sábado, 29 de setembro de 2018

“Guerra de Batatas”

Nesta madrugada de sábado, 29/09/2018, encontrei-me aqui na internet, com o meu querido Primo Armando Gazoli. Armando vive em Vila Velha – ES - Seus pais emigraram de Lages SC, para São Paulo – Capital, início da década de “50”. Lá ele estudou e cresceu. Nos encontrávamos nas férias escolares, quando vinham da grande metrópole, ele seu mano “Bilí” (Renato) e megulhávamos no nosso “mundo encantado”, da “invernada de cima – Fazenda Santa Rita”, beira da estrada de rodagem de Lages para São Joaquim. Acho que uns 20 Km depois do Rio Lavatudo, já no município de São Joaquim. Era conhecida a entrada por “Portão Encarnado”, pelo cor vermelha alaranjada, que fôra a primeira vez pintado aquele portão, misto com porteira e tronqueiras. Janeiro e Fevereiro, 1959 , verão... as lavouras de milho e batata em pleno crescimento. A “batatinha” era plantada em carreiras, junto com o milho, espaçadas em distâncias semelhantes. Milharal alto, folhas de milho que ao vento, produziam um som peculiar. Voltando de uma de nossas “caçadas de passarinho”, bocós (bolsa de pano à tira-colo) vazios das pedras (munição), resolvemos cortar caminho, de retorno para casa pulando a taipa e passando por dentro da “lavoura do rodeio”. Alguém de nós, chutou a elevação da “carreira de plantio das batatinhas” e expôs, estas ,muito tenras e redondinhas, pouco maior que uma “quilica”, bolinha de vidro ou gude. Ideal para uma “guerrinha com funda” (estilingue ou atiradeira). Nos afastamos eu, Armando e Renato (Bilí) seu irmão mais novo ... como num duelo de “faroeste”, um triângulo, onde nos ocultávamos pelas folhas densas e verdes do milharal. Como hoje nos campeonatos de “paintball”, iniciamos nosso combate. A batatinha quando arremessada cortando as folhas do pé de milho, produz um som repetido “tá-tá-tá”. Quando a batatinha atingia um de nós era possível ouvir um “ai” de gemido alto, porque ardia bastante ! Gostosas e altas gargalhadas quando atingíamos ao “inimigo”. Nossas gargalhadas foram ouvidas por nosso Avô Boanerges que estava em casa. Enviou meu primeiro Irmão Boanerges Neto, espiar o que a “piazada”, estava aprontando. Tão logo tomou conhecimento, ouvimos os gritos de chamada para comparecer à sua presença ! Vô Boanerges era um Joaquinense alto, forte, olhos azuis, descendente de tropeiros de Sorocaba SP, conhecido e respeitado pela seriedade de “sua palavra” e pela honradez ! “Tio Nejo”, como era conhecido, nos esperava na varanda, requisitou nossas “fundas” e nos passou um “sabão” (sermão) por causa do prejuízo, que causáramos as plantações de “batatinha” e milho. Fomos colocados de castigo, sentados e um banco de madeira, na cozinha. Onde ficamos em silêncio, por um longo tempo. Conciliador, nos devolveu nossas “armas”, fundas, não sem antes nos exigir, ao compromisso de não mais ocorrer “guerra de batatas” ! Tio Nejo, era o avô que com um olhar, dominava com autoridade ao ambiente. Amávamos imensamente, assim como admirávamos pelo respeito que desfrutava entre todos. Não seria necessário dizer que nós, Primo Armando e eu, sentimos algum “cisco” que molhou nossos olhos. A tecnologia da internet, nos propiciando um recanto da Saudade ! Bom Dia ! "Bênção Vô Boanerges! - Bênção de Deus Meu Neto !" Texto de Adilson Tadeu Machado

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Ata de 25 de setembro de 2018

Ata do CLUBINHO da reunião do dia 25 de outubro de 2018 realizada pelo Eduardo (Cabeça) Silveira no Boteco da Floriano em Blumenau. No cardápio petiscos, com um saboroso rodízio de mini hamburguer. O Wilson pediu o vinho Azulejo, português, muito bom. Sem gosto de argamassa. A musica do ambiente estava inicialmente com um volume acima do nosso. Perguntamos que haveria só ensaio ou haveria musica. Evidentemente eram protestos semelhantes ao dos nossos pais ouvindo o ié ié ié dos cabeludos Beatles. A Kombi veio da praia. O Bao conta que em todas as ameaças de ultrapassagens, se ouve o "Santo anjo do senhor, meu zeloso e guardador". A melhorinha do dia foi a dos fosseis com mais de cinco mil anos encontrados na obra da duplicação da BR 470. Há suspeitas que estavam lá, aguardando a obra de duplicação. Agora tirando a ossada a pincel por arqueólogos serão mais dezenas e centenas de anos para duplicar. Política ultrapassando os limites da nossa paciência. Os chaaaaatos continua. Um assunto comum da aputa foi a dos filhos. É geral os elogios e a força do amor pelos nossos filhos. Mas que se registre que todos- sem exceção - afirmam que fazem tudo e de tudo pelos filhos. Favores até absurdos. E a recíproca é verdadeira. Nem tanto. Pai, mãe, (avós) busca isso pra mim, a gente sai correndo. Filho meu computador está com problemas.... depois eu vejo, agora não tenho tempo, pai. A sabedoria e atualização deles, permite apenas apertar de uma tecla e está tudo resolvido. E são todos iguais, muda apenas o endereço. Isso tudo veio a tona, porque era preciso buscar a mãe e ninguém podia, então sai o pai e atravessa a cidade para fazer algo simples e fácil. Mas ninguém podia. O que pode acontecer mesmo é que depois do prédio de 84 andares, Balneário vai ter em seguida um de 92 andares. O céu é o limite. Pomerode é o céu. O chocolate Nugali é magnífico, a fabrica de queijo dos Mendes vai estar com condições de visitação na produção. E em Joinville tem Strudel muito bom. Já Balneário, numa avaliação rápida, tem restaurantes para todo tamanho de bolso. E afirma o Bao, que se come bem. Aquele do tênis internacional foi no restaurante diversas vezes com a família e esqueceu da conta. Depois pagou todas juntas. Diz que, como modelito é muito complicado no vídeo. Cheio de gueri gueri. No tante Frida conta o Pfau que tinha duas garrafas de Concha y Toro. Advogados, no final da noite, já embalados, tomaram as duas e na sequência outras reabastecidas da tradicional adega "garrafon". O doutor preocupado diz que examina dez pessoas por dia vindas de Belém do Pará, chegando para viver na cidade. Lá o bom dia, tá na bala. Antes era da Paraíba. Violência. O video do carro blindado e V8 empurrando os bandidos fez sucesso. Outro cara não conseguiu levantar o carro no macaco depois de blindado. Muito pesado. Não era mais em conta chamar o guincho ?. A bolsa de m* do Bolsonaro tem validade de três anos. Rolo esse do vice assume. E o rolo de carteira e pontos na carteira. As leis são criadas e os agentes descobrem a maneira de aliviar. Por isso tá no ar a campanha. Vote. Mas vote em candidatos daqui, identificados com sua cidade e região. Já se sente o clima da Oktober. O Zé anuncia que será lançado o livro que conta a história da Oktoberfest. Especificamente um documento do que aconteceu em 1984 e 1985. A origem e os personagens. Orgulhosamente uma produção idealizada pelo Sergio Hess de Souza, Emílio Schramm, produção do Zé Pfau e redação do Jornalista Rene Muller. No mais foi mais uma atividade agradável e muito divertida do CLUBINHO.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Aniversário do Carneiro

Aniversário do EDSON VARGAS - um abraço de todos os seus amigos do CLUBINHO.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Ata de 18 de setembro de 2018

Ata do CLUBINHO na reunião e jantar realizado em Blumenau na Pizzaria Baggio na Rua 7 de Setembro, 250 pelo Daniel Chiesa, atual presidente. No cardápio pizzas e lasanhas. A Kombi de Balneário tava meia boca. De convidado do Bao, o alegre italiano Felipe. No demais confirma-se o texto que circulou "como envelhecer" que destacava a habitual e irritante indicação para os que estão na terceira, quarta e até quinta idade - que são os "teimosos". O mistério da herança do Pedro Ernesto continua alvoroçando o mercado financeiro. Recebemos na mesa a agradável visita do amigo Leopoldo Schmalz, que estava com seu grupo de amigos (diz ele que "geriátricos") e no mesmo ambiente. O Daniel vai administrar obra em Madureira no Rio de Janeiro. Está frequentando academia para capacitá-lo a abaixar quando vier bala perdida. O Márcio prestou algum serviço na região e conta que não é qualquer taxi que entra naquela zona. Das eleições muito se fala e a recomendação é ir preparando uma cola para escolher certo o menos ruim. O Celso Garcia que ganhou um susto, Era só susto. O Marcio contou do cara do Tênis, casado e muito bem, que não conseguia dormir. Levantou para dar uma voltinha, encontrou uma moca e rolou o clima. Acabou dormindo no apto dela. Assustado acordou cedo, foi para casa, viu no varal a roupa do tênis, vestiu e entrou em casa. Justificando que jogou e ganhou. No Clube os amigos confirmaram o jogo. A macarronada de Balneário, que era onde muito se fazia as refeições ainda existe mas o preço é forte. Diz o Wilsinho. O eco amigo Joel, está encantando pássaros e passarinhos. Tá até fazendo a "ceva" para atrair animais silvestres na sua casa. O materia de 1967 com a instalação da NASA na praia do Cassino no Estado vizinho é bacana barbaridade. O video do desfile de carros antigos em dias de chuva. Uns malucos rodar com aquelas maravilhas. O fusca 1974 do Pfau não roda dia de chuva. História Oficial de 1985 é um filme Argentino que fala da ditadura deles. Muito bom. O Wilson dá a receita da paçoca de pinhão. Se falou de veadinhos na família. O Daniel conta que já foi (de Saveiro) atropelado por um cavalo. Capazzzz. Continua o mistério do joelho do Wilsinho. O Mano apresentou a sua nova pintura. Cabelo, sem pontas, com cores firmes. Realmente é outro homem, um advogado jovem, um rapaz de presença. E reclamou do servico na Baggio. Foram três as cantorias de "parabéns pra voce" Uma delas a aniversariante se chamava Terezinha. Então emendamos no "Terezinha de Jesus..de uma queda foi ao chão, acudiram três cavalheiros todos os três chapéu na mão....." De outro aniversário era da Minie. O Mikey não veio. Quem veio foi o "elixir paregórico" - que agora esta de volta nas farmácias, conta o Daniel. Houve um momento que se falou de sexo. O Azulão (Amilton) é frequentador (tem casa) no lago da represa em Rio dos Cedros. O Wilson conta que é bacana reconhecer e ser reconhecido por velhos amigos de infância. E é mesmo. O Joel ficou curioso com o Fedatto e o Guto Ferreira. O Wilson não explicou. A vó - não interessa de quem, - dá a pomba, chupa, fuma e o escambau. 98 anos. Estávamos encerrando a pauta do dia. Rolou a ideia de nos encontrarmos na abertura da OKTOBERFEST dia 03 de outubro nos pavilhões. Fica a proposta do presidente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Joel & Lucia.

42 anos de casados Joel & Lucia. Parabéns de seus amigos do CLUBINHO.

domingo, 16 de setembro de 2018

RÁDIO NO BANHO !

O ano era 1983, então oficial médico do Exército Brasileiro – 23. Batalhão de Infantaria, aqui em Blumenau. Radioamador, finalmente tinha um rádio de boa qualidade, adquirido de segunda-mão, de um Arcebispo Católico de Florianópolis, radioamador. Era um Yaesu FT 101 B, transmitindo em AM e SSB. Maravilha, eu residia na Vila Militar. Tinha minha estação de rádio montada numa pequena acomodação de nossa casa. Era o meu “shack” ! Através de um projeto, que um amigo projetara, consegui montar um mastro de antenas “telescópico” e que tinha um volante manual, onde eu girava uma antena, na direção dos países que queria “trabalhar”, antena de 3 elementos, para 20, 15 e 10 metros. Usando sinal de CW, fazia contatos com radioamadores em código morse, pelo mundo todo. Era meu hobby fabuloso e extraordinário, até hoje o faço ! Havia adquirido um consórcio de automóvel, fui sorteado, um passat branco, meu primeiro carro, depois de profissional. Usava para o trabalho e passeios fim de semana, com a família, em Blumenau a arredores fins de semana. Danny, meu primogênito, com 3 anos de idade, adorava ajudar-me a lavar ao “carro”, um balde amarelo e um pequeno pano, aos domingos à tarde, lavávamos o passat na garagem. Certa manhã, chegando após expediente de trabalho para almoçar em casa, ouvi um barulho contínuo e estranho, no quartinho da minha estação de rádio. Lá estava minha esposa, com um secador de cabelos, sobre meu rádio. Danny, , com seu balde amarelo e seu pano, havia “lavado” o rádio do Papai, fazendo sua “boa ação”. O transceptor é feito de uma caixa metálica, rígida, com frestas que permitem a troca de calor, com o meio ambiente, para “refrescar os circuitos eletrônicos” e permitir uma perfeita ventilação interna e manter-se na temperatura ideal. Senti angústia e meu coração apertado. Continuei o trabalho de “secagem” ...e resolvi ligar o rádio testando. Ouvi um “ronco” similar a “uuóóó” do aparelho e o desliguei imediatamente. Pedi socorro a um amigo eletrotécnico e radioamador em Itajaí, renomado e reconhecido por seus conhecimentos em “modernos” equipamentos. Fim de semana, levei o rádio e o busquei no outro. “Bida” (nome do meu amigo técnico). Perguntei “Como foi o conserto ?” Bem eu desmontei, coloquei as “placas para secagem” em um forno de Beer, e remontei. Tudo funcionando perfeito, sem danos”. Quanto lhe devo ? Nada, isto é o valor dos radioamadores, quem não vive para servir...não serve para viver “. - Quem de nós não enfrentou destas peripécias de infância ? Nosso abraço ou FTE 73, como se diz no “rádio” ! Texto de Adilson Tadeu Machado -

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Em Balneário

CLUBINHO em reunião e jantar -Balneário Camboriú - Marcio Mesquita.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

40 anos de casados

Eduardo e Marise - 40 Anos de casados - Nos conhecemos em 73, ela com 15 e eu com 17 anos, foi nas festas da AABB e nos bailes de carnaval do Caça e Tiro Blumenauense. Oficializamos o namoro no Baile de Debutantes de BVCC, justamente no dia em que minha irmã Regina, debutava (14/10/1973). Passei no vestibular em 73/74 e fui estudar em Floripa. Final de semana voltava e era uma loucura. Consegui um emprego na Eletrosul e resolvemos então nos casar (06/09/78). Ajudado por nossos pais, fomos de lua de mel no Plaza Itapema, com direito a visita de nossos amigos (Mauro & Rose, etc) nos primeiros dias da nossa nova vida. E fomos morar em Floripa e não tinha terminado a faculdade. Em 79 na festa de formatura foram todos nossos amigos e acamparam na sala do apartamento, pois na época só tinha colchão, TV, fogão (seis bocas herdado da sogra), uma mesa, e umas poucas pecinhas de cozinha. Em 82 já tínhamos as nossas duas queridas filhas (Isabella e Larissa). Trabalhei em Floripa até 85, quando voltei e vim a ser engenheiro da Hayashi em Blumenau. Em 90 iniciei minha vida de patrão. Em 98 tive um complicado AVC e fui muito ajudado por familiares, amigos e estamos até hoje vencendo, neste mercado louco do Brasil, cheio de altos e baixos. Hoje temos dois lindos netos (11 e 4 anos) e uma lindinha neta (40 dias) amamos esta família e temos orgulho de tudo isso. - Eduardo e Marise comemorando os 40 anos de casamento. dia 06 de setembro de 2018.

Aniversário do Renato Goessel

Parabéns Bola!!! Feliz aniversário!!! Um abraço dos amigos do CLUBINHO.

domingo, 9 de setembro de 2018

“ALUNO INSPETOR DE HIGIENE – 1956”

Texto do Dr. Adilson Tadeu Machado - médico Começo de ano escolar, em 1956, Escola Primária Nossa Senhora das Graças,Bairro das Casas Populares, LAGES SC, anexa ao Orfanato mantido por Freiras Religiosas, Ordem SDS, vindas da Alemanha. Casarão de madeira, 4 salas emendadas, com divisões de paredes de Madeira de Pinho. Um varandão comum na frente de todas as salas. Estudávamos da primeira à quarta série primária ! Era um tempo em que os meninos usavam uniformes de calça curta, camisa branca e bordado símbolo da escola no bolso da camisa. As meninas saia azul, “plissada” e também camisas brancas. Sapatos pretos (quem possuía e meias brancas), podia também usar “alpargata roda azul “ e quem não tinha, poderia vir descalço. Aula de segundas às sextas feiras das 08:00 às 10:00 horas, com recreio das 10:às 10:30 horas, término ao meio-dia. Irmã Sinfônia, Diretora severa, sotaque alemão carregado, era quem tocava a sineta de controles dos horários. Sábado aula de religião ou educação física e canto de Hino Nacional e somente até às 10 horas. 1959, com 8 anos, eu estava iniciando o segundo ano primário. Nossa professora Srta Alice Mendonça, era filha do Sr Mário Mendonça (Português de Nascimento) e Sra Ruth Mendonça (alemã), também professora. Dona Alice tinha cabelos alourados, pequenas sardas na face e fama de muito rigorosa em Disciplina dos alunos, não permitia “conversas” na aula e usava uma régua que batia fortemente na mesa, para não permitir aos bate-papos ou desatenção dos alunos. Sentíamos temor e admiração e claro respeito. Dona Alice explicou que faria uma eleição, entre os alunos, deveriam escolher um aluno, que seria o “Inspetor de Higiene”. Deveriam escrever num pequeno pedaço de papel (cédula), o nome do colega de aula que parecia ser o mais “limpo”, uniforme e aparência, pois seria então, o detentor da Caderneta de Inspetor de Higiene da Sala de Aula, do Segundo Ano. A tarefa seria em dia da semana, em que ela aleatoriamente mandaria o “Inspetor”, fazer a “inspeção de higiene” e anotar todas as “irregularidades” dos colegas, para registro na “bendita caderneta”. Aberta à urna “caixa de papelão de sapatos”, o nome do ADILSON , foi o vencedor ! Meu Deus...senti a glória, jamais esperava isto. Era meu “primeiro destaque”, um orgulho incomensurável. Foi então colocado meu nome na Caderneta: INSPETOR DE HIGIENE ! Nossa...aquilo foi soberbo ! Não via a hora de chegar em casa e contar para minha mãe ! Num determinado dia, Dona Alice, professora, chamou-me em voz alta “Adilson, hoje você fará sua inspeção” ! Era um dia de chuva, frio, aqueles dias cinzentos de Lages SC. Sentindo-me autoridade, saí “escrevendo e anotando de carteira em carteira, sentávamos aos pares...cadeiras de madeira, tinteiro no meio, e vincos feitos na carteira, para o lápis e borracha. Na minha carteira, ao meu lado sentava-se um menino mais velho, alto esguio, vindo de uma fazenda da Coxilha Rica e que começava os estudos, com idade diferente das nossas. Sua higiene era pouca, as condições da época, usava o mesmo uniforme da escola, para suas tarefas ajudando aos avós, na lide diária. Cheirava mal, odor de urina, pois era época de “enurese noturna”, as vezes dormindo perdia urina na cama. Tinha um nariz, com alguma rinite permanente, pois com o frio, sempre era “ranhento” e limpava na manga da camisa. Aquilo me incomodava. Eu como “Inspetor de Higiene”, fiz um relatório detalhado destas irregularidades, assim como de outros coleguinhas. Todo emplumado, entreguei minha caderneta de anotações...então Dona Alice, voltando-se para mim disse, em voz alta: “Muito bem , Senhor Inspetor...vou examinar ao senhor e o senhor anotará aí o que eu encontrar”. Ave Maria(tremí todo)... ...anote aí : “unhas e mãos sujas” (jogávamos “quilica”, bolinha de vidro no recreio, no páteo de terra), “pés e canelas sujas de barro”. Ela nunca leu minhas anotações que fizera dos meus colegas. Todos ouviram o que ela mandou eu anotar, “ quase morri de vergonha”, lição que nunca mais esqueci ! Nunca mais fui chamado para ser Inspetor de Higiene e nenhum outro colega. Ficou a lição para todos...”nem sempre o que parece ser o “mais limpo” não o é. O temor de ser novamente Inspetor, nos fez ter o cuidado de manter-se limpo na sala de aula, após aos folguedos do recreio, corríamos para a pia do colégio, lavar mãos, rosto, etc para não sermos flagrados ! Velhos tempos ! Saudades
!

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Ata de 04 de setembro de 2018

Ata do CLUBINHO do dia 04 de setembro de 2018 na reunião e jantar realizada em Blumenau pelo Wilson Ribeiro no salão de Festas na Rua São Paulo. O cardápio, carnes, maionese e a tradicional farofa. Uma delícia. O expediente começou cedo, pois o chef fez tudo na hora. A pauta iniciou com as assombrosas curas. Desde as gotinhas milagrosas da sinusite em Jaraguá até os esforços concentrados de fé que são cicatrizantes. O desastre do incendio no museu nacional voltou diversas vezes. Os arqueólogos estão irritados. Os moreninhos que se cuidem pois a Lei Aurea queimou. Ainda na história da moto BSA pelo conhecimento dos assuntos do Bom Retiro, aonde o Eduardo (Cabeça) viveu sua aborrecencia, lembrou que as meninas de lá eram a Brenda e as suas irmãs. E descreveu com detalhes cada lote, cada casa e cada morador. Como lá foi parte de nosso único autodromo, o Ligue Ligue foi lembrado novamente. O Wilson e o Juarez encantados pelos carros de corrida, fizeram o circuito completo correndo a pé. E na conversa circulamos pela casa de praia de antigamente, pois muitos eram amigos só na temporada. Na mesa foi servido um alho no óleo. Forte barbaridade. O Eduardo (cabeça) depois que não bebe mais, dito pela mulher dele, a Marise, perdeu a graça. Tu era bem mais engraçadinho. No texto de como envelhecer que recebemos do Adilson a colocação da palestrante no que mais irrita o idoso - "Tu é teimoso". Nas recomendações o Marcio fala da Casa das Azeitonas em Balneário. E as manteigas, tem marca com gosto de nada. E rollmops, tem gente que gosta. E muito. Pão sem gluten é igual a dançar com a irmã. O Gelo de Perito Moreno, milenar e que se movimenta dois metros por dia. Nas viagens a ideia de alugar um taxi para passeios. Em Buenos Aires este serviço tem nome. E o chaveiro do taxi em São Paulo com a marca Renaux tecido, usado pelo Carlos Renaux em todas as viagens a São Paulo. Falando em Duca, o relacionamento com o Wilsinho deu bons frutos. Ele na nossa definição é um cara de atitude. Ficando em vendas o Wilson conta que nas enchentes grandes foi duas carretas de lava jato. O Daniel conta que o vizinho de frente no barranco desbarrancado da "emaucher"o cara ficou cavando procurando o cofre e não achou. O empresário Arno Bernardes quando faleceu na Vila Itoupava esteve com o pai do Marcio. Canguçu era amigo. Tanto que na Lua de Mel no Plaza o Marcio teve a conta paga pelo seu Arno. Sensacionalismo, o tio avô do Marcio e a facada no pescoço. Diz que as favelas do Rio surgiram na liberação dos escravos. Não temos nada com isso, mas registramos em ata. Cabelos brancos, o Mano recomenda sabonete preto da Phebo. A piada foi a que todos conhecem na farmacia o cara escolhia a melhor camisinha, "vai usar nele", pois ninguém cuida assim do c* dos outros. Velha mas é boa. Na TV a propaganda eleitoral gratuita. A melhor recomendação do voto é votar em representante da sua região. Quando houver. O Kiko acha que deve ser todos do mesmo partido. O Mano ouve Jovem Pan de manhã. O Joel diz que o Ciro Gomes é parente do G Gomes. Seu Galdério teve um enfarte na pescaria. Era o Geninho (pai do Kiko) com o Buch. Cartório Cenova e Taborda, sei lá. A Honda 400 four do Amilton tinha seis marchas, diferente e ele comprou do Fritsche. O Mano teve uma 750 four vermelha, comprou no HM e passou de 200 km por hora, numa única vez e vendeu. O Joel fala de uma Honda seis cilindros com 1.050 cc. Falamos das considerações e opiniões do Pedro Ernesto na política. Concluimos com o sexo selvagem da Gleise para alimentar a fantasia. É assim mesmo, política é phoda. Sem mais, fomos todos.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Aniversário do Paulo

Aniversário do Paulo Roberto Muller - um abraço de seus amigos do CLUBINHO.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A ..... BSA

Histórias da nossa turma. Essa moto BSA 650 CC (inglesa) tinha tudo invertido, freio na esquerda e cambio no pé direito. Que eu comprei (uma igual) antes de ter 18 anos. Andava sem carteira, nunca tive casaco de couro, sem capacete e era a sensação em Blumenau. Aos domingos desfilava com a namorada (Miriam) na Alameda. Num desses, saiu do cercado um enorme cachorro boxer e corre junto da moto, tive que enrolar o cabo - para escapar. Dois escapamentos diretos, ficávamos no Cine Bar (ao lado do Cine Blumenau), comendo pizza e tomando cerveja gelada e eu só buscava ela em casa (na rua São José), depois das dez da noite, para transformar a Rua XV num inferno. O chefe da guarda de transito na outra manhã costumava ir nas lojas HM avisar o meu pai que "nós vamos prender o teu filho." Depois vendi num negócio para a dupla Wilsinho e Amilton e comprei um FORD Fairland 1955 V8. O Wilsinho lembra que era Grande Moto - aprontamos barbaridades uma vez nos pegaram porque eu parei para comprar cigarro e recolheram, na Prefeitura Velha e quebraram filtro de gasolina do carburador que era de vidro. O pai, seu Ribeiro, tocou o horror junto ao Transito e processou o beiço de feijoada - Guarda - que tinha uma raiva da gente. Fomos atrás de peças em Joinville, o Kiko arrumava pra nós - na Escola.da Tupy, íamos até em baile de debutantes com a Moto, que era a sensação de Blumenau. Conta do sucesso como atracão de pegas na reta do Bela Vista, na Madruga, do Cesar Mundi o Bandeirinha oficial da largada. O tombo do Kiko no Bom Retiro quando numa lombada de rua transversal saltou e a roda dianteira saiu, ralou-se todo. Depois foi o Amilton da Avenida Atlantica que bateu numa lateral de carro e foi para o gesso nas duas pernas. Nós em Balneário levamos o Amilton no Bar. Acho que até visitou a nega Maria. lembra o Pfau. oh... tempo bom, escape reto que Vc desenvolveu, caraio saudável lembrança Salve Salve. Texto Zé Pfau e Wilsinho Ribeiro.

domingo, 2 de setembro de 2018

168 anos aniversário de Blumenau.

( publicado em setembro de 1968 da revista de circulação nacional Seleções Reader’s Digest) .