqueles que muito sabem, pouco ostentam e continuam lutando. Ele se dedica integralmente ao que faz - trabalha todos os dias, das 7 da manhã às 10 da noite - abriu mão da vida pessoal, é casado, pai de dois filhos e não tem receio de dizer que se envolve demais com seus pacientes. "Sofro muito e esse sofrimento é um dos fatores de sucesso da minha carreira, porque acabo me entregando mais aos doentes." Embora viva intensamente entre os limites das dores da perda e alegrias dos resgates da vida, Srougi, aos 60 anos, se abastece lecionando na Faculdade de Medicina, "uma de minhas razões existenciais". No ano passado inaugurou um moderno centro de ensino e pesquisa para seus alunos, garimpando verbas junto aos seus pacientes poderosos. A sala ganhou o nome de Vicky Safra, mulher de Joseph Safra, em homenagem ao banqueiro que doou a maior parte dos recursos. Nesta entrevista, o maior especialista em câncer de próstata do país afirma que "todo homem nasce programado para ter a doença" e que, se viver até os 100 anos, inevitavelmente vai contraí-la. Fala ainda sobre medos, fantasmas masculinos, impotência, novos tratamentos e seus sonhos pessoais. E conta por que trocou o Hospital Sírio-Libanês pelo Oswaldo Cruz, depois de 30 anos. A seguir, os principais trechos.
ASSOMBROS MASCULINOS
Os homens têm uma certa sensação de invulnerabilidade - isso faz parte da cabeça deles. Passam boa parte da sua vida livre de todos os incômodos que a mulher tem, fazendo com que relaxem mais com a sua saúde. Com o passar dos anos, começam a perceber a sua vulnerabilidade e passam a dar um pouco mais de valor aos cuidados médicos. O que mais os atemoriza hoje? Problemas com a próstata, disfunções sexuais e a decadência física, que mexe muito com a cabeça das mulheres, mas também com a deles. As mulheres pautam muito a vida em função da beleza e os homens, da força, da virilidade, da capacidade de agir, raciocinar. E na hora em que surgem falhas nessas áreas, ele percebe que, talvez, não seja aquele ser imortal que achava que fosse.
ENVELHECIMENTO
Há dois profundos temores hoje nos homens: o primeiro é o crescimento benigno da próstata, um fenômeno que ocorre em praticamente todos eles: ela aumenta de tamanho depois dos 40 anos e,
dessa forma, o canal da uretra fica ocluído. Isso faz com que o homem comece a urinar sucessivas vezes, a não ficar em uma reunião prolongada, tem de levantar à noite, prejudica o sono, acorda mal, pode ter descontroles de urina. O crescimento benigno é quase inexorável: todos os homens vão ter em maior ou menor grau; felizmente, apenas um terço, 30%, tem sintomas mais significativos que exigem apoio médico. Nesses casos, há medicações que desobstruem parcialmente a uretra e fazem o indivíduo urinar e viver melhor; apenas de 4% a 5% dos homens têm de fazer uma cirurgia para desobstruir a uretra por causa desse crescimento benigno. Essa é uma cirurgia, que se faz com segurança e sem os inconvenientes de uma cirurgia maior nos casos de câncer. Ela remove apenas o fator obstrutivo, o homem passa a viver melhor e sem nenhuma seqüela. Esse crescimento não tem causa conhecida, surge por um desequilíbrio hormonal no homem maduro, ou seja, as células da próstata passam a se proliferar em decorrência dos hormônios. Não tem como prevenir. Existem algumas medidas, mas nenhuma consistente.
OBESOS E FUMANTES
Existe a idéia de que o obeso e os fumantes teriam menos crescimento benigno da próstata. O que é interessante é que a próstata seria o único lugar no organismo que eles deixam de ter todas as desvantagens, mas a realidade é meio dura: recentemente se apurou que eles são menos operados da próstata, mas não porque ela não cresce, mas pelo receio dos médicos de operá-los porque complicam mais e também porque muitas vezes não vivem o suficiente para ser operados - morrem antes. É uma realidade perversa.
REALIDADE NUA E CRUA
O câncer na próstata adquire maior relevância porque tem uma grande prevalência: 18% dos homens - um em cada seis - manifestarão a doença.E também porque o tumor, que ocorre com muita frequência dentro da próstata, é eliminado com sucesso em 80%, 90% dos homens. Se esse tumor não é identificado no momento certo e se expande, saindo para fora da próstata, as chances de cura caem para 30%. É um tumor muito comum e se for detectado a tempo, tem como resgatar esse paciente. Dos 18%, somente 3% morrem - a medicina consegue curar 15% dos homens,ou seja, a maioria. Mas vale dizer que todo homem nasce programado para ter câncer de próstata. Ou seja, nós temos, nas nossas células, genes que as estimulam a virar cancerosas e eles ficam bloqueados durante a nossa existência. Quando o indivíduo envelhece, esses mecanismos de bloqueio deixam de exercer o seu papel e o câncer começa a se manifestar. Com isso vai aumentando a freqüência da doença e todo homem que chegar aos 100 anos vai ter câncer de próstata.
SEM FANTASIA
O exame de toque - um dos meios de se detectar a doença - gera na cabeça dos homens fantasias negativas e receios, mas, na verdade, eles tem muito medo da dor. Tanto é que os que fazem pela primeira vez, no ano seguinte perdem o medo. Leva três ou quatro segundos e não dói. Então, um dos fatores de resistência é eliminado. Existe um segundo sentimento, que é muito forte: expressar, exteriorizar uma fraqueza se a doença for descoberta. O homem tem pavor disso porque, de acordo com todas as idéias evolucionistas, só vão sobreviver aqueles que forem fortes. É comum você descobrir um câncer no indivíduo, e ele entrar em pânico, não pela doença, mas porque as pessoas vão descobri-la. Porque o câncer é muito relacionado com morte, decadência física, perda da independência, dependência dos outros. O homem não aceita essa idéia, e prefere fechar os olhos e enfiar a cabeça debaixo da terra a enfrentar, mostrando para o mundo e às pessoas que ele é um ser mais fraco. Isso vai afetar a imagem dele, acha que vai perder poder sobre outras pessoas, porque ninguém obedece a um fraco, alguém que vai morrer. Isso vai contra a idéia que temos de ser mais fortes para sobreviver.
A PERFORMANCE DO ROBÔ
Estamos fazendo cirurgias com robô, que permite uma visão muito mais precisa do campo cirúrgico, elimina os tremores da mão do cirurgião, permite incisões pequenas, uma operação muito mais perfeita porque os movimentos dele são muito suaves. Isso é muito novo no Brasil. Fiz o primeiro caso há dois meses, no Sírio-Libanês. E agora, o Albert Einstein tem e o Oswaldo Cruz está adquirindo. Nos Estados Unidos se faz cirurgia robótica em larga escala. Lá, o robô ganha em performance do cirurgião médio, mas ele ainda perde do habilitado. Tenho mais de 2.900 pacientes operados de câncer de próstata pessoalmente. Eu sou o terceiro cirurgião do mundo nesse quesito - só perco para dois americanos e eles estão parando de trabalhar. Apesar de ter essa grande experiência, quando comecei a operar, 35% ficavam com incontinência urinária grave. Agora são só 3%. Impotentes, todos também ficavam. Hoje, se o homem tem menos de 55 anos, a incidência é de 20% - antes era 100%. Há também enxertos de nervos, porque a impotência se deve à remoção de dois nervos que passam perto da próstata e nós estamos fazendo esse enxerto quando somos obrigados a retirá-los nos casos em que o tumor fica grudado. Entre os pacientes que fizeram os enxertos, metade voltou a ter ereções com o tempo.
IMPOTÊNCIA, O QUE FAZER?
Esses novos remédios para tratar a disfunção sexual contornam 1/3 da impotência, tanto após a cirurgia quanto depois da radioterapia. Se os comprimidos não atuarem, existem injeções. Há ainda próteses penianas que são muito desenvolvidas e produzem uma ereção que quase não tem nenhuma diferença em relação à normal. Isso permite que o homem reassuma a vida sexual plenamente e que as mulheres tenham muita satisfação. Os homens ficam extremamente felizes - são hastes colocadas dentro do pênis. Não fica marca, nem cicatriz. Nos Estados Unidos, entrevistaram as mulheres sobre os homens que tinham prótese e asrespostas foram positivas. Ela funciona muito bem.
O PAPEL DAS MULHERES
Os homens são resistentes: eles relutam muito em ir ao médico fazer um exame de próstata e só vão quando a mulher os empurra: dois terços dos pacientes no consultório de Miguel Srougi são trazidos por elas. Ligam para marcar a consulta, os acompanham. A gente não vê mulheres jovens trazendo homens jovens para fazer exames. A gente vê mulheres maduras. Claro que o jovem não está na faixa de risco. Mas existe um outro significado da importância da mulher. Primeiro, que ela é pragmática e incentiva o marido. "Mas, por que ela quer isso? Porque quem ficou vivendo bem 30 anos e conseguiu superar todos os embates da vida conjugal é um casal que o tempo consolidou. E aí a mulher tem um sentido de preservação da família muito mais forte que o do homem. Passadas as tempestades e oscilações do relacionamento, ela não quer que o marido morra. É real. Toda vez que tenho um paciente e ofereço dois tratamentos: um que aumente a existência dele, mas vai, por exemplo, causar alguma deficiência na área sexual. E ofereço um outro tratamento, que cura menos, mas preserva melhor a parte sexual, o homem balança na decisão. A mulher nunca hesita. Ela prefere aquele que aumenta a existência, mesmo ocorrendo o risco de comprometer a vida sexual dele e do casal. Poucas vezes vi uma mulher aconselhar um tratamento que dê menos chance de vida e aumente a possibilidade de ele ficar potente. Dá para contar nos dedos. Ela quer o companheiro, quer preservar aquela pirâmide que foi construída, que é rica."
SOFRIMENTOS E PRIVILÉGIOS
Eu me envolvo muito com meus pacientes. Sofro muito. E esse sofrimento é um dos fatores do sucesso da minha carreira, de 35 anos. Nesse sofrimento eu acabo me entregando mais e mais aos doentes. Isso é ruim, porque não tenho vida pessoal, minha vida familiar é feita nos intervalos. Felizmente, os momentos bons prevalecem sobre os ruins. É por isso que eu sobrevivo. Um doente que coloca a cabeça no meu ombro e agradece por ter feito algo por ele, ou deixa correr uma lágrima na minha frente, me faz deletar, superar aqueles momentos em que me senti totalmente impotente. Uma das coisas importantes é o médico saber e demonstrar que a medicina não é infalível e ele não se sentir onipotente. O urologista tem um privilégio. O oncologista mexe com câncer avançado, já no fim do caminho - eu lido com o inicial. Eu consigo salvar muita gente. É um privilégio para mim.
MEDO DA SEPARAÇÃO
Nós não queremos morrer. Primeiro, pela incerteza do porvir. Segundo, porque a morte implica extinção e o ser humano não aceita a aniquilação. A nossa cabeça nasceu para ser imortal. A morte está relacionada com dor, sofrimento, à decadência física, à desfiguração, à perda do papel social, desamparo da família, perdas dos prazeres materiais, da independência. Mas a causa verdadeira é o nosso horror de nos separar das pessoas que amamos. Bem material não deixa ninguém feliz. Há tanta gente rica se suicidando, tomando droga para sair da realidade. Os médicos não compreendem isso. Se as pessoas têm medo de se afastar das pessoas do seu entorno, você precisa tratar o entorno também. Não é o médico que apóia o doente nas fases difíceis - é a família. Eles reagem raivosamente contra a família, querem afastá-la do processo, sem perceber que um doente só vai ter paz, tendo a morte pela frente ou não, se a família estiver ao lado.
A SAÍDA DO SÍRIO-LIBANÊS
Os verdadeiros templos na Terra são os hospitais - não as igrejas. Nas igrejas tem muito ouro, riqueza. Aqui não, você conhece o sofrimento, o valor da existência humana. Os orgulhosos e os soberbos ficam humildes, ricos e pobres são iguais; os ruins, os autoritários e os maldosos se tornam condescendentes: eles ficam despidos, tiram a máscara; é aqui que você conhece o que é viver, que resgata para a vida, não em uma igreja qualquer, que o sujeito entra lá, reza dez minutos e sai. Ele pode até sarar, cicatrizar a sua alma. Mas aqui nós curamos a alma e o corpo. Esse é o verdadeiro templo, onde o ouro é a vida. Você entende o impacto que a desigualdade social tem sobre o ser humano, a pobreza, a falta de instrução causa doenças. Depois de 30 anos no Sirio-Libanês eu mudei para o Oswaldo Cruz. Achar que eu vou ter novas salas, três enfermeiras a mais, é brutalizar o que passou pela minha cabeça. Mudei porque não estava vendo esse lugar como um templo. Eu vivo intensamente, por isso tenho esses sentimentos.
UM POUCO DE FILOSOFIA
A melhor forma de se transmitir as virtudes é pelo exemplo, pela coerência. Certa vez perguntaram para Sócrates como a virtude poderia ser transmitida - se pelas palavras ou conquistada pela prática. Ele não soube responder. Então, Aristóteles, depois de uns anos, respondeu: "A virtude só pode ser transmitida pela prática e por meio do exemplo". Aqui, eu posso tentar ser o exemplo. Mudando o cotidiano das pessoas, transformando a sociedade e construindo um novo mundo.
CINCO MEDIDAS PREVENTIVAS/ Segundo Miguel Srougi, a prevenção ao câncer de próstata é feita de forma um pouco precária, porque não existem soluções para impedi-lo. - Na prática, há o licopeno, que é o pigmento que dá cor ao tomate, à melancia e à goiaba vermelha. "Talvez diminua em 30% a chance, mas esse dado é controvertido, por causa disso a gente incentiva os homens a comerem muito tomate, só que deve ser ingerido pós-fervura, ou seja, precisa ser molho de tomate. Não pode ser seco ou cru." - A vitamina E também reduz teoricamente os riscos em 30%, 40%. Mas, se for ingerida em grandes quantidades, produz problemas cardiovasculares. Na verdade, se o homem quiser se proteger, deve tomar uma cápsula de vitamina E por dia. Acima disso, não é recomendável. - O terceiro elemento é o Selênio, um mineral que existe na natureza e é importante para manter a estabilidade das células, impedindo que elas se degenerem, que é encontrado em grande quantidade na castanha-do-Pará. "Qualquer homem pode ingerir em cápsulas, mas se ele comer duas castanhas por dia, recebe uma certa proteção", diz o especialista. - Uma quarta medida é comer peixe, três porções por semana - rico em ômega3 e tem uma ação anticancerígena provável. - E, uma quinta, tomar sol. "O homem que toma muito sol sintetiza na pele vitamina D, que tem forte ação anticancerígena. É por isso que os homens da Califórnia desenvolvem muito menos a doença do que os de Boston".

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Paul MacCartney


Paul McCartney chega a São Paulo para duas apresentações.
Veja abaixo dez curiosidades sobre o ídolo e as músicas que ele vai tocar nos shows:

1. A morte
Centenas de especulações sobre a morte do cantor agitaram a década de 60, quando o astro teria sofrido um acidente e morrido, sendo substituído pelo Paul McCartney que conhecemos.
Tudo começou em 1966, quando Paul bateu o carro e, coincidentemente, os Beatles pararam de se apresentar por conta da falta de infra-estrutura para tocarem seus sons arranjados ao vivo. A turma da teoria da conspiração acha que foi desculpa. Acreditam eles que, no acidente, o “verdadeiro” Paul teria morrido, obrigando os outros integrantes a buscar um sósia.
O boato tomou proporções enormes, e indícios da morte do astro eram apontados em supostas mensagens subliminares nas canções e em capas de discos. Um exemplo seria, também na perspectiva de quem defende a tese do "falso Paulo", o LP “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, lançado em 1967. Sua capa seria um funeral. No chão, flores vermelhas cobririam o caixão de Paul e indicariam onde ele estaria enterrado. Flores amarelas formariam o baixo para canhotos, usado pelo músico. Uma das canções do disco, “A Day In The Life”, retrataria a morte do cantor:

“Ele arrebentou a cabeça num carro
Não tinha percebido que o semáforo havia mudado
Uma multidão parou e o encarou
Já tinham visto seu rosto em algum lugar
Mas ninguém tinha certeza se era ou não um senador.”

2. “Let it Be”
Composta por Paul em 1970, a canção surgiu após um sonho do cantor com sua falecida mãe, coincidentemente chamada de Maria, como mãe de Jesus. Muitos acreditam que a música envereda para um lado religioso. Na verdade, surgiu da mensagem que sua mãe mandou, dizendo para o astro se tranquilizar, pois tudo em sua vida daria certo.

3. Traição?
Em 2006, Paul e Heather Mills divorciaram-se, após quatro anos casados. O motivo especulado foi uma suposta traição, que rendeu mais uma das composições apontadas como celeiro de mensagens subliminares. “Mr. Bellamy” seria um anagrama de “Mills Betray Me” (em português, Mills me traiu).

4. “How Do You Sleep”
A canção escrita por John Lennon, lançada no disco “Imagine”, foi uma declaração em alto e bom som contra o ex-companheiro de banda. Trechos como “aqueles malucos estavam certos quando disseram que você estava morto” transmitem a forma como Lennon se sentia em relação aos problemas que os Beatles enfrentavam na época. "A única coisa que você fez foi 'Yesterday'” se refere ao que seria o único sucesso dos Beatles composto apenas por Paul.

5. “Magical Mistery Tour”
O filme foi produzido pela banda, mas a ideia inicial partiu de Paul. O intuito era filmar o dia a dia dos Beatles sem roteiros. O filme foi exibido no canal de TV BBC e extremamente criticado por ser totalmente sem sentido, sendo pioneiro no gênero de comédia “non-sense”.

6. Sir Paul McCartney
Além de ex-integrante da banda mais famosa do mundo, Paul recebeu o título de sir em 1997, pelas mãos da Rainha Elizabeth. O título de nobreza é uma forma de agraciar membros da nobreza por serviços prestados ao país sem possuir função pública. Em 1966, todos os integrantes da banda haviam recebido o título de Membros do Império Britânico.

7. “Say Say Say”
Michael Jackson, o Rei do Pop, também fez parte da carreira musical de Paul, que tem parcerias nas canções “The Girl Is Mine”, “The Man” e “Say, Say, Say”. A união foi uma iniciativa de Michael, em 1980, quando convidou o ex-beatle para compor com ele. A amizade entre os dois acabou quando Michael Jackson comprou os direitos sobre o catálogo de músicas dos Beatles.

8. O melhor baterista
Quando os Beatles gravaram “The Beatles”, também conhecido com “O Álbum Branco”, Paul foi responsável por assumir a bateria em "Back in the U.S.S.R" e "Dear Prudence". Em uma entrevista, perguntaram a John se Ringo era o melhor baterista do mundo. A resposta foi simples: “Ele nem é o melhor baterista dos Beatles”, referindo-se ao talento de Paul.

9. “Hey Jude”
A famosa canção foi composta quando John se divorciou de Cynthia, com quem teve Julian Lennon. Paul afirma que fez a canção como uma forma de mostrar seu apoio ao menino. Inicialmente, a canção seria “Hey Jules”, mas o astro achou que Jude seria mais sonoro.

10. Wings
Após o fim do grupo, Paul e sua esposa, Linda, uniram-se a outros músicos e formaram a banda Wings. Lançaram sucessos como as canções “My Love”, “Band on the Run” e “Silly Love Songs”, que atingiram o topo das paradas americanas. A banda terminou em 1981.
fonte VEJA São Paulo

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ata de 16 de Novembro de 2010


Ata do CLUBINHO da reunião realizada dia 16 de Novembro de 2010. Organizada pelo Eduardo “Cabeça” Silveira de nº 30 no Die Kneipe no Tabajara. O cardápio do maitre Mauro inclui aquele creme de aspargos, saladas e pratos maravilhosos. De convidado o Mano trouxe o mano Beto. O Adilson chegou cedo e quase teve de usar a carteira de autoridade. No tema perder peso o “Cabeça” está feliz pois já é dois dígitos. Expectativa no jogo com a Argentina e o Ronaldinho gaúcho. Avaliamos também a pista de Formula 1 de Dubai. E o gol do Inter no Avai mais rápido do campeonato. Já o feriado foi com frio e chuva. E o Mauro fez a mudança e agora é vizinho do Daniel. O Bola está muito preocupado e deve ir para especialistas. Todos torcem pela recuperação. As obras do Jaime aquele do shopping são umas loucuras. Nos intervalos de consultas o Adilson observa a obra da Floriano e está encantado com a organização da Construtora Stein. Realmente tem conceito. A casa do Ratinho em Itapema foi vendida para o casal Bruno e Marroni. O Tiririca é 30% alfabetizado. E o Silvio Santos é 100% esperto. O Panamericano ta ganhando ajuda sem juros e a auditoria da Caixa protegendo. O Lelo vai jogar fora as muletas e vai para Arraial da Ajuda na Bahia ajudar no bar do amigo Marcos Paul. Nós para voltar a jogar teríamos que fazer gol a gol. Já a grandona Gonova do voley da Russia, assusta. O bom foi que o Alonso perdeu. Quem ganha é o príncipe Willian, com um noivado não nobre. Mas boa. Obras em Balneário iniciam o barulho as oito horas. O Claudio teve em Natal – cidade e não festa – e viu que os prédio são construído de “esguelho” ou seja atravessados para não cortar o vento marinho. E que o famoso cajueiro avança pela metade da rua e casas e mais casas são indenizadas. Em Balneário já tem torre de 52 andares. Agora se anuncia 60 andares. Falamos de prêmios de loteria e com alguns sonhos que realizaríamos. O Abreu tem um Puma no cavalete com quinze mil km e quer 25 mil. O Puma tá sem estepe. O Adilson foi falar com Herbert Muller que emprestou o nome Hering. Ouviu bobagens que médicos em Blumenau é um balaio de gatos e que ele não faria nada para ajudar. No balaio o Adilson está até hoje. Esse nobre ganhou o troféu por contar a história de pilotar avião da Varig e pousar no aeroporto de Itajaí. Uma cortesia do comandante da aeronave. Na série vamo que vamo o Cláudio diz que em São Sepé um gaucho caminhava com um rebanho de ovelhas quando um avião teco teco deu rasante espantando as ovelhas. O Gaúcho laçou a aeronave o a colocou no chão. Outro diz que conheceu um cavalo de três pernas que viajava de Blumenau a Rio do Sul. No quartel de Santa Rosa o comandante ordenou ao corneteiro que subisse na caixa d’agua para dar o toque de final de expediente. Ouvindo a conversa outro militar sediado em unidade a muitos quilômetros de distancia, diz que lembra, pois o corneteiro da unidade tava doente o o comandante aproveitava o toque de cima da caixa d’agua. Noutro causo o gaucho foi fazer a travessia e o rio tava muito cheio. Para esperar baixar foi pescar na barranca. O 38 caiu da cinta e foi pro fundo do Rio. Anos, muitos anos depois ele passou no local, novamente tinha enchente e foi pescar. Ao jogar a linha, fisgou e ao puxar ouviu um tiro embaixo da água, Retirou a linha com um peixe grande que tinha engolido o 38 e o anzol engatou no gatinho que disparou a arma e matou o peixe. O Pfau contou do cavalo atropelado pelo trem em Rio do Sul. O colono foi pedir indenização. O Superintendente da EFSC ficou espantado pois já havia recomendado que o trem não deveria passar no meio de pastos. O colono disse, não Dr., meu cavalo tava em cima do trilho. Então não cabe indenizar. O vô do Adilson trazia gado da serra para o litoral e em trechos usava a linha do trem. Em Alegrete conta o Claudio que o vivente atacou o trem e se machucou todo. Recuperado, atacou um vitrine de uma loja de brinquedos aonde estava exposto um trenzinho. Perguntado disse o grosso. “Isso quando ficar grande não tem quem consiga matar”. Cansados de ouvir bobagens, satisfeitos, fomos encerrando e indo embora.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quando me aposentar vou morar na praia


O cara se aposentou e foi mesmo morar na praia. Mês a mês manda notícias contando sua nova vida para o filho.· Janeiro Estimado filho, tenho a lhe comunicar boas novas: me aposentei e agora vamos morar na praia. Vendemos nossa casa. Em março estaremos de mudança para o litoral. Lembra quando eu falava prá tua mãe? Quando me aposentar vou morar na praia! Ela duvidava. Beijo da mãe, benção do pai.Fevereiro Estimado, fechei negócio: terceiro andar, quatro por andar, nosso apartamento é de frente para o mar. São duas suites e mais um quarto, área de serviço, dependência de empregada. Uma sala em L e, o melhor de tudo, uma deslumbrante sacada com churrasqueira. A vista praquele marzão é pornográfica. Sua mãe achou a sala acanhada para os padrões dela. Mas apartamento de praia é assim mesmo e a manutenção fica mais barata. Beijo da mãe, benção do Pai.· Março Estimado, já estamos morando na praia! O clima é um paraíso aqui na terra. Espetáculo. Não chove, faz um calorzinho do bom. Mesmo assim, providenciei o que faltava: o ar condicionado da nossa suite. Só não instalei porque procuro alguém para fazer o serviço mais em conta. Aqui tudo custa o olho da cara. De resto, tudo nos conformes. Até fizemos uma agenda para nossas atividades diárias. 8h00: despertar.8h30: lauto café da manhã. 9h30: caminhada de uma hora na praia para respirar o ar puro e aproveitar o sol da manhã.10h30: super mercado e tarefas externas. 11h30: sua mãe vai para a cozinha. 13h:00: o delicioso almoço da mamma. 14h30: soneca. 16h00: café da tarde. 17h00: leitura do jornal e revistas. 18h00: caminhada na orla para apreciar o por do sol.20h30: lanche e telejornal. 21h00: novela. 22h00: jogo de cartas. 23h00: prá caminha, que ninguém é de ferro. Que Tal, filhão? Beijo da mãe, benção do pai.· Abril Estimado, já travamos amizade com os vizinhos do prédio. Temos gaúchos, paulistas, catarinas, paraguaios e argentinos. Só gente boa. Novidades: já estou até tomando chimarrão e fui convidado para participar do aperitivo diário no barzinho dos aposentados. Mudamos um pouquinho a rotina. Das 11h30 às 12h30 faço aperitivo. Tua mãe não gostou muito, mas ela precisa entender que precisamos ter uma vida social. Outra coisa: sabe a deslumbrante sacada? Mandamos envidraçar. A ventania é tanta que ela já estava inútil. Tua mãe não se agradou, acha que é mais vidro prá lavar. Beijo da mãe, benção do Pai.· Maio Estimado, tua mãe está bem nervosa, acha que precisamos arrumar alguma Coisa prá fazer. De minha parte estou de agenda cheia. No meio da tarde jogo bocha com a turma do barzinho dos aposentados e depois fico para a happy hour. Tua mãe também não gostou muito. Beijo da mãe, benção do pai.· Junho Acabo de comprar um pequeno barco inflável pra pescar. Só me falta companheiro de pescaria. Tua mãe não ficou muito satisfeita e agora inventou de colorir estátuas de gesso. Ela pintou algumas estátuas de Santa Edwiges e está vendendo bem, na feirinha. Um dos quartos virou oficina e o cheiro de tinta está insuportável. De resto, mudamos um pouco a rotina: estamos passando as tardes nas casas de bingo. Beijo da mãe, benção do pai.· Julho Estimado, o vento Sul aqui é de lascar e ainda não consegui botar o barco na água. Desde o início de junho não estamos mais caminhando na praia. Parece que a maresia enferruja os ossos, de tanto frio. Só saio de casa para o aperitivo do almoço e pra happy hour no barzinho dos aposentados. O médico mandou parar com os aperitivos. Tua mãe também acha que estou muito barrigudo. Beijo da mãe, benção do pai. · Agosto Estimado filho, orgulha-te: eu fui eleito síndico do prédio! Por unanimidade! Tua mãe acha que o mês não foi propício para aceitar a incumbência. Ela diz que agosto atrai coisa ruim. Amanhã temos uma reunião de condomínio pra decidir a nova pintura da fachada do edifício, manutenção De dois elevadores, reforço nas fundações e reforma de todo o sistema hidráulico e elétrico. Beijo da mãe, benção do pai.· Setembro Estimado, o feriadão da Semana da Pátria foi um inferno. Invadiram nossa praia. Bem na frente do prédio, toneladas de som e cerveja. Só conseguimos dormir depois das duas da manhã. A vizinhança diz que isso foi coisa pouca, na temporada todos dormem quando o dia amanhece. Tua mãe está nervosa e eu não estou com bons pressentimentos. Beijo da mãe, benção do pai.· Outubro Estimado, o tempo está esquentando: nos fins de semana já não dormimos em paz, o movimento no balneário começou a subir e os preços também. Sábado faltou luz, domingo faltou água. Amanhã tem reunião de condomínio para comprar um gerador e furar um poço artesiano. Sobrou prá mim. Vendi o barco inflável que nunca usei. Tua mãe não se conforma com a minha barriga e agora não sai mais de casa, nem para vender as estátuas de Santa Edwiges. Beijo da mãe, benção do pai.· Novembro Estimado, eu não sei o que está acontecendo. Os vizinhos gaúchos, paulistas e catarinas já botaram os apartamentos pra alugar e vão voltar pra suas origens, em dezembro. Os argentinos e paraguaios vão ficar. Mas os portenhos não tem onde cair mortos e os paraguaios, correm boatos, são uma gente exilada por corrupção ou coisa que o valha. Tua mãe continua inconformada com a minha barriga e jogou pela janela todo o estoque de estátuas de gesso. Beijo da mãe, benção do pai.· Dezembro Estimado filho, aqui me tens de regresso. Tua mãe venceu. Beijo da mãe, benção do pai.

Texto de Dante Mendonça, do Jornal Estado do Paraná, edição de 30/01/2004

Veraneio no Rio Grande do Sul

Para conhecimento nacional e reconhecimento regional:
Está chegando o verão e com ele o veraneio, como chamamos aqui no Sul. Não sei se vocês, de outros Estados, sabem, mas temos o mais fantástico litoral do País: de Torres ao Chuí, uma linha reta, sem enseadas, baias, morros, reentrâncias ou recortes. Nada! Apenas uma linha reta, areia de um lado, o mar do outro. Torres, aliás, é um equívoco geográfico, contrário às nossas raízes farroupilhas e devia estar em Santa Catarina. Característica nossa, não gostamos de intermediários. Nosso veraneio consiste em pisar na areia, entrar no mar, sair do mar e pisar na areia. Nada de vistas deslumbrantes, vegetações verdejantes, montanhas e falésias, prainhas paradisíacas e outras frescuras cultivadas aí para cima. O mar gaúcho não é verde, não é azul, não é turquesa. É marrom! Cor de barro iodado, é excelente para a saúde e para a pele! E nossas ondas são constantes, nem pequenas nem gigantes, não servem para pegar jacaré ou furar onda. O solo do nosso mar é escorregadio, irregular, rico em buracos. Quem entra nele tem que se garantir. Não vou falar em inconvenientes como as estradas engarrafadas, balneários hiper-lotados, supermercados abarrotados, falta de produtos, buzinaços de manhã de tarde e de noite, areia fervendo, crianças berrando, ruas esburacadas, tempestades e pele ardendo, porque protetor solar é coisa de fresco e em praia de gaúcho não tem sombra. Nem nos dias de chuva, quase sempre nos fins-de-semana, provocando o alegre, intermitente, reincidente e recorrente coaxar dos sapos e assustadoras revoadas de mariposas. Dois ventos predominam, em nosso veraneio: o nordeste – também chamado de nordestão – e o sul, cuja origem é a Antártida. O nordestão é vento com grife e estilo.... estilo vendaval. Chega levantando areia fina que bate em nosso corpo como milhões de mosquitos a nos pinicar. Quem entra no mar, ao sair rapidamente se transforma no – como chamamos com bom-humor – veranista à milanesa. A propósito, provoca um fenômeno único no universo, fazendo com que o oceano se coloque em posição diagonal à areia: você entra na água bem aqui e quando sai, está a quase um quilômetro para sul. Essa distância é variável, relativa ao tempo que você permanecer dentro da água. Outra coisa: nosso mar é pra macho! Água gelada, vai congelando seus pés e termina nos cabelos. Se você prefere sofrer tudo de uma vez, mergulhe e erga-se, sabendo que nos próximos quinze minutos sua respiração voltará ao normal: é o tempo que leva para recuperar-se do choque térmico. Noventa por cento do nosso veraneio é agraciado pelo nordestão que, entre outras coisas, promove uma atividade esportiva praiana, inusitada e exclusiva do Sul: Caça ao guardassol. Guardassol, você sabe, é o antigo guarda-sol, espécie de guarda-chuva de lona, colorida de amarelo, verde, vermelho, cores de verão, enfim, cujo cabo tem uma ponta que você enterra na areia e depois senta embaixo, em pequenas cadeiras de alumínio que não agüentam seu peso e se enterram na areia. Chega o nordestão e... lá se vai o guardassol, voando alegremente pela orla e você correndo atrás. Ganha quem consegue pegá-lo antes de ele se cravar na perna de alguém ou desmanchar o castelo de areia que, há três horas, você está construindo com seu filho de cinco anos. O vento sul, por sua vez, é menos espalhafatoso. Se você for para a praia de sobretudo, cachecol e meias de lã, mal perceberá que ele está soprando. É o vento ideal para se comprar milho verde e deixar a água fervente escorrer em suas mãos, para aquecê-las. Raramente, mas acontece, somos brindados com o vento leste, aquele que vem diretamente do mar para a terra. Aqui no Sul, chamamos o vento leste de ‘vento cultural’, porque quando ele sopra, apreendemos cientificamente como se sentem os camarões cozinhados ao bafo. E, em todos os veraneios, acontece aquele dia perfeito: nenhum vento, mar tranquilo e transparente, o comentário geral é: “foi um dia de Santa Catarina, de Maceió, de Salvador” e outras bichices. Esse dia perfeito quase sempre acontece no meio da semana, quando quase ninguém está lá para aproveitar. Mas fala-se dele pelo resto do veraneio, pelo resto do ano, até o próximo verão. Morram de inveja, esta é outra das coisas de gaúcho! Atenta a essas questões, nossa indústria da construção civil, conhecida mundialmente por suas soluções criativas e inéditas, inventou um sistema maravilhoso que nos permite veranear no litoral a uma distância não inferior a quinhentos metros da areia e, na maioria dos casos, jamais ver o mar: os famosos condomínios fechados. A coisa funciona assim: a construtora adquire uma imensa área de terra (areia), em geral a preço barato porque fica longe do mar, cerca tudo com um muro e, mal começa a primavera, gasta milhares de reais em anúncios na mídia, comunicando que, finalmente agora você tem ao seu dispor o melhor estilo de veranear na praia: longe dela. Oferece terrenos de ponta a ponta, quanto mais longe da praia, mais caro é o terreno. Você vai lá e compra um. Enquanto isso a construtora urbaniza o lugar: faz ruas, obras de saneamento, hidráulica, elétrica, salão de festas comunitário, piscina comunitária com águas térmicas, jardins e até lagos e lagoas artificiais onde coloca peixes para você pescar. Sem falar no ginásio de esportes, quadras de tênis, futebol, futebol-sete, se o lago for grande, uma lancha e um professor para você esquiar na água e todos os demais confortos de um condomínio fechado de Porto Alegre, além de um sistema de segurança quase, repito, quase invulnerável. Feliz proprietário de um terreno, você agora tem que construir sua casa, obedecendo é claro ao plano-diretor do condomínio que abrange desde a altura do imóvel até o seu estilo. O que fazemos nós, gaúchos, diante dessa fabulosa novidade? Aderimos, é claro. Construímos as nossas casas que, de modo algum, podem ser inferiores às dos vizinhos, colocamos piscinas térmicas nos nossos terrenos para não precisar usar a comunitária, mobiliamos e equipamos a casa com o que tem de melhor, sobretudo na questão da tecnologia: internet, TV à cabo, plasma ou LCD, linhas telefônicas, enfim, veraneamos no litoral como se não tivéssemos saído da nossa casa na cidade. Nossos veraneios costumam começar aí pela metade de janeiro e terminar aí pela metade de fevereiro, depende de quando cai o Carnaval. Somos um povo trabalhador, não costumamos ficar parados nas nossas praias. Vamos para lá nas sextas-feiras de tarde e voltamos de lá nos domingos à noite. Quase todos na mesma hora, ida e volta. E assim que, na sexta-feira, pelas quatro ou cinco da tarde, entramos no engarrafamento. Chegamos ao nosso condomínio lá pelas nove ou dez da noite. Usufruímos nosso novo estilo de veranear no sábado – manhã, tarde e noite – e no domingo, quando fechamos a casa. Adoramos o trabalhão que dá para abrir, arrumar e prover a casa na sexta de noite, e o mesmo trabalhão que dá no domingo de noite. E nem vou contar quando, ao chegarmos, a geladeira estragou, o sistema elétrico pifou ou a empregada contratada para o fim-de-semana não veio. Temos, aqui no Sul, uma expressão regional que vou revelar ao resto do mundo: - Graças a Deus que terminou esta bosta de veraneio!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Orientação "azul"


Ata de 09 de novembro de 2010


Ata do CLUBINHO de 09 de novembro de 2010 com reunião e jantar realizado pelo Adilson Tadeu Machado de nº 19 na tradicional Churrascaria Tiefensee na Rua Amazonas no Garcia em Blumenau. No delicioso cardápio, churrasco de igreja, alcatra com osso, frango aos pedaços e lombinho com queijo. Acompanhados com saladas, polenta e o folclorico feijão na caneca. Quem esteve lá, recuperado, foi o Lelo, já andando e em fisioterapia. Explicou que os problemas foi na falta de ferramentas adequados em Itajaí, como a chave de boca para apertar a prótese na primeira cirurgia. O Adilson tb satisfeito com a recuperação da boca de lobo da Rua Floriano e a recomendação adicional de análise de material pois pode quebrar novamente. O Nei estava com a visita do genro Manuel. Certamente ficará roupa no balaio esta semana. O Mauro fez mudança e vai ser vizinho do Daniel na “Érmausha”. O 608 deve descarregar nesta semana. Estava o Mauro comendo um pessego num prédio da XV, quando na Capitão Euclides de Castro, aquela do “bricaima”, dois rapazes negociavam. Um ajoelhou, ele pensou em jogar a semente do pessego, mas a reza, não compensava. O Pfau conta que no balcão vitrine da loja “bricaima” tem ferraduras para vender. Certamente usada por muitos de nossos alemãozinhos. Assim foram lembrando do Mário alfaiate que faz bainhas, gente que ainda faz ternos e até de sapateiros fabricantes de sapatos. O Adilson fez alvará para duas candidatas a comissárias de bordo. O Mauro diz que confere, tem curso, mas não tem avião. E que de cada 20, duas é biba. O Claudio contou que no casamento da sobrinha o “padre” se passou em piadinhas. Devido a meia pista fechada pela obra de esgoto na Rua Itajaí a Kombi de Balneário teve que subir pelo Capim Volta para o Portal da Saxônia. Local de bala perdida e de origem das nossas entidades carnavalescas, diz o Pfau. O Bao fala que a gota no Bola está “revendo” água. Na praia do "Ugui Love" distribui champagne. Outra, fez silicone e arriou. Ficou meio desabado ou kumuxu. O Kiko comprou no Bom Retiro um Dauphine nos anos 70, branco, estofamento vermelho e com setas de sinaleiras de orelhinha. O Cláudio diz que a BR101 no norte do país é toda de concreto. E Dilma não vai fazer nova ponte no Guaiba. Não votaram nela. Assim como somos padrinhos de paises sul americanos o Obama foi pra Asia para ser padrnho da India. O Mano exagerou em São Paulo. Teve um final de semana de cinema. Foi na Formula Um, foi no Salão de Automóveis e no Futebol Corintians e São Paulo. De troco foi em restaurantes de estrelas como no Terraço Italia e na Famiglia Mancini. Na Formula Um ele teve credencial do setor “G”. (G de grande) Trouxe fotos do nosso Rubinho e até do carro do Emerson. Aliás nariz e orelha diz o Adilson - cresce sempre. No Fittipaldi o rosto está se afastando do nariz e a costeleta é a sua marca, diz o Claudio. O assunto com a mesma velocidade foi para mocinhas casadas com velhinhos. O motivo sem dúvida é o “caton”. Caton di credito. E começa a aparecer as doações de campanha. Assim que eleito Prefeito, no supermercado o Décio de Lima encontrou o Adilson e foi cumprimenta-lo.” Bom dia Dr. Adilson” – “ por gentileza quem é voce, perguntou o Adilson”. Assustado - diz ele que não o reconhecia e que é abordado por pais de crianças das quais ele Adilson participou no nascimento. O Claudio diz que no Marreta se conta a história de um anão que foi urinar no banheiro da Oktoberfest. Para ajudar, colocaram um balde e ele caiu do balde tendo ficado pendurado no vaso. O Adilson relembrou a piada do anão no mictório que é abordado por um forte afrodescentente. O monstro faz o serviço no anão e para justificar autoriza o anão a espalhar que foi ele que fez o serviço no monstro. Outro dia ele e outro anão - seu amigo - estão num mictório quando entra o monstro. Um olha para o outro e diz “esse monstro eu já tracei”, rapidamente o segundo anão diz “eu também”. Pela internet o Adilson ouviu a Rádio Clube de Lages. Conta que as vinhetas e a programação são as mesmas. Na rádio AM são enviados uma série de recados para as pessoas em diversas comunidades espalhadas nas fazendas do planalto. Ligou para a emissora e entrou no ar, com lembranças de sua infancia e juventude. Chegamos a falar dos compromissos comunitários dos ônibus da empresa REX de transportes. O Daniel disse que em Janeiro na TV a Cabo NET em Blumenau teremos sinal digital. Na sequencia como disse o Cláudio derrapamos para assuntos da história. Iniciou com os cabelos do Adilson, que hoje parece horta e que amanhã vai estar preenchico. Careca pra valer parece que é só o Bola, os outros ainda se consideram com alguma coisa na cabeça. Cabelo é igual a cartão de crédito e cartão é igual a outra. O Kiko tem coleção de pente. Ele comprou um quantum do japones que fedia a peixe e que tinha uma bela morena. João Magnum visitou-nos na mesa. Na história teve o coronel que deu para a moça do velcro um carro importado. Já a moça da apolo não era aquilo tudo diz o Kiko. O Veraneio era do tio Willy que colocava Johnny na mesa no tempo do Bao. Acusações para a turma da Getúlio Vargas e o Carlinhos. Teve gente que ganhou rodas e mais rodas. Coisas do passado e que já constam em muitas atas como contesta o Claudio. Mesmo assim é vibrante a conversa quando se levantam valores, nomes, placas e telefones. Com tudo isso encerramos e fomos embora.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Amigos


Dez minutos com um amigo fazem bem à saúde
Estudo revela que mesmo esse pouco tempo na companhia de alguém querido afia a memória, o raciocínio e a concentração -Rachel Costa
Você está com algum problema para resolver? Tente a solução proposta por pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA): dez minutos de conversa com um amigo vão ajudá-lo. “Um simples contato com ele traz benefícios mentais”, afirmou Oscar Ybarra, coordenador do trabalho. Os pesquisadores analisaram o desempenho de 192 estudantes diante de questões que exigiam boa memória, autocontrole e concentração. Observaram que após dez minutos de contato social prazeroso, eles apresentavam uma performance muito melhor. Ao contrário, não demonstraram melhora logo depois de contato com pessoas com as quais as conversas haviam ganhado um tom mais de competição do que de cooperação. O estudo é o mais recente de uma linha crescente de investigações sobre o efeito das relações sociais para a saúde. Na Brigham Young University (EUA), por exemplo, os pesquisadores constataram que manter uma boa rede social tem uma influência positiva sobre a expectativa de vida, comparável a de largar o cigarro ou sair da faixa da obesidade. A equipe fez uma meta-análise baseada em 148 estudos que, somados, abarcam mais de 300 mil participantes. A partir disso, foram capazes de determinar que redes sociais sólidas fazem as pessoas ter até 50% menos chance de morrer prematuramente. Na mesma linha, mas na Acadia University, no Canadá, Lachlan Mc¬Wil¬liams encontrou uma relação estreita entre redes sociais e problemas cardiovasculares ao analisar as informações dos questionários de saúde de 5.645 adultos. O pesquisador dividiu os participantes entre três perfis de comportamento: os seguros, os reservados e os ansiosos. O primeiro é formado por quem têm facilidade para estabelecer amizades. Os reservados são os que integram grupos sociais mais restritos e têm mais dificuldade para criar relações de confiança. Por último, os ansiosos são os que têm medo constante de ser rejeitados. McWilliams observou que os casos de dores crônicas, infartos e úlceras eram mais comuns entre os ansiosos. Ter amigos ameniza os efeitos do estresse. “Nada como o abraço de um amigo para baixar o nível dos hormônios que causam a sensação de estresse”, considera Denise Ramos, da PUC/SP. A publicitária Regiane Bonafé, 33 anos, conta com esse apoio. Ela é partidária de estar sempre disponível para conhecer novas pessoas. “Saio várias vezes por semana e sempre encontro gente conhecida. Também aproveito para conhecer outras”, diz
Isto é 10.11.2010

O Chato


Inseto da família dos pediculídeos
Chatice não tem idade, sexo, estado civil, profissão, classe social ou escolaridade. Pode atacar crianças e velhos, casados e solteiros, sogras e genros, patrões e secretárias, mendigos e ricaços, doutores e analfabetos. De certa forma, ninguém está livre de ser uma pessoa chata em alguns momentos de tédio, carência, enjôo, insistência, ansiedade, preocupação, ou até por excesso de cuidados. O problema é quando esse comportamento se instala na personalidade! É uma espécie de poluição ambiental que passa a afetar a qualidade de vida da própria pessoa e de todos em volta. Suponha que um empresário acometido por esse mal, seja imitado em seu comportamento por um diretor, cujo estilo é seguido à risca por um gerente, que tem como assistente um puxa-saco, pondo em prática toda a chatice emanada dos níveis superiores. É muito provável que toda a empresa fique insuportável. As pessoas que ali trabalham nem percebem que estão incorporando hábitos ranzinzas, manias burocráticas inúteis, exigências improdutivas e chegam a ver nessa loucura, uma seriedade da organização, um selo com as rotinas bem-feitas, com a qualidade nos procedimentos... E o pior: as pessoas que se contaminam nesses ambientes de trabalho começam a reproduzir em casa as mesmas atitudes chatas. Isso é uma ameaça terrível à qualidade de vida do planeta! Comportamentos típicos de um chato e mal educado: - monopolizar a conversa com uma pessoa, estando em grupo; - falar muito perto da outra pessoa; - dar altas gargalhadas e fazer ruídos; - ser ranzinza, queixoso ou reclamão; - falar mal dos outros, julgar, criticar, espionar, fofocar; - impor seus pontos de vista; - viver cobrando atitudes e retribuições; - fazer perguntas profissionais em ocasiões de lazer; - invadir o espaço vital do outro; - acordar seu companheiro de quarto com barulhos e acendendo a luz ao levantar cedo ou ao chegar tarde; - permanecer mais tempo que o desejado nos lugares aos quais foi convidado... Portanto, preste atenção em suas atitudes para não ser enquadrado na categoria dos "chatos" ou mal-educados, assim, você vai estar contribuindo um pouquinho para a qualidade de vida entre os seres humanos. - Gretz

sábado, 6 de novembro de 2010

Parabéns



Como se procurou fazer ao longo desta história nada melhor do que deixar uma ata de lembrança da comemoração de trinta e um aninhos. Éramos 13 no inicio de uma turma de amigos que estavam se encaminhando profissionalmente e outros constituindo família e notando que eram poucos os momentos que nos encontrávamos. Destes considerados fundadores para organizar todas as ações, na época até a camisa do futebol, a conta no restaurante e para não necessitar desrespeitar alguma ordem sorteamos os números e, portanto está é a origem. Nestes anos todos rimos muito e choramos até. Alguns mais apressados já estão formando outro CLUBINHO lá onde estão. Alguns se desligaram por algum desejo e situação própria. Dos que permanecem tivemos outros 24 convidados que fazem e fizeram parte do CLUBINHO. Hoje somos 14 que todas as terças feiras nos reunimos. Continuamos a recomendar que se faça o jantar nas suas casas. Estão em evidencia neste 31º aniversário alguns assuntos que mantém ainda mais unida a turma. O Lélo foi operado por duas vezes, vitima de um tombo, mas está em recuperação. O seu Bolinha com sua gota estão na sua maior crise e também já apresenta um quadro de melhora. Outra situação que nos tem preocupado é que aposentados, alguns amigos, estão morando em Balneário Camboriú. Outros com casa e atividade profissional em Blumenau não querem ir até Balneário nas terças. Pela evidente possibilidade de estar aposentado - quem está em Balneário vem a Blumenau e vai a Brusque. Aliás, o exemplo do Mano de nº 08 é algo elogiável. Como vamos resolver esta, que acreditamos ser de momentânea dificuldade. 53 foram as terças que acontecem em 2010, se fosse 56 seriam quatro as vezes que cada um, oportunidade que organizaria e pagaria o jantar. Três não irão a Balneário e quatro tem que vir a Blumenau. Certamente haverá uma idéia criativa para equilibrar mais essa para a continuidade das alegres terças do nosso CLUBINHO.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Amizade feminina


Amizade feminina: existe ou não? Outro dia participei de uma mesa-redonda que propunha uma discussão sobre amizade feminina. Existe mesmo? Há quem acredite que as mulheres são eternas concorrentes e, portanto, muito pouco leais. Existe amizade feminina, sim. Amizade real, sólida e vitalícia. O que acontece é que as mulheres se envolvem muito na vida umas das outras e isto, como em qualquer relação, gera alguns mal-entendidos, ciúmes e até brigas feias, o que faz parecer que a amizade entre mulheres é frágil. Os homens são menos invasivos, não se envolvem tanto com a intimidade dos amigos. Por isso, atritam-se menos e passam a idéia de serem mais estáveis. A amizade é o melhor e, provavelmente, o único antídoto contra a solidão. E não precisa ser uma amizade grandiloqüente, do tipo grude vinte e quatro horas e sem segredos. Uma amizade pode ser forte e leve ao mesmo tempo. E melhor ainda, se forem amizades variadas. Uma boa amiga para ser sua sócia, outra boa amiga para dar dicas de viagens, uma amiga especial para conversar sobre sentimentos escusos, outra amiga fantástica para falar sobre livros e filmes, uma amiga indispensável para lhe dar um ombro quando você está caidaça. Nenhum problema em departamentalizar. Ao menos nas amizades, viva a poligamia. Amigos homens são igualmente imprescindíveis. Quando ouço que não existe amizade entre homem e mulher por causa da possibilidade de um envolvimento amoroso, pergunto: e daí? Qual o problema de haver uma sensualidade no ar? Todas as relações incluem alguma espécie de sedução - todas. Amigo homem é bom porque eles não falam toda hora sobre filhos, empregadas, liquidações, esses papos xaropes. Amigo homem não faz drama, ri das nossas manias, traz novos pontos de vista sobre as coisas que nos angustiam, não pede nossas roupas emprestadas, e o que é melhor, comenta sobre suas ex-namoradas e com isso acaba nos dando dicas muito úteis para enfrentar esta tal guerra dos sexos. Amiga de infância, amiga irmã, amigo homem, amigo gay, amigos virtuais, amigos inteligentes, amigos engraçados, amigos que não cobram, que não são rancorosos, amigos gentis, amigos que mantêm-se amigos na distância e no silêncio, todos eles ajudam a formar nossa identidade e a nos sentir protegidos nesta sociedade cada vez mais bruta e individualista. E não posso esquecer do melhor amigo de todos, e não é seu cachorro, seu gato ou seu hamster, estou falando daquele ser humano com quem a gente casou, aquela pessoa que convive conosco dia e noite, numa promiscuidade escandalosa e cujo vínculo se mantém com muita paciência, humor, respeito e solidariedade, tal qual acontece entre os verdadeiros amigos do peito.
Martha Medeiros

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ata de 02 de novembro de 2010


Ata do CLUBINHO da reunião jantar realizada em Balneário Camboriú e organizada pelo Gilson “Kiko” Soutinho de nº 15 no restaurante Sapore Speciale anexo ao Hotel D’Sintra. No cardápio “buffet” de luxo. Muito bom. O assunto predominante foi o resultado das eleições. O Nei não se cansa de dizer da pouca utilidade na publicação da Dilma como presidente no nosso Blog. Argumenta o Pfau que são fatos da nossa história. Como foi, a grande abstenção, nas urnas, causado certamente pelo feriado. E que nos mineiros não se pode confiar mesmo. O Pedro concorda. Comentado também o e-mail que faz a comparação o mapa do Brasil com as áreas de alfabetismo e as áreas de votantes da Dilma. Se fala que agora entre tantas bolsas deve vir a bolsa celular. Alô. Muitos serão os exercícios na fase de transição. O Luiz Henrique vai ter de subir no muro, agora. O Kiko tem que aguardar a nomeação do Porto e diz que reforma partidária “não vai passar”. Intimidades com o poder. O Roriz é ridiculo e expos a atrapalhada mulher. José Dirceu é consultor de luxo. Mais ainda, agora. O Daniel fala que o Lula já está recomendando pessoas para os cargos. Aposentadoria aumentada seria se fosse o Serra. Todos vão agora mudar domicílio de seus titulos eleitorais. Os “ex” merecem mordomia, todos concordam. Merecem pois foram presidentes e viver com conforto é de merito. O “Néstor” deixou a Cristina, que é um pedaço. Há quem prefira de outras atividades domésticas. “Tiene que haver quem a console”. O Pedro falou da “égua” do Collor e lembrou de passados complicados de juventude dele. Disse que houve “ovação” do Obama. Já estão pensando no substituto. Ou substituta - a tal gata governadora do Alasca – que qué por qué. Diz que em São Paulo estão lotados os hoteis. Salão do automóvel e Formula !. O Mano é nosso “enviado”. Se num esforço alguém morrer agarrado é para buscar e jogar na rua. Por gentileza, vistam-o e não deixe-o de cueca e meias. Diz o Pfau que no passado dois ilustres blumenauenses “morreram agarrados”. Restaurante tipico em Blumenau já foi um tempo. Revista é Veja e que Isto è, também é, mas não é. Falou o Pedro, em coisa de judeu? Mulher Argentina, Gabriela do tênis e outras mulheres como a do motoristas de taxi, diz o Kiko. A portenha dá um caldo. O nosso turista argentino é pobre, mas tem no meio, alguma coisa que se salva. O Nei desde seis anos de idade já andava em Buenos Aires. Cassinos e gauchos milionários só em Punta d’leste. O Márcio diz que eles deixam em cassinos crianças dormindo nos corredores. O Kiko diz que abandonam os velhos nas escadarias dos cassinos. A Jane Fonda tem mais de 70 e para muitos ainda pode ir para a vara. O Getúlio, tadinho, voltou para explicar seu partido politico. E que ninguém sabe a origem do PSB. Escreveu não leu, Tiririca nele. Conta o Pfau que ele – Tiririca - tem problemas de saude na mão e vai ter de adiar o teste. A Sonia Bridi no Jô falou que na China jovem fala inglês. O Kiko diz que inauguraram o porto sem dragar. É que porto é que nem cigarro, o perigoso é “dragar”. Perigo mesmo é a porta de motel que tranca tudo. E fica pendente o assunto; é melhor a profissional do trabalho ou o trabalho da profissional? Encerramos, enquanto a dIlma resolve quem serão os seus 24.000 indicados.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

João em Shanghai

João Walensdowski na missão empresarial em Shanghai

Presidente do Brasil

Dilma Rousseff