domingo, 30 de dezembro de 2018

Asas de morcêgo

“VARAL DE HISTÓRIA...ESTÓRIAS...ASAS DE MORCÊGO”
Todos temos amigos e História...caminhamos...ouvimos...relatamos...trocas ! Meu amigo publicitário...é daqueles que através de sua empresa, fixou as raízes embrionárias do Curso de Publicidade e Propaganda na Universidade Local...discorre do assunto com exemplos vividos...Histórias e Estórias... Outro dia contando, entre inúmeros clientes, eis que um empresário local, em seu comércio varejista, informou que havia um grande estoque de calcinhas femininas, e que precisavam vender ! Decidido a dar uma solução, nosso publicitário, determinou ao seu Departamento de Criação, que desenvolvesse uma campanha publicitária para venda ! Alguém formulou que se criasse “um varal de roupas”, com exposição das peças a serem vendidas. Assim produziram um filme, varal, tanque de lavar roupas, lavadeira, etc, etc. Nosso Publicitário veria os diferentes vídeos produzidos...mas foi para casa pensando, um varal com velhos exemplos de calcinhas “calçolas”, das gerações antigas...eis que então...assistindo à primeira versão, deparou-se com peças minúsculas no varal, tão minúsculas que ao vento, facilmente se enrolavam no fio...e ele teve uma visão, como se fossem morcegos, pousados no varal ! Os morcegos foram todos vendidos...com vento ou sem vento ! Texto do Dr. Adilson Tadeu Machado.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Texto do Dr. Adilson Tadeu Machado.

A ESPOLÊTA E O REVÓLVER...UM NATAL ! Passei este natal 2017, longe de casa...mas visitando uma filha que vive em outro Estado. Linda região, boa parte ainda desconhecida para mim, terra pródiga, conquistada com “braços fortes de imigrantes” que graças ao fruto do árduo trabalho, tornaram a Serra Gaúcha, num celeiro de progresso e trabalho ! Noite de Natal, jantávamos à convite de filha e genro, em elegante restaurante e analisava mentalmente, como muitos de vocês, aos diferentes Natais, que tivemos nestes anos de vida, com diferentes lembranças. Na década de 50, anos difíceis para muitos, nosso Natal em Lages, como todos os anos, montávamos com pinheirinho natural (não era proibido o corte), velinhas coloridas em castiçal de metal, como prendedor de roupas de varal e assim íamos montando. O pinheirinho era ajeitado em “lata quadrada de querosene”, vazia e que enchíamos de cacos de tijolos e areia para suporte do tronco do pinheirinho. Cobríamos à areia e tijolos com “barba de velho”. A “neve” do pinheirinho era com chumaços de algodão branco. Ao pé do pinheirinho, um casebre pequeno feito de tocos de galhos de árvore, com imagens de barro de José, Maria, Menino Jesus e animais e quem tinha, também os 3 Reis Magos , nossa representação de presépio. Eram noites mágicas ! A ansiedade brilhava aos olhinhos, das crianças ! Lages nos anos 50...era região de difícil trabalho...para muitos, era a lida campestre, roça, e assim por diante. Poucos proviam seus afazeres com moeda sonante. Minha mãe, professora primária, após passar dois anos internada em sanatório para tuberculosos, isolada da família, foi considerada incapaz para o trabalho, com colabação completa de um pulmão e 30 por centro do outro. Recebia o equivalente a meio salário mínimo da época. Na roça, meu pai, tentava vender os produtos de cada safra, competindo com muitos lavradores em semelhantes condições. Assim a vida seguia ! Aquele Natal, realmente estavam difíceis as coisas... eu havia ganho no Natal anterior, um revólver de metal, que estourava pequenos carretéis de papel, com espoleta. Era o tipo “cowboy”, com cinta que ajustávamos na cintura, meio caído à direita. Afinal eram tempos de “Roy Rogers, Rocky Lane, Dale Rogers, Billy the Kid” e tantos “heróis” dos “gibis” (cartoon) que líamos ou aprendíamos a ler. Tempos de “faroeste’ na matinée dos cines Marajoara, Tamoio e “Poeira” (Carlos Gomes). Eu notara que meu revólver sumira...ninguém sabia me dizer o que houvera ...afinal, tive que brincar de “faroeste”, com os amigos, improvisando com tocos de madeira. A brincadeira de faroeste, tinha regras próprias. Um pé de vassoura carqueja, no campo, servia de “trincheira” e ninguém poderia ser “prêso” ou “morto”, atrás de trincheira...divididos em 2 grupos “mocinhos e bandidos” disputávamos ‘partidas”. Everaldo tinha uma “estrela” de xerife no peito, como seu pai era alfaiate, ele aprendera a fazer coldre de pano,(brim verde oliva), sobra de tecidos e tinha um belo coldre, para alojar sua arma de plástico ! Eis que chega o Natal...voltávamos ansiosos da “Missa do Galo”, corríamos para o “Pinheirinho de Natal”, velinhas acesas, olhos esbugalhados, olhando os pacotes de presentes em papel colorido ! No meu pacote, encontrei o “revólver”, era o mesmo do ano anterior. Fôra limpo, lixado e pintado prateado, sua cor original , junto a ele, um rolinho de papel espoleta...meio desapontado, olhei para minha mãe...vi seus olhos marejados, brilho azul, ofuscado por lágrimas...exclamando...”Este ano Papai Noel aqui em casa, passou mas...foi o que foi possível deixar de presente” ! Estava com 8 anos de idade, entendi...e coloquei a cinta e o coldre, corri para rua e fui chorar sozinho.., para ela não perceber, não pelo revólver, mas por Ela, que fizera o trabalho de lixar e pintar meu presente...e pouco depois eu era o “Xerife”, com a estrela do amigo, que me emprestou ! Fomos à partida “Mocinhos X Bandidos”...eu ganhei ! Belo Natal ...quem não tem saudade ? 1956.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Natal 2018

Um Feliz Natal a todos os Amigos do CLUBINHO!!! Que o espírito do Natal esteja presente em todas as famílias e que as energias se renovem para darmos início ao ano onde comemoramos 40 anos de nossa amizade. Daniel Chiesa - Presidente

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Natal HM

A rede de lojas que foi precursora dos desfiles de Natal em Blumenau O "Magia de Natal" dos anos 60 ficou na memória de gerações de blumenauenses
Por Bianca Bertoli 18/12/2018 Jornal O Município de Blumenau. Se hoje o Magia de Natal cria boas memórias na cabeça de muitas crianças, os Natais da loja Hermes Macedo exerceram o mesmo papel para gerações de blumenauenses. A rua XV de Novembro, no Centro, começava a se verticalizar na década de 1960. O comércio ganhava diversidade e abria espaço ao turismo, que apenas engatinhava. Naquele período, os desfiles e a decoração promovidos pela rede paranaense conhecida como HM atingiram o auge. Os blumenauenses vestiam as melhores roupas e seguiam para a área central da cidade. Muitos levavam os filhos para acompanhar a passagem do menino Jesus, do Papai Noel, dos soldados romanos, de princesas, duendes, rainhas, palhaços e outros personagens que contavam a história do Natal. “Era um desfile por ano, que abria as festas de Natal. Acredito que era no sábado, no final da tarde. Era a festa de Natal da cidade. Um sonho aguardado o ano inteiro por adultos e crianças”, lembra o publicitário José Geraldo Reis Pfau, filho de Osmênio Pfau, que trabalhou na empresa por 35 anos. Pfau, que estava no início da adolescência no começo dos anos 60, acompanhava o pai, que era gerente, durante as férias escolares. Nos bastidores, via toda a movimentação para organizar o espetáculo que encantava moradores e turistas. Não à toa, guarda com paixão diversas fotos daqueles anos. Os que desfilavam eram voluntários, funcionários da HM e familiares. Surgiam sobre caminhões e carros alegóricos ou caminhavam da prefeitura (atual Fundação Cultural) até a rua Amadeu da Luz. O ponto alto dos desfiles era a chegada do Noel, que tinha barba sintética. O som das bandas (muitas vezes de escolas) ou dos carros com alto-falantes, que ecoavam pela via, disputava espaço com o barulho de foguetes. “O que se faz hoje no Magia de Natal não deixa de ser uma releitura do que se fazia nos anos 1960. Para aquela época, era altamente significativo. A HM motivou a dinâmica do Natal na cidade”, conta a historiadora e diretora do Arquivo Histórico, Sueli Petry. Presépio encantava as crianças Dentro da magazine havia outro encanto embaixo de uma escada: o presépio formado por bonecos móveis de madeira, vindos do Paraná. “Uma vez eu coloquei por brincadeira uma moeda na manjedoura e, quando vimos, os clientes encheram de moedas. Doamos tudo para uma instituição de caridade”, lembra, aos risos, Valdir Salvador, vendedor da loja nos anos de 1960. O jeito descontraído e alegre deu a Salvador um codinome durante os desfiles, quando ele se transformava em palhaço: Risadinha. E Risadinha foi também o Papai Noel, que recebia as crianças dentro da loja. Em dois anos o Noel da HM, que vinha de Curitiba, não conseguiu chegar a Blumenau. Salvador então assumiu o ofício: “Era um calor infernal debaixo daquela roupa, mas o sorriso das crianças valia o sacrifício”. Quando não era nem Risadinha e nem Nicolau, o vendedor da chamada linha branca era o responsável por manter as músicas natalinas tocando ininterruptamente no interior do estabelecimento. Salvador colocava o disco na vitrola e o som tomava conta do lugar. Até hoje, aos 74 anos, ele escuta canções para relaxar, ao anoitecer. Quem montava e enfeitava toda a loja eram os profissionais da equipe de decoração, liderada por Waldemar Kruger. O chefe do setor veio transferido de Curitiba no final da década de 1960. Com a esposa e quatro filhos começou uma nova vida em terras catarinenses. Erica Kruger ainda lembra do esforço e amor que o pai tinha pelo trabalho: “Ele criava os carros alegóricos e a brincadorama (espaço dentro da loja onde ficava o Papai Noel), que cada ano tinha um tema diferente. O mesmo tema era visto na brincadorama e no desfile. Ele também desenhou um arco de Natal, que ficava na frente da loja”, detalha Kruger. Desenho de um arco de Natal feito por Waldemar Kruger – Arquivo pessoal/Erica Kruger Com o apoio circense (Circo Bartolo de Curitiba), que fazia a coreografia e trazia as fantasias para os desfiles, os funcionários da equipe liderada por Kruger ficavam com a missão de desenvolver painéis, esculturas criativas de isopor, presépios, e enfeites dos carros alegóricos. Os clientes se misturavam aos visitantes que apenas queriam admirar a fachada mais chamativa da rua XV (com direito a um arco instalado no alto da via) ou ver o presépio de perto. A grande festa dos finais de ano foi perdendo força com o tempo. Nos anos 1970, a prefeitura passou a decorar as ruas do Centro para o Natal. Kruger morreu em 1989, quando ainda era chefe do setor de decoração. Ele viu os desfiles e enfeites exuberantes que criava perderem força, mas não chegou a presenciar o fim de tudo, nos anos 1990. A filha acredita que o sofrimento teria sido incalculável para quem, na opinião dela, fez parte de um trabalho que inspira o Natal blumenauense até hoje. A Loja Hermes Macedo Em 12 de maio de 1952, Hermes Macedo S/A inaugurava uma filial em Blumenau. Era a quinta loja da organização e a primeira fora do Paraná. O prédio fora alugado de Teófilo Zadrosny e o projeto de reforma foi do arquiteto Rubens Meuster. Em 1963 a loja, que ficava próxima ao prédio do antigo banco Besc, na XV, transformou-se em um shopping center da época, mudando para onde hoje fica o centro comercial Bremen Zenter. “Era uma loja completa, com mercadorias de varejo. Roupas, linha branca (geladeira, fogões), móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, bicicletas, lambretas, motores, tapetes, porcelana, calçados, pneus, bateria para carro, peças de autos e caminhões, e tinha até um bar interno, o “Früstick Bar”,¨ponto de cafezinho e lanches”, descreve Pfau.Nos finais de ano a Brinquedorama, como ficou conhecido o espaço dentro da loja catarinense, tinha a presença do Papai Noel e do trono dele em meio a diversos brinquedos à venda. A loja fechou de vez em 1997. Os Natais da época, porém, permaneceram na memória da cidade e inspiraram a reativação recente dos festejos de rua.

CLUBINHO em Itapema - jantar de final de ano.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Aniversário do Presidente

Aniversário do Daniel. Um grande abraço de todos nós do CLUBINHO ao nosso amigo e presidente.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

CLUBINHO em Balneário Camboriú

Reunião e Jantar co CLUBINHO em Balneário Camboriú - Nei

domingo, 9 de dezembro de 2018

Um Natal convulsivo

“UM NATAL CONVULSIVO” (Extraído do “MEU DIÁRIO”, texto escrito em 20/06/1968, encontrava-me por 1 ano e 6 meses, numa ilha do Pantanal do Mato Grosso, Destacamento Militar do Exército Brasileiro – Bela Vista do Norte- Cáceres MT), aos meus 19 anos)
“São 10:50 horas da manhã, o dia se apresenta com temperatura propensa ao frio. Estive lendo um livro de telepatia e fiquei impressionado com certos fatos originários deste estudo. Há dias estive pensando em fazer deste diário, um registro de fatos decorridos na minha infância, alguns com passagens melancólicas, outras cômicas. Vou tentar...e a medida que for recordando levarei até este livro, para o registro do mesmo. Darei um título ao fato, para dar uma idéia inicial do que se tratará, o pequeno “conto”. Hoje relatarei um caso que foi motivo para muita chacota, durante longo tempo, entre os amigos, Ocorreu, se não me falha à memória em 1962 ou 1963.” Na antevéspera daquele natal, como no dos anos anteriores, lembrei-me do nosso tradicional “pinheiro” das festas de nascimento do Criador. Era costume que trouxéssemos colhidos dos campos, que circunvizinhavam a cidade de Lages. Teria eu, na ocasião 13 para 14 anos, entretanto dado à pouca idade, já queria me mostrar adulto. (Hábito de quase todo adolescente). Reunindo-me aos amigos do bairro, com quem mantinha mais amizade: Nonô (João Claudionor Matos Almeida) e Ênio Ribeiro, este filho adotivo de tio Zéca, irmão de minha mãe, meu primo, parceiro de muitos folguedos. Tratamos de providenciar os apetrechos necessários à caminhada, já que os campos onde iríamos, distavam uns bons quilômetros do nosso bairro das Casas Populares. Aprontamos um facão-de-mato, já enferrujado, que tomamos emprestado, de uma vizinha do Nonô! Cada um dos três munidos de funda e bocós cheios de pedras, rumamos para o campo onde ficava o famoso “Pocinho dos Escoteiros” (Coxilha Rica). Após uma hora aproximadamente, dávamos entrada secretamente no campo alheio, com o firme intento, de obter cada qual, o seu pinheiro, que embelezaria, a sala de nossas casas até o dia 6 de janeiro. (Dia de Reis). Lógico que tomávamos o máximo de cautela, para que não fôssemos vistos ou ouvidos, por alguns dos guardas, que nesta época do ano, mantém bem aberto seus olhos, para qualquer anormalidade no terreno. É um crime sujeito a processo judiciário (hoje sei), o corte do pinheiro, já que esta árvore, é valor muito alto nos mercados madeiríferos da região. Nossa procura foi curta, pois logo cada qual, encontrava-se com seu pinheiro, cortado e arrastando-o pela estrada do rio Guará. Excitadamente caminhávamos vangloriando-se no feito. Não recordo quem de nós, lembrou que deveríamos, já que ali estávamos, levar mais alguns pinheirinhos, para presentear aos vizinhos, amigos, em nosso bairro. Entusiasmados com o primeiro feito, sem consequências, deixamos o primo Ênio, na porteira de entrada da fazenda em que, se situava uma Companhia do 2º Batalhão Rodoviário e nos encaminhamos para o alto de uma colina, sabedores de que lá, depararíamos com bonitos exemplares de “árvore de natal”. De fato, não nos foi difícil, localizar o que procurávamos...e pouco depois descíamos em direção à porteira, lá juntando-se ao Ênio, empreenderíamos o regresso para casa. Já próximo à porteira, quando nos avizinhávamos de um pequeno capão de mato, eis que surgiram dois cavaleiros, montados em cavalos muito resistentes: Eles : --- Olá Moçada ! É prá vender os pinheiros ? Nonô com ares de desconfiança respondeu: --- Não Senhor! Eles: ---Mas que pena..., então teremos que ir cortar os nossos, não é mesmo Júlio? Falou com um homem mulato, de forte porte e que dado a sua aparência severa, já estava me atemorizando. O outro, branco, denotava certa superioridade, disse: ---Pois é rapaziada, vocês seguirão conosco, até a sede da fazenda e explicarão ao proprietário o porquê destes cortes de pinheiros. Não havia alternativa, os mesmos eram fortes e muito bem armados. De nada adiantaria correr, pois logo seríamos alcançados pelos cavalos. Creio que pelo menos em mim, não havia pensamento de fuga, pois era por demais, correr o risco de ganhar um tiro nas costas. Após a vinda do Ênio, que veio forçado pelo mulato, seguimos por estrada desconhecida, margem esquerda do rio Caveiras, com destino à sede da Fazenda. No caminho fomos alvos de piadas maldosas dos nossos detentores. O facão-de-mato, que foi exigido pelos mesmos, trazia no cabo quebrado, pedaços de tecidos que o envolviam para amaciá-lo no manejo, e evitar calos nas mãos. Sendo que um, era de cor prêta. Falou o mulato: ---Veja Júlio, eles trouxeram até pano preto, parece que já estavam prevendo que suas famílias irão ficar de luto! ---Basta que amarremos uma pedra no pescoço e lançamos no Rio Caveiras. Afinal ninguém poderá culpar-nos, não é mesmo ? Minhas pernas tremiam vertiginosamente, creio que o mesmo ocorria com os outros. Recordo que um pensamento veio-me à mente: “havia comungado no último domingo, será que no Nonô e o Ênio, também estariam preparados para morrer ?” Na minha infantilidade, não previa que o corte de pinheiros, em terreno alheio, por si só, já era um pecado enorme. Deduzindo-se que, desta forma, não poderia ir para o céu. Pois era o que mais me preocupava na época. A idéia cristã, foi muito bem incutida sobre mim. Fiz curso primário em colégio dirigido por freiras. Prosseguindo na “viagem forçada”, passávamos pela Companhia do 2º Batalhão Rodoviário, que era incumbida de um trecho de terraplanagem, para a futura estrada de ferro que ligará Lages à Caxias, no Rio Grande do Sul. Mais uma vez fomos motivo para troça. Uma senhora, provavelmente esposa de algum operário, dirigindo-se ao mulato, interrogou: --- O Senhor não vende estes pinheirinhos moço ? Mulato: ---Oh ! Minha Senhora, quem está vendendo estas árvores não sou eu e sim estes rapazes... Mostrou-nos, indicando com o rêlho, que já havia “funcionado” às costas de Ênio, porque o mesmo tentara atrasar-se e escapulir. A mulher, ainda de nada desconfiando, repetiu a pergunta para nós. Nossa resposta foi um silêncio e olhar de súplica para que nos livrasse dos cavaleiros. Ela parece ter compreendido, algo, calou-se. Nós prosseguimos a caminhada sendo observados por todos os habitantes do vilarejo. Cabisbaixos, não ousávamos olhar para os curiosos. Após uma marcha que parecia para a eternidade, por fim avistamos o final da jornada. Na porta da casa, um senhor mal-encarado, ouviu com maldosa paciência, a narrativa do corte dos pinheiros. Com olhar furioso interrogou-nos : ---Onde vocês moram ? Mentiu Nonô: ---numa companhia do Batalhão “prá lá” do bairro Coral. ---É muito longe, senão eu levaria vocês três amarrados , para que seus pais, fossem processados pelo crime de invasão de terras alheias! ---Dou-lhes 10 minutos, para saírem de minhas terras, após este tempo, sairei em meu cavalo e se ainda, os encontrar dentro dos limites da fazenda, dar-lhes-ei tamanha surra de chicote, que por muito tempo lembrarão deste roubo de árvores ! Dez minutos não daria para percorrer à terça parte do caminho, já que leváramos quase hora e meia de ida. Nonô, calmo e com o olhar mais ingênuo deste mundo perguntou ? ---“Sêo !! O senhor deixa, a gente, levar os pinheiros ? Pois já está cortados mesmo ! ---Raspem-se daqui, cambadas de sem-vergonhas! Ladrões Miseráveis ! Antes do homem terminar de falar, eu já corria a uns 50 metros, no máximo de velocidade que davam minhas pernas ! Cansados e já sem fôlego, continuávamos a correr, desesperadamente. Nonô então, sugeriu que fôssemos pelo mato e não pela estrada, pois no caso do homem vir com cavalo, não nos encontraria. De fato, pouco depois passava pela estrada, com firme intuito de nos alcançar. Cautelosamente mais tarde saíamos dos limites da fazenda, um pouco acima da ponte do Rio Caveiras, estrada da Coxilha Rica. Já mais calmos, regressávamos comentando o ocorrido e até algum, já rindo-se do ocorrido. Levávamos nossas fundas e algumas pedras no bocó. De vez em quando atirávamos sobre alguns passarinhos. Nonô, aproximando-se de uma macieira à beira da estrada, tentou acertar uma pelotada, num “chopim” pousado na macieira. Errou...e a pedra atirada com força, foi atingir uma casa próxima, caindo sobre o telhado de zinco, ocasionando um barulho infernal. Imediatamente saiu da casa, o seu proprietário e aos gritos disse : ---Ahh ! Seus moleques, por isto que nestes últimos dias, tem aparecido galinhas de asas quebradas! Eu e Ênio, corríamos o máximo que dava, mas para nossa infelicidade, o homem montou um cavalo e disparou atrás de nós. Nonô, havia cruzado à estrada e se internado nos terrenos da Chácara das Freiras, terreno que fica do outro lado da estrada de que nos encontrávamos. Rapidamente passei por uma cerca de arame farpado, ocasionando rasgões na roupa. Ênio embrenhara-se em um banhado, escondendo-se por detrás de umas moitas de macega. Após passado à cerca , aguardei à chegada do homem, é que me encontrava no próprio terreno do proprietário zangado, que não tardou em se aproximar dizendo: ---“Piá, foi você quem atirou a pedra? Eu: Não Senhor ! Eu: - aquele piá que está gritando lá naquele morro! De fato Nonô, surgira no alto de uma elevação e gritava provocando o homem. Enquanto isto, os cachorros deste senhor, localizaram o Ênio e foi com custo que conseguiu acalmá-los, para que o Ênio não fosse mordido. Zangado, o cavaleiro tentou agarrar ao Nonô, mas foi impossível, o mesmo correra e transpusera o riacho Ponte-Grande, sendo impossível agarrá-lo. Eu e Ênio, aproveitando a ocasião, corremos e escapulimos e para grande alívio, não fomos seguidos. Por volta das 16:30 horas, chegávamos em casa, cansados e abatidos. Quase umas duas semanas depois, ainda saía à rua, com medo de ser reconhecido. Foi uma lição que aprendi. Nunca mais voltamos, à campo algum, para cortar “Pinheiro de Natal” ! Bela Vista do Norte - Cáceres MT - 20 de Junho de 1968 - 5a feira - Adilson Tadeu Machado 3º Sargento RT - QRE - Exército Brasileiro - 2º Batalhão de Fronteira. Texto do Dr. ADILSON TADEU MACHADO

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sábado, 8 de dezembro de 2018

Aniversário do Adilson

Parabéns pelo seu aniversário Dr. Adilson Tadeu Machado. Um grande e forte abraço de todos os seus amigos do CLUBINHO.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Ata de 04 de dezembro de 2018

Ata do CLUBINHO do dia 04 de dezembro de 2018 realizada reunião e jantar em Blumenau pelo Adilson Tadeu Machado na Churrascaria Tiefensee no Garcia. O Cardápio de costume, contendo até o feijão na caneca. De convidado o amigo Ernesto Grazziero Filho. Que vive em Blumenau nas terças, quartas e quintas. Interessante a proposta do Banco do Brasil no terreno e prédio do BESC com 300 prestações de cincoentinha. O Estacionamento fatura quarentinha. É a quinta vez que querem soltar o lula. O militar do comando está no oxigênio. E foi o gás que vazou na 470. E não explodiu. Foi também a - meia do Adilson - que fez calos na corrida do Natal. Tem gente que lembra os nomes dos jogadores do time (deles) na baixada. Olímpico. Era a filha do roupeiro ajudava a colocar pra dentro. E não tirava. Isso em dia de jogos. O garçon trouxe limão cortado errado, respinga no vizinho. Quem fez não frequentou o Senac. Foi um parto a história do Ernesto. Era o Dr. Hess. O Wilson diz que pra Lages tinha de passar no Travessão. Contou que dirigiu do PR até SC mais de 600 km depois de comer. Mas tava bom. O amigo dos filhos do Zé de Itapena veio de bicicleta ver e saber o que era oktoberfest. (?) Na memória de infância o pneu guiado com arame, as latas com areia (rolo) que eram os carrinhos e caminhões na época. Os heróis do automobilismo de Lages, Plinio Luersen, Batistella e as carreteras de Andreata. E o nosso Ligue Ligue. Um breve momento de fuscas. As Kombi que são exportadas para a Alemanha. Restauro de cerros e o Hot_bug dos Locatelli. O Wilson falou da cortiça em Portugal e dos limões cicilianos. Da rolha fomos para o barril e o Cláudio diz que na vincula Argentina questionado o que fazem com barril de carvalho debochadamente responde que entregamos para os chilenos. Que o vinho é Malbec. O Ernesto diz que tomou um café da manhã de hotel com o Ernesto Geisel. Que o simpático chamou de Gei ziero... Indo para a Amazonia o Adilson contou que como operador de rádio o Adilson ouviu consulta nacional pelo rádio sobre a indicação do substituto do Médici. No outro extremo o Cláudio não deixou por menos e conversou com o Figueiredo num churrasco no Rio Grande do Sul. Como ninguém esteve com o Messias e muito menos com algum Moisés tomamos a iniciativa de encerrar. É bom já ir se acostumando.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

"ALAIN & DELON"

"ALAIN & DELON" - (Renovação de Carteira de Motorista ) Alô ! --- Sim ? - Quero falar com Sr Adilson ! – Carteira de Motorista vencerá dia 01 de Dezembro... - “Dinovo” ? - Sim...na sua idade é de 3 em 3 a...(meses pensei..e se não é ...tá ficando ou vai ficar...saco !). Meu amigo sueco Bjoern diz - ...” na minha terra só se faz carteira uma vez – você é responsável por seus atos” ---diacho ! Não nasci lá ! --- Môça ? Quanto custa ? --- R$ xxx,xx ! --- Aceita cartão ? ----“Débito ou crédito ?” ---Crédito em 12 X ...--- ...então é R$ x.xxx,xx ...é pegar ou largar ! ---uia ! Pego ! A Kombi do exame médico, sai daqui da auto-escola às 07:15 horas da manhã ! Traga a carteira “velha” e comprovante residência ! ---“velha” é o caral..” (matutei).---Marco seu nome? ---marca ! ---5ª feira ? ...sim ! “Tô lá “ ! ---feito ! Acordei 7 horas, vi que ia perder a Kombi...---Alô ! Posso ir direto ? ---Pode ! Nós levamos o processo do Senhor ! ---Não esqueça a carteira velha, comprovante de residência e cartão de crédito ! “Velha é o caral..”) Cinco para as oito, penúltimo da fila, assinei papelada...---“Ficha preferencial aqui pro moço !” (Agora sou moço?) ---Sala de exame, acuidade visual: “O Senhor usa óculos?" ---“as vezes!” ---Quando ? ---"óculos escuros para não ver coisa feia ! "---Hmmm (franziu o senho - mais um corôa engraçadinho... ela não disse...mas pensou !) ---Ok. Sou bonita ou feia ?--- Belíssima ! Virou-se para o Dr. Oculista: “aqui tá aprovado, agora é com o Sr !”---O Senhor toma remédios ? --- ...muitos, (enfiando a mão no bolso...) ---Não precisa mostrar a lista ! Eu presumo (sujeito presunçoso, pensei !) . ---Faz Exercícios físicos ? ---...sou maratonista ! De soslaio olhou minha barriga...---“tem gente morrendo em maratona !” ---Não, aquele, era de triátlon ! (Emendei ) ---O Sr é Médico ? ...Sou !---Qual especialidade ? ...”Gineco “ respondi ! ---Aprovado, pode passar e vá fazer fotografia...Sala de fotografia: - “Dinovo” senha “preferencial” ! Não tem tela, com aviso eletrônico de chamada, a moça “berra”: “PREFERENCIAL ! “Minha colega, sobressalta, apoia a bengala e vai... “ a Senhora...pode se ajeitar no espelho...retirou um “bob” de cada lado, balançou o cabelo, olhou-me e disparou – “Tá bom?” - Acenei o polegar para cima – “positivo!”---Novo berro: “PREFERENCIAL... PRÓXIMO!”__ “Sou eu...” --- Quer ajeitar no espelho ? ---“Quero !”Saquei o pente flamengo, bolso traseiro ajeitando o “Alain & Delon” ! Explico: quando voltei da cirurgia de implante de cabelo, meu cunhado Vicente, dono de vasta cabeleira, vendo minha plantação tipo rabanete, emparelhada, exclamou : “Cunhado...(esticou o beiço, aquilo não é lábio inferior – ele não merece) e soprou o vento pra cima – esvoaçando aquela franja na testa) “Ainda quero ver você , assim tipo “Alain Delon”, franja na testa !
---Bem, alguns anos depois, tenho dois fiapos remanescentes (implante não cai), o "Alain" e o "Delon"...estico o beiço e sopro...é o que resta ! ---Ajeitei o Alain e ficou para trás. O Delon, retornava na testa e não saía !---Moço! Ficou um fiapo na testa ! ---Ahh bate a foto, assim mesmo, o Delon é revoltoso ! ---Gostou da foto Senhor ? Hmmm...você tem laquê aí ? ---Não !---Então deixa assim ! Tá bom, você acha graça disso que contei...eu tenho o Alain e o Delon...e você tem o que ? Texto do Dr. Adilson Tadeu Machado

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Ata de 20 de Novembro de 2018

Ata do CLUBINHO da reunião e jantar realizada dia 20 de Novembro de 2018 em Blumenau pelo Wilson Ribeiro no salão de festas do prédio na Rua São Paulo (Marco, filho do Kiko). No cardápio frango e lombinho de porco. Com aquela tradicional farofa. Iniciamos no rock. Falando do Elvis. Que era um show, que beijava todas, que tinha uma assessora para assuntos especiais, que escolhia pelos pés, que frequentava o cinema em sessões repetidas com presença obrigatória da banda e assessores. E que foram as bolinhas mataram o rapaz. O Jagger dos Rolling Stones é um velhinho atleta. O Paul McCartney fará show em março em Curitiba, um programa para o CLUBINHO. O Maestro Rie também é fera. E o show de 400 baterias na praça XV em Floripa é o grande show - nosso. O nosso teatro já fez parte do roteiro de show de artistas, cantores e de garndes espetáculos de teatro no Brasil. Iniciou com Celso Garcia e continuou forte - com aquele de Imbituba, - que não tiveram a capacidade de manter. Assim é a vida de representantes comerciais - abrem e constroem um mercado de clientes - e são despedidos quando estão ganhando demais. O encerramento de atividades do CLUBINHO de 2018 vai ser dia 15 no Restaurante Cabral em Itapema. Na viagem para Minas o Daniel foi na capital do Rocambole - cidade chamada Lagoa Dourada. Despencar é com o viaduto em São Paulo. Falamos da vida do Amilton e a vida diferente que leva. "Prime Rib" e o corte de carne de ANGUS que a butique de carnes de São João do Itapiriú que vende a R$ 62,00 o kilo. Vinho Azulejo é R$ 19,90 no Fort Atacado. O Wilson diz que a coxilha rica em Lages é a região mas bonita do mundo. Vossko é uma industria de nugget em Lages que faz 100% exportado para Alemanha. Toda de inox. A limpeza do frango é feita por sucção. Foi feita -na mesa - uma demonstração erótica, inclusive com biquinho e trilha sonora. Mataria com certeza aquele senhor de 74 anos, afogado com a moça de 17. Entramos no matadouro. De Frango. De suíno. O Suíno chora quando sabe que vai pra vara. Frango exportado é com cerimônia virado para Meca. O frango leva um choque e tem uma furadeira no rabo. Complementando a história do frango da Galiléia, foi tão boa quanto a da águia. O Jota aquele, caminhava com seus doze seguidores quando numa aldeia ganhou um frango assado para viagem. Ele, o JC entregou para o assessor Pedro que guardou o frango assado no bornal. Foram pelo deserto. A fome bateu o o Pedro, zás, arrancou uma cochinha do frango e comeu. No oasis mais próximo - o homem disse, Pedro coloque o frango assado na pedra e vamos comer. Hmmm . Faltava uma coxa. Sutil o Pedro disse, na Galiléia é assim o frango tem uma perna só. Seguindo a viagem chegando na vila seguinte, no oasis, estavam lá duas galinhas sentadas a sombra. Ao se aproximarem a galinhas correram. Mas que depressa o Pedro comentou "pocha chefe, tu é fogo, nem chegou e já fez milagre". Com essa encerramos e então fomos todos.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Grande Jornal Falado

“Grande Jornal Falado – Rádio Clube de Lages ! “ - 720 Khz – Ondas Curtas, Médias e Longas-
1965... mês de janeiro, .ao meio-dia, na mesa de almoço, ouvíamos o velho rádio ZENITH, sintonizado na Rádio Clube. Notícias gerais e locais, depois seção de “Avisos” ! “Alô Fazenda Santa Rita, atenção Sr Boanerges, sua filha Selma, avisa que entregou os queijos no mercado!” Avisa que a encomenda segue com Sêo Tiãozinho, ônibus das 16 horas. Esperar no Portão Encarnado ! “Avisa também que encomendou a missa, no nome da tia Mariquinha. Assim, em seguida o “Comunicado”: Em tão solene o locutor anuncia: “ O Comandante do 2º Batalhão Rodoviário, comunica que estão abertas as inscrições, para o Concurso para a Escola de Sargentos das Armas do Exército Brasileiro. Jovens, sexo masculino da Classe de 1942 a 1948, poderão inscrever-se.” Falei, então...”eu posso fazer...eu nasci em Dezembro de 1948” – Claro que pode!...respondeu meu Pai ! Fui no dia seguinte, no ônibus N4 (transportava funcionários civis- meu pai um deles), de carona, fazer ao Alistamento Militar, documento obrigatório ao Concurso! No Batalhão fui assessorado, pelo meu primeiro Irmão Boanerges (Cabo do Exército – Posto de Enfermeiro) ostentando uma Divisa de 2 listras, com uma cruz vermelha bordada, eu tinha e tenho uma admiração eterna por aquela divisa ! Chegamos na Seção de Alistamento, eu ainda com 16 anos , recebeu-nos o Sub Tenente Unildo Belling: “Cabo Boanerges, o que deseja ?” – “Vim trazer meu Irmão Adilson, quer se alistar e fazer concurso público para E.S.A (Escola de Sargentos das Armas). “Hmmm... vamos lá ! “Sr. Adilson, por que, o Sr quer entrar para o Exército? “ ...”Bem...eu quero ser Sargento, estudar para ser médico e depois dar baixa !” Sub Tenente Unildo, franzindo sobrancelhas, sorriso meio maroto ...”...o cara nem entrou e já quer dar baixa?” - Ouvi gargalhadas e acho que meu mano, ficou meio constrangido com minha resposta. Percebi que havia dito “alguma asneira” ! Feita inscrição, recebi o programa com as Disciplinas e o conteúdo exigido no concurso, nível ginasial. Aritimética, Álgebra, Geometria,(Livros de Osvaldo Sangiorgi) Portugues (Gramática de Napoleão Mendes de Almeida), Geografia (Laplace) História do Brasil e Geral (Antônio Borges Hermida). Estudante primeiro Científico, do GD (Ginásio Diocesano) fui, na praça João Costa, conversar com um colega, o “Índio”, não lembro o nome, que estudara comigo no Vidal Ramos, onde concluíramos a quarta série ginasial, ano anterior. Tinha este apelido por ter olhos amendoados e cabelos pretos e lisos, e que fizera o concurso no ano anterior e não fôra aprovado. “Bicho...é o seguinte tá ! Este concurso aí, é muito difícil, as matérias aí exigidas, o nível que aprendemos é muito baixo na nossa escola...matemática então, é um terror, nem adianta tentar, aqui em Lages ninguém passou ! " Saí cabisbaixo...eu colocara o CAM, (Certificado de Alistamento Militar), com foto 3 x 4, na prateleira da cristaleira da sala de minha mãe, entre as “louças finas para visitas”, estava o CAM em exposição, assim as visitas perguntavam e eu respondia garboso...vou fazer este concurso ! “Olhei triste para o CAM, caramba e agora ? Acho que vou desistir...! Falei com minha mãe...”acho que vou me inscrever para o Concurso da Escola de Sargentos Especialistas da Aeronáutica “ ...ela me olhou de soslaio...e disse: “trate de deixar de ser malandro, pegue nos livros e se prepare para o concurso que se inscreveu”, “Seu pai não vai dar dinheiro para outra inscrição” ! Viixxe ! Aquela reprimenda “doeu”. Peguei os livros de Matemática desde a primeira série, ficavam numa prateleira no nosso quarto dos “guris”, no sótão, era de madeira de caixa de maçãs, pintada de verde. Comecei a resolver todos os exercícios de cada lição. Organizei uma “Caderneta das Lojas Renner – tipo livro de bolso, meu Tio Zéca, “chofer de praça”, presenteara-me. Fiz um formulário para anotar “decorar”, fórmulas de matemática. Assim fui, paulatinamente. Descobri que acordar às 4 horas da matina, sem energia elétrica, acendia uma vela na mesa da cozinha, fazia meus exercícios.Foi um jornada de Janeiro ao mês de julho quando fizemos as provas. A Energia Eletrica da Usina, salto do Caveiras, apagava à meia noite ou era muito “fraquinha” ! - Vocês já conseguiram ler com velas , quando a chama treme ? “Embaralha às vistas” . Minha mãe colocava um tijolo no forno do “fogão à lenha”, assim sentado na cadeira de palha, pés no tijolo, fugia do frio da geada, na madrugada. Criei a rotina ! Fiz o concurso. Em Outubro, por radiograma, o Batalhão recebeu a lista dos aprovados eu e o candidato Dimas Fogagnolli. Lembro que as provas foram no “Rancho – Refeitório do Batalhão”. As mesas estavam lotadas de candidatos militares e civis. Indo para Três Corações, Minas Gerais, lá nos encontramos com candidatos aprovados, de todos os Estados Brasileiros, na E.S.A. Tivemos 2 semanas de testes Psicológicos, meu primeiro contato com Teste de Rorschach(terror dos concurseiros). A vida seguiu...12 anos depois, Dezembro de 1977. Segundo Sargento Radiotelegrafista, graduava-me médico na Universidade Federal do Paraná ! Durante 11 anos, perseguindo um sonho...à noite trabalhando como Radiotelegrafista...durante o dia no Hospital de Clínicas...muitos plantões...escalas de Serviço na estação de rádio trocadas...e em aí começa outra História ! Se você pode...você pode ! Se não pode...é decisão sua ! Não é ? Obrigado por lerem até aqui ! “E O PÓ VOLTE À TERRA, COMO O ERA, E O ESPÍRITO VOLTE A DEUS, QUE O DEU. VAIDADE DE VAIDADES, DIZ O PREGADOR, TUDO É VAIDADE” Eclesiastes 12, 7-8. Texto do Dr. Adilson Tadeu Machado.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Aniversário do Maurício

Parabéns pelo seu aniversário Mauricio Carlos Kreibich. Receba um grande abraço de seus amigos do CLUBINHO.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Jantar dos 39 aninhos

Ata do evento de comemoração de 39 aninhos do CLUBINHO realizada em Blumenau no Restaurante Moinho Europeu na Ponta Aguda na noite de 06 de Novembro de 2018. Um belo e tradicional evento. Como de costume em comemoração foram distribuídos de brinde adesivos para carros, cartaz dos 39 aninhos, a marca, o convite e neste ano tivemos dois sorteios. O Fernando que é artista plástico premiou por sorteio entre os presentes com uma obra de sua autoria e o Zé Pfau com a sua obra o livro da OKTOBERFEST de Blumenau. Os ganhadores foram o Renato (Bola) e o Cláudio respectivamente. O presidente Daniel fez um pronunciamento aonde disse "Parabéns para todos nós!!!! Principalmente para aqueles que estão no grupo desde a sua fundação!!!! Estamos de parabéns por conseguirmos, todos, desde os fundadores até os sócios mais novos, manter essa instituição chamada AMIZADE por 39 anos!!!". O amigo Joel, fez algumas artes e foi flagrado diversas vezes de pé na mesa e querendo falar. Ainda em assuntos de presidente, errou aquele que estava no avião junto com o vice. Visse que realmente o governador vizinho faz parte de uma "corrente migratória do Uruguai" e que a foto é mesmo do casal. Capazzz. Só teve dificuldade de ver e ler, quem não usa ou não traz os óculos. Chamaram o cabo Adão de volta. Beberam whisky sour e até foi comentada a mudança de endereço da embaixada que pode complicar a vida do frango catarinense. Contidos os temas políticos acreditamos que voltou a harmonia no CLUBINHO e deve voltar nas famílias de todos, com o sorteio do amigo invisível, tradicional de final de ano. No final, dia 14 de dezembro uma sexta feira, o nosso presidente está descobrindo e agendando, o jantar de confraternização deste ano em Itapema no Restaurante Cabral. No mais estaremos iniciando, então, as comemorações dos 40 anos do CLUBINHO em 2019. Para alegria de todos.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Parabéns CLUBINHO

Dia 06 de Novembro de 1979, uma terça feira, amigos de infância e juventude em Blumenau notaram que o encontro com amigos estava se limitando a momentos muito raros. Cada um pra seu lado, cada um com sua namorada/esposa, cada um se arrumando nas sua profissão. É normal na vida termos compromisso e amor pela família e relacionamentos de poucos amigos, para conviver. Foi então que a ideia prosperou para ter um dia na semana para os mais diversos amigos se encontrarem. O CLUBINHO tem uma formatação de um forte e descontraído compromisso. A lista inicial foram treze nomes os escolhidos. Como fazer, aonde realizar, qual a melhor hora foi consequência. Fomos para uma atividade esportiva, todos jovens e queimar energia fazia bem, e seguida de um jantar. Cada semana, nas terças feiras um é o organizador. Definia a quadra (na época muito futebol de salão), escolhe o cardápio e comunica a todos. Hoje é uma reunião jantar. O horário de costume depois das 19 horas. O CLUBINHO foi sendo formatado e nas evoluções chegamos a ter sede própria, tivemos mensalidade para criar um fundo, fizemos e faremos eventos nas datas comemorativas e até viagens do grupo. Para não ter necessidade de criar prioridades e facilitar o controle, sorteamos uma numeração de identificação para cada participante. Na contagem, agora com 39 aninhos - sempre as terças feira estamos em 40 nomes na lista que participaram e participam. Alguns já se foram, outros mudaram de atividade, de cidade e até de amigos. Os compromissados buscam todas as semanas a informação de aonde será na reunião da próxima terça, pois iniciamos com Blumenau e Brusque e hoje, em razão de aposentadorias, temos Balneário Camboriú na rota de realizações do CLUBINHO. Hoje quem organiza, patrocina a comida e como de praxe, cada um bebe o que quer e paga. Muitos foram os convidados que participaram ao longo dos anos nas nossas reuniões. Gente que se programa para terça feira estar no CLUBINHO. Um momento alegre, que faz muito bem para quem escolhe estar num ambiente feliz. O tema e assuntos são os mais fantásticos possíveis, temos até democraticamente um presidente e registramos a história em ata. Só consegue ler quem participa. Nos comunicamos bastante e estamos nas Redes Sociais. Agora fazendo 39 aninhos de atividade, estamos como sempre num compromisso de continuar a realizar a oportunidade de todas as semanas nos encontrar, para falar de assuntos divertidos. Num ambiente com o respeito de não misturar com atividades profissionais, em momentos de desconcentração, cheio de conversa fiada, de piadas velhas e novas, adicionadas com novas fofocas e a felicidade de ter e ser um grupo, hoje de dezesseis amigos que fazem do CLUBINHO - um orgulho.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

TADEU CALÇAS CURTAS X PASTEL DE PALMITO

Ontem num Exame Médico Admissional, atendi ao Gerinaldo, homem simples, 31 anos, olhos amendoados, etnia típica dos originários de Belém do Pará ! Veio para Blumenau, em busca de trabalho, em ônibus clandestinos, que chegam à esta terra, trazendo seus conterrâneos semanalmente! Contou-me que veio há 6 meses com esposa e filho de 1 ano de idade. Contente em me contar que após 5 meses, trabalhando como Ajudante de Carga e Descarga (Empresa Logística de Transportes), fez curso de capacitação e agora conquistou um trabalho de Auxiliar de Estamparia, em empresa Têxtil, salário melhor e menos sobrecarga física. --- Gerinaldo (perguntei), “ainda se descarregam caminhões com muitos sacos de feijão e arroz com 60 Kg? --- Sim Doutor ! Nem sempre temos “empilhadeira com pallets ...ainda é um serviço pesado” ! Respondeu-me ! Bom papo, continuamos conversando... contei-lhe então que meu saudoso Pai, teve seu primeiro trabalho com “carteira assinada”, como Ajudante de Carga e Descarga de caminhões, que abasteciam os depósitos almoxarifados, de gêneros alimentícios, do Armazém Reembolsável do 2.o Batalhão Rodoviário em Lages SC, em 1960, contava então meu pai, com 40 anos de idade. Foi para nós uma grande alegria, pois significava uma segurança para família e alimentação regular ! Assim contei-lhe do orgulho que sentia, quando na mesa de refeição, meu pai, contava “hoje descarregamos 3 carretas fênêmê” (Caminhões da Fábrica Nacional de Motores...o famosos “alfas” Alfa-Romeo. Lembro que as sacarias eram descarregadas e empilhadas quase até ao teto, usavam-se andaimes para se colocar no alto, mas os sacos eram transportados nas costas dos trabalhadores. Colocar 60 Kg nas costas e subir andaimes “era para os fortes”, contava Sêo Edison, orgulhoso. O 2.o Batalhão Rodoviário de Lages, Batalhão Rondon, construiu parte da BR 116 entre Mafra SC e Vacaria – RS. Convênio com o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) reunia militares e funcionários civis. Era o principal empregador em Lages e era a segurança de milhares de lageanos, numa terra de agropecuária e pouco emprego. Certo dia, agendaram-me consulta com o Dentista do Exército, que tinha agenda para atendimento dos Funcionários civis e dependentes. Eu teria de extrair um dente ,que há muito me incomodava. Volta e meia, tinha que usar um pano com arnica, amarrado envolvendo mandíbula e amarrado em cima da cabeça, para ir à aula, pois o “calor da arnica”, “diminuía a dor” . No dia marcado, sofremos à extração dentária e vi com desespêro aquela seringa e agulhas fervendo em estôjo metálico de esterilização, para anestesia. Tragédias à parte, após à cirurgia, fiquei acantonado, numa pequena sala do Depósito Almoxarifado, esperando por meu pai, até ao término do expediente de trabalho, quando então iríamos no ônibus do Batalhão, que transportava aos funcionários e militares para região do nosso bairro. Era o ônibus N4, o mais velho, “porque as ruas do nosso bairro, não eram ainda calçadas e os ônibus mais novos N1 e N2 e N3, atendiam linhas do “centro”, com melhores ruas ! Boca ainda anestesiada, através da porta, ficava olhando o trabalho dos “ajudantes de carga e descarga”, trabalho pesado, mas divertido com as brincadeiras entre eles e “competições” de mais sacos descarregados e empilhados, numa atitude saudável ! Depósitos grandes e compridos em galpões de madeira, pintadas de branco e com borda azul próximo ao chão. Todos sobre pilotis, protegidos da umidade do solo. Saí da sala, sem autorização de meu Pai e fui percorrer os corredores entre as sacarias mais distantes, no fundo do depósito. Deparei com um pequeno monte de grãos de feijão, caídos num canto, junto à pilha de sacaria. Sentei-me no chão, recostado na pilha de sacos e fiquei “escolhendo” feijão, “separando os bons entre a palha e folhas” e colocando no bolso de meu casaco de “tweed”, branco e preto. Lages sempre é frio ! O frio, o stress do dia de “extração dentária”, faminto, pois “não podia comer”, adormeci recostado na sacaria. Acordei com gritos de meu Pai, angustiado com meu desaparecimento. O expediente acabara e tínhamos que correr para pegar o ônibus, “ele já havia batido o ponto” ! Saímos correndo esbaforidos, fomos os últimos a embarcar no N4. Em casa, ao enviar mãos no bolso, deparei-me com os grãos de feijão “escolhidos”. Levei para minha mãe e ela me questionou. Após relatar onde pegara, notei seu semblante de preocupação e levou-me para Sêo Edison, onde fui severamente admoestado, “aquilo não era nosso e “senhor Tadeu Calças Curtas”, “amanhã vai comigo até ao Batalhão, falar com o Chefe do Almoxarifado”, Sr Totó ( baixinho, gordinho, óculos redondos muito menor que o rosto, fama de muito severo e honestíssimo). Ave Maria, minhas pernas tremeram. Os feijões foram colocados numa xícara média de louça e amarrada com pequeno guardanapo de pano. Dia seguinte eu, “Senhor Tadeu de Calças Curtas” ...só se podia usar calças compridas depois dos 14 anos, apresentei-me ao Sr Totó, para “contar minha história de catador de feijões”. Ele ouviu-me pacientemente. – “Muito bem, Sr Tadeu de Calças Curtas, isto não se faz, nunca se retira nada, do que não é seu, de lugar nenhum! Agora venha comigo e mostre-me onde encontrou estes feijões.” Fomos corredores à frente, lá no fim, mostrei, havia mais feijão que o dia anterior. Olhando para cima, viram um saco que no meio da pilha, pela pressão, abrira à costura. Desfeita à pilha, recuperado , minha tarefa com meu pai, foi costurar, com uma agulha grande e fio de sisal. Feito o trabalho, Sr Totó disse. - Sr Tadeu Calças Curtas, você nos ajudou a recuperar estes 60 kg de feijão. Você quer tomar um café comigo ? “Sim – respondi receoso”. Você gosta de pastel ? --Sim respondi ! “De palmito ou carne ?” --- Pegou-me pela mão, atravessou à rua, levou-me até o “bar e bilhar”, defronte e tomamos uma média de café e um belo pastel ! Adorei “escolher o feijão” e Sr Totó honesto, foi meu ídolo desde sempre ! “TADEU CALÇAS CURTAS’ – RECEBI MINHA LIÇÃO ! Texto do Dr. Adilson Tadeu Machado

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

CONVITE

39 aninhos

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Ata de 30 de outubro de 2018

Ata da reunião e jantar do CLUBINHO realizada em Blumenau no Restaurante Ataliba na Ponta Aguda. Convite de Fernando Pfau e com aquele exagero de praxe. De convidado do Zé Pfau o Edson Vargas, que teve o número 14 quando pertenceu ao CLUBINHO. Ausente e preocupante o Mano que recebeu a notícia de conter alguns índices no controle da sua saúde. O Fernando chegou de 45 dias testando um período de moradia em Portugal. Encantado, diz que é ótimo para passear e que aqui tem argumentos fortes, por exemplo o neto. Quem é pai e avô sabe desta energia. Sem explicação o fato da primeira dama do governador vizinho. Capazzzz. A frase é o Jânio Quadros "“Por alguns segundos pensei em fechar o Congresso. E ter-me-iam bastado um cabo e dois soldados". Ficou ruim o candidato perdedor não fazer como costume dizer " fomos adversários na campanha, mas parabéns pela vitória ao nosso presidente". Quem foi, diz que a passeata da vitória foi um espetáculo. Na mesa quebraram uma taça. Teve mãe que não desceu do prédio, porque o pijamas não era verde. O video do procurador de Itapema não precisa achar, é de 2017. Fake. Complicado também é emagrecer depois de sessenta anos. Com sessenta adquirimos hábitos novos, como ir para a fila do caixa de banco para conversar todos os dias. Argumento ver o saldo. Na lotérica saem dos bolsos contas e mais contas. O carnê do filho, a luz do vizinho.... Fila do voto, foi tão fácil que não foi preciso dar o carteiraço de 60. No tema matar a ex-mulher há quem conhece gente que diz que se tivesse feito, já teria cumprido a pena e estava em liberdade total. A visita diz que tá casado dezoito anos e não mora junto. Tem muita chance de todos no CLUBINHO voltarem a ser amigos, acabou o assunto da política. Encheu e estourou. Voltaremos a conversar no grupo de whatsApp. Na casa de cada um, também. Até da Marília RED. Comida a bordo do avião, entre nós há quem tenha provado caviar e jantado em louça de porcelana e talheres de verdade. Existe provas. E quem quebrou a Varig foi o Lula. Fasfavô, ela já tava desazada. Nosso capitão chegou de boina e bandeira. Ele está cotadíssimo para o Ministério da saúde do Exército, Marinha e Aeronáutica como Ministro médico. E tem o apoio de todos. Embora esteja preocupado com a invasão de estrangeiros e de desempregados de estados do norte na nossa cidade. Na próxima terça teremos o jantar de 39 anos do CLUBINHO que acontece no Restaurante Moinho do Vale, na romântica curva do Rio em Blumenau. O Presidente e a comissão organizadora já anunciam o lançamento do ano de comemoração dos 40 anos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

OKTOBERFEST

No lançamento do livro OKTOBERFEST DE BLUMENAU no palco do pavilhão Biergarten na festa durante o Concurso de escolha da Realeza do evento de 2019. (da esquerda para a direita - Jornalista Rene Muller, Dr. Sergio Hess de Souza, Prefeito Mário, Emílio Schramm, Secretário de Turismo Ricardo Stodieck e José Geraldo Reis Pfau)

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Zangão

Lig Lig - escuderia ZANGÃO - com nosso grupo de amigos (nos anos 60) - que pode ser o inicio CLUBINHO.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Em Balneário Camboriú

CLUBINHO em Balneário Camboriú - Bao.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Dia do Médico

Os cumprimentos aos médicos e amigos e em especial ao Dr. Adilson Tadeu Machado.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Site

CLUBINHO em Brusque

CLUBINHO em Brusque - Mano Walendowsky

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

domingo, 14 de outubro de 2018

MORDIDA DE COBRA X PÊLO DE GUARÁ !

Ao amanhecer, anos 60, os campos cobertos de geada, na Invernada de Cima, na Fazenda Santa Rita,(interior de São Joaquim SC) eu e o primo paulista, Armando Gazoli (Armandinho ou “Mô”), descalços, pés nos chão, pisando nos "carreiros sem geada", fomos arrebanhar as vacas, para a “tirada do leite”. Os bezerros, recolhidos no galpão, na tarde anterior, mugiam por suas mães. Algumas pernoitavam, ao redor da casa do Vô Boanerges, outras “velhacas”, dormiam longe, muitas deitadas sobre macegas de banhado, para escaparem do gelo da geada. Nos dirigimos para a região do “capãozinho das calhas”, lá avistamos 2 ou 3 vacas nas macegas do banhado, deitadas, aproveitando os primeiros raios de sol da manhã. Teríamos que entrar no banhado, para levantá-las e tocá-las para mangueira e galpão, onde nossos avós esperavam para a jornada diária da “tiração do leite”. O banhado é o terreno com lodo e água, pântano, que atolava até à canela. O “macete” de andar nele é ir pulando de macega em macega, touceira de capim alto, cuja base é sólida e você não afunda no lodo. São touceiras espaçadas, às vezes, com um passo simples, se consegue, mas na maioria tem que pular, impulsionando com as pernas. Nem sempre o salto, é preciso e você escorrega e afunda na lama. Assim de touceira em touceira avançávamos em direção aos animais que tínhamos que “tocar”. Cada um de nós visando o “animal” e gritando “ôaaaa! ôaaa! Ôaaa!”. O grito fazia levantá-las e dirigirem-se para a sede da Invernada de Cima. De repente...ouvi a exclamação desesperada do Armandinho: “AAIIII...UMA COBRA ME PEGOU !” ...Vi sua corrida disparada, atolando e saindo para fora do banhado. Lavou o pé na água e vi o sangue marcando dois pontos da picada. Desesperado corri para casa...gritando e alertando o pessoal. Armando vinha atrás, chorando muito ! Foi um “tedéu” medonho na sede (casa) ! Correria de todos para atender ao Armandinho. Vô Boanerges determinou que selasse a “eguinha”,(égua tordilha) e o meu primeiro irmão (Boanerges Neto), partiu em disparada para a Vila de Santa Isabel, cerca de uns 15 Km, em busca de sôro anti-ofídico. Minha Tia Cota (Mãe do Armando), lavava o pé do Armando em gamela e ouvia muitos palpites...de como atender ao primo. Lembraram do “Tio” Pedro Lourenço “taipeiro”, construtor de taipas (muros de pedra que cercam os campos). Tio Pedro estava acampado, no “capãozinho dos papagaios”, construindo a taipa que circundava à lavoura. Homem simplório, uns 60 anos de idade, aparentando muito mais, face encarquilhada do sol e trabalho duro, mãos calejadas, muito alto, enorme bigode estilo mexicano. Conhecido por saber de “medicina natural”, chá de ervas, etc. Mandou minha avó Angelina, providenciar uma “goma de mandioca” e foi feito um emplastro quente para “puxar” o veneno, com pano, sobre o pé ferido ! Tio Pedro taipeiro, abriu sua guaiaca (porchete de vários compartimentos), de couro, na cintura, onde de um deles, cuidadosamente desenrolou uma palha de milho e catou pelos- de- guará(cachorro do mato) e os colocou sobre os orifícios da mordedura da cobra ! Armandinho não apresentou nenhum sintoma clássico do avanço do veneno pelo corpo. Manteve-se consciente e disposto. Cerca de umas duas horas depois, meu mano Boanerges Neto, regressava e apeava da tordilha eguinha, coberta de suor, à beira da exaustão, com a informação de que na venda do Sêo Paulo, comprara o sôro. Meu avô determinou que o Mano Boanerges Neto não aplicasse o sôro . Armando estava bem e não necessitou mais atendimento. Aí ficou a dúvida...foi picada de cobra ou mordida de “preá” ratão do banhado ? Armando jura até hoje que era cobra...eu não vi...se era cobra, deveria se “papa-pinto”, (Caninana), ele jura que era “jararaca”...ou os pelos de guará...puxaram o veneno? O que vocês acham ? Esta eterna dúvida...minha medicina não explica ! Uia ! Texto de Adilson Tadeu Machado

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Aniversário do Coelho

Rogério (Coelho) Whemuth um grande abraço dos seus amigos do CLUBINHO na data de teu aniversário.

Dia das crianças

Vôo de Catalina

SOBREVIVENDO AO VÔO DE CATALINA, À FORTE PRÍNCIPE DA BEIRA...RONDÔNIA ...1969. Em outubro de 1968, eu pousava num velho DC-3 da VARIG, no aeroporto Ponta Pelada, de Manaus AM. Meu vôo era procedente de CÁCERES -MT , sede do 2.o Batalhão de Fronteira do Exército. Eu havia servido no Destacamento de Bela Vista do Norte, (Hoje Porto Índio), no Pantanal, rio Paraguai, entre as Lagoas Uberaba e Gaíba, fronteira com a Bolívia. Foram 18 meses e 1 dia. Jovem, 19 anos, 3.o Sargento Radiotelegrafista do Exercito Brasileiro, sentia-me um desbravador no meu Querido Brasil ! Nosso vôo até Manaus, teve escalas em Forte Príncipe da Beira e Porto Velho em Rondônia. Pernoitamos em Porto Velho, porque o DC-3 iria até Rio Branco no Acre e só voltaria no dia seguinte, quando embarcamos novamente na mesma aeronave, rumo à Manaus. Ao descer em Manaus, vi estampada na primeira página do Jornal “A NOTÍCIA” de Manaus, a seguinte manchete: “ EXPEDIÇÃO DE PADRE CALLERI – DEVORADA PELOS ÍNDIOS ATROARIS NO TRAÇADO DA FUTURA ESTRADA DE MANAUS PARA BOA VISTA EM RORAIMA” . Aquilo chocou-me, não imaginava que isto ainda acontecia... No QG do Grupamento de Elementos de Fronteira, fui locado na Seção de Meios e Material da Estação de Rádio AM-1 subordinada ao SSRMEx/GEF. Como radiotelegrafista, não me sentia bem em trabalhar na burocracia de controle de cargas, confecção de mapas, almoxarife de Radios Transmissores, Receptores, Válvulas etc. Minha função era na “Posição de Radiotelegrafista, comunicando-se em Código Morse, com os radiotelegrafistas dos Pelotões de Fronteira. Mas enfim, missão dada...missão cumprida. “Tão logo seja possível... e chegue outro Sargento que tenha especialização de Almoxarife, você voltará à escala de radiotelegrafista...vivia ansioso por este dia. Certa tarde, Major C. Pinto, chamou-me: “Sargento Adilson - o Radiotelegrafista que está em Forte Príncipe da Beira – Rondônia, estará de férias em Janeiro de 1969. Você quer ir para lá substitui-lo naquele período?” Aceitei a missão. Embarcaríamos no velho avião do CAN, Correio Aéreo Nacional, aviões da FAB, modelo conhecido como “Catalina”, misto de hidroavião que pousava em rios e lagos e também nos aeroportos de terra. Poucos dias antes do embarque, outro colega radiotelegrafista, O Sargento Cláudio, tinha o prefixo de rádio “ALK”, o meu prefixo era “AKM”, e assim nos conhecíamos entre os colegas de rádio ! Chamou-me ...”AKM ! ...eu gostaria de ir no seu lugar para Forte Príncipe da Beira, pois pretendo casar-me no Rio de Janeiro em Março e o dinheiro extra de “diárias de viagem”, reforçaria meu caixa para ir ao Rio de Janeiro, casar-me e trazer minha esposa para Manaus. Ok, falamos com o Major C. Pinto e a troca foi aceita. No embarque para Forte Príncipe da Beira, o Catalina foi carregado com material para o quartel de lá. Muita carga, entre eles um Grupo Motor Gerador da Yanmar, para estação de rádio do quartel, caixa grande e pesada, assim como toda uma carga para o aquartelamento. O Catalina decolou pesado e foram-se para Forte Príncipe da Beira. Acompanhávamos ao vôo pelo radio de bordo avião em contato em Morse. Perdemos o contato. Era comum por tempestades ou as vezes pane do rádio do Catalina. Após muitas horas de “silencio”, a estação de Forte Príncipe da Beira, avisava que o “Catalina” não chegara no horário previsto. Vôos na Amazônia, ainda hoje são problemas, imaginem em 1969. Noite e dia angustiante ! Eis que então, recebemos a informação que o “Catalina” teve pane sobre a selva Amazônica e ainda longe de local para pouso. A aeronave perdendo altura, o Piloto Comandante, determinou que abrisse a porta traseira e se lançasse toda a carga interna, da aeronave para fora, na tentativa de se procurar estender ao vôo e encontrar um rio ou lago para pouso...imaginem o desespêro do amigo Sargento Cláudio e toda tripulação. Tudo foi jogado para fora, inclusive malas da tripulação. Ficaram só com os uniformes que vestiam ! Conseguiram com muito custo pousar em um lago...onde foram resgatados dias depois pelos valorosos Militares da FAB e Exército Brasileiro. Quando nos falávamos com Sargento Cláudio (ALK) rádio, ao longo dos anos, ele acabou indo morar no Rio de Janeiro, sempre lembrávamos do susto...e que eu por uma simples troca, ficara de fora ! Acasos da Vida ! Seguimos em frente ! Texto de Adilson Tadeu Machado

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Ata de 09 de outubro de 2018

Ata do CLUBINHO da reunião jantar realizado no dia 09 de outubro de 2018 em plena Oktoberfest na casa do Zé Pfau de numero um. Na Escola Agrícola. Num dia quente que encerrou com trovoada. O cardápio o leitão assado. De convidados, o Rogerio Tribess, o Silvio Muller, o Toni Coelho e o Beto Walendowsky. O Wilson citou o cabo Adão. Um carioca citado pelo candidato Bolsonaro ao agradecer em rede nacional a votação que teve em Santa Catarina. O Cabo Adão esteve no 23 batalhão de Infantaria como cozinheiro e faleceu em virtude de explosão de um fogão. Ela era cozinheiro de mão cheia. Foi na comitiva dos Jogos Abertos aonde o Wilson foi tesoureiro. Em Brusque e Botuverá tem 19 helicópteros de empresários do setor de tinturarias. A Florisa tem mais de 800 metros de linha de produção em tinturaria.O assador ao falar do cuba de bacardi carta ouro que Pomerode era líder nacional, falou da bebida do colono que foi 1/2 a 1/2 de laranjinha do max Wilhelm e cachaça. O Zé Pfau apresentou o livro da história da Oktoberfest que ele orgulhosamente produziu e que conta a origem da festa. Lançamento do livro será anunciado em breve. E apresentou o expositor de miniaturas no formato de bomba de combustível. O Rogerio contou das rotas com bicicleta, inclusive a da serra do Rio do Rastro. Muito bacana. Os assuntos da política e do segundo turno tomaram conta das tradicionais, quentes e desagradáveis discussões. Fraudes nas urnas. Ufa. Fogo na urna de Gaspar. A vice do candidato a Governador Bombeiro é muito bonita. Apanha laranja no pé, não trepa e nem chupa. Até dirige trator. A conversa foi muito animada, ficamos em tempo record, o que é uma demonstração de agradáveis momentos que passamos com amigos que só no CLUBINHO acontece sempre as terças feiras há 39 anos.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Aniversário do Dr. Lucindo.

Um grande abraço para o amigo LUCINDO pelo seu aniversário de todos os seus amigos do CLUBINHO.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

XV em Blumenau - ROTA DE LAZER - https://ricmais.com.br/sc/programas/jornal-do-meio-dia-blumenau/atracao-de-domingo-rota-do-lazer-em-blumenau

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Ata de 02 de outubro 2018

Ata do CLUBINHO do dia 02 de outubro de 2018 da reunião e do jantar realizado em Blumenau no Restaurante Ataliba na Ponta Aguda. Realização do Joel Toledo. O Forte Apache foi derrotado. Além do brinde para os apressados, foi feita a citação do falecimento do amigo Inácio do Tabajara. Há que beba cuba alemão em taça de vinho. Há quem foi ver o que é viver na Bahia. E há quem considera que não se come tão bem assim por lá. E as nossas praias, são as nossas praias. O assador de leitão do Pfau para a próxima terça tá confirmado. Promessa de ovelha feita como em Lages ou Baggio na cabeça. Confirmado como estava o assado na turma do Marreta. O melhor video é do cara com a patroa comprando a skol de saideira na farmácia. No rodízio tinha carré de um tal de carneiro/boi para o Joel. Até na ata tinha banha do baby beef com pimenta verde. O Cheiroso tava forte. O Nei tava indo ou tava voltando. Gilberto Reiter (...) esteve em visita na mesa. Na política todos desejam uma colinha para a votação. Tinha jogo do BEC x Metropolitano e não fomos. $5,30 tava a gasolina na refinaria de Duque de Caxias. Bissurdu. Apartamento cheio de dinheiro ?. Na balada em balneário e pratica beber whisky do bom, vodka da melhor, enfiar uma bolinhas e água, água e mais água, encerrando com champanhe da melhorinha e pagamento em dinheiro vivo. Contas enormes. Tudo gente que economiza e muito. Loja de shopping em Brasília tem que ter cofre pois recebe muita conta de compra de trajes em dinheiro, vivinho da silva. O Pfau conta que recebeu pela coligadas dinheiro vivo numa industria de amigo. Um pacote embrulhado num jornal. O Marcio diz que já assinou um cheque de 100 milhões de dólares. O Eduardo viu uma mala com 1,5 milhões de dólares. O Daniel recebeu do cliente cem mil reais em dinheiro. Quem não tava na foto conta em casa que ele foi o fotografo selecionado para o dia. No Olimpico, a trave quadrada caiu e o Eduardo viu. Dia 06 de novembro iniciamos os 40 anos do CLUBINHO ao comemorar 39 anos. A festa de final de ano ainda sem data e local. O Mano esqueceu, é a vantagem de ter na ata. Comeu demais, bote o dedo na garganta no banheiro, se couber ... então vai mais um churiço, diz o pai do Daniel. Encerramos mais uma reunião jantar com o encaminhamento de todos os assuntos de interesse da maioria. Rimos muito.

sábado, 29 de setembro de 2018

“Guerra de Batatas”

Nesta madrugada de sábado, 29/09/2018, encontrei-me aqui na internet, com o meu querido Primo Armando Gazoli. Armando vive em Vila Velha – ES - Seus pais emigraram de Lages SC, para São Paulo – Capital, início da década de “50”. Lá ele estudou e cresceu. Nos encontrávamos nas férias escolares, quando vinham da grande metrópole, ele seu mano “Bilí” (Renato) e megulhávamos no nosso “mundo encantado”, da “invernada de cima – Fazenda Santa Rita”, beira da estrada de rodagem de Lages para São Joaquim. Acho que uns 20 Km depois do Rio Lavatudo, já no município de São Joaquim. Era conhecida a entrada por “Portão Encarnado”, pelo cor vermelha alaranjada, que fôra a primeira vez pintado aquele portão, misto com porteira e tronqueiras. Janeiro e Fevereiro, 1959 , verão... as lavouras de milho e batata em pleno crescimento. A “batatinha” era plantada em carreiras, junto com o milho, espaçadas em distâncias semelhantes. Milharal alto, folhas de milho que ao vento, produziam um som peculiar. Voltando de uma de nossas “caçadas de passarinho”, bocós (bolsa de pano à tira-colo) vazios das pedras (munição), resolvemos cortar caminho, de retorno para casa pulando a taipa e passando por dentro da “lavoura do rodeio”. Alguém de nós, chutou a elevação da “carreira de plantio das batatinhas” e expôs, estas ,muito tenras e redondinhas, pouco maior que uma “quilica”, bolinha de vidro ou gude. Ideal para uma “guerrinha com funda” (estilingue ou atiradeira). Nos afastamos eu, Armando e Renato (Bilí) seu irmão mais novo ... como num duelo de “faroeste”, um triângulo, onde nos ocultávamos pelas folhas densas e verdes do milharal. Como hoje nos campeonatos de “paintball”, iniciamos nosso combate. A batatinha quando arremessada cortando as folhas do pé de milho, produz um som repetido “tá-tá-tá”. Quando a batatinha atingia um de nós era possível ouvir um “ai” de gemido alto, porque ardia bastante ! Gostosas e altas gargalhadas quando atingíamos ao “inimigo”. Nossas gargalhadas foram ouvidas por nosso Avô Boanerges que estava em casa. Enviou meu primeiro Irmão Boanerges Neto, espiar o que a “piazada”, estava aprontando. Tão logo tomou conhecimento, ouvimos os gritos de chamada para comparecer à sua presença ! Vô Boanerges era um Joaquinense alto, forte, olhos azuis, descendente de tropeiros de Sorocaba SP, conhecido e respeitado pela seriedade de “sua palavra” e pela honradez ! “Tio Nejo”, como era conhecido, nos esperava na varanda, requisitou nossas “fundas” e nos passou um “sabão” (sermão) por causa do prejuízo, que causáramos as plantações de “batatinha” e milho. Fomos colocados de castigo, sentados e um banco de madeira, na cozinha. Onde ficamos em silêncio, por um longo tempo. Conciliador, nos devolveu nossas “armas”, fundas, não sem antes nos exigir, ao compromisso de não mais ocorrer “guerra de batatas” ! Tio Nejo, era o avô que com um olhar, dominava com autoridade ao ambiente. Amávamos imensamente, assim como admirávamos pelo respeito que desfrutava entre todos. Não seria necessário dizer que nós, Primo Armando e eu, sentimos algum “cisco” que molhou nossos olhos. A tecnologia da internet, nos propiciando um recanto da Saudade ! Bom Dia ! "Bênção Vô Boanerges! - Bênção de Deus Meu Neto !" Texto de Adilson Tadeu Machado

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Ata de 25 de setembro de 2018

Ata do CLUBINHO da reunião do dia 25 de outubro de 2018 realizada pelo Eduardo (Cabeça) Silveira no Boteco da Floriano em Blumenau. No cardápio petiscos, com um saboroso rodízio de mini hamburguer. O Wilson pediu o vinho Azulejo, português, muito bom. Sem gosto de argamassa. A musica do ambiente estava inicialmente com um volume acima do nosso. Perguntamos que haveria só ensaio ou haveria musica. Evidentemente eram protestos semelhantes ao dos nossos pais ouvindo o ié ié ié dos cabeludos Beatles. A Kombi veio da praia. O Bao conta que em todas as ameaças de ultrapassagens, se ouve o "Santo anjo do senhor, meu zeloso e guardador". A melhorinha do dia foi a dos fosseis com mais de cinco mil anos encontrados na obra da duplicação da BR 470. Há suspeitas que estavam lá, aguardando a obra de duplicação. Agora tirando a ossada a pincel por arqueólogos serão mais dezenas e centenas de anos para duplicar. Política ultrapassando os limites da nossa paciência. Os chaaaaatos continua. Um assunto comum da aputa foi a dos filhos. É geral os elogios e a força do amor pelos nossos filhos. Mas que se registre que todos- sem exceção - afirmam que fazem tudo e de tudo pelos filhos. Favores até absurdos. E a recíproca é verdadeira. Nem tanto. Pai, mãe, (avós) busca isso pra mim, a gente sai correndo. Filho meu computador está com problemas.... depois eu vejo, agora não tenho tempo, pai. A sabedoria e atualização deles, permite apenas apertar de uma tecla e está tudo resolvido. E são todos iguais, muda apenas o endereço. Isso tudo veio a tona, porque era preciso buscar a mãe e ninguém podia, então sai o pai e atravessa a cidade para fazer algo simples e fácil. Mas ninguém podia. O que pode acontecer mesmo é que depois do prédio de 84 andares, Balneário vai ter em seguida um de 92 andares. O céu é o limite. Pomerode é o céu. O chocolate Nugali é magnífico, a fabrica de queijo dos Mendes vai estar com condições de visitação na produção. E em Joinville tem Strudel muito bom. Já Balneário, numa avaliação rápida, tem restaurantes para todo tamanho de bolso. E afirma o Bao, que se come bem. Aquele do tênis internacional foi no restaurante diversas vezes com a família e esqueceu da conta. Depois pagou todas juntas. Diz que, como modelito é muito complicado no vídeo. Cheio de gueri gueri. No tante Frida conta o Pfau que tinha duas garrafas de Concha y Toro. Advogados, no final da noite, já embalados, tomaram as duas e na sequência outras reabastecidas da tradicional adega "garrafon". O doutor preocupado diz que examina dez pessoas por dia vindas de Belém do Pará, chegando para viver na cidade. Lá o bom dia, tá na bala. Antes era da Paraíba. Violência. O video do carro blindado e V8 empurrando os bandidos fez sucesso. Outro cara não conseguiu levantar o carro no macaco depois de blindado. Muito pesado. Não era mais em conta chamar o guincho ?. A bolsa de m* do Bolsonaro tem validade de três anos. Rolo esse do vice assume. E o rolo de carteira e pontos na carteira. As leis são criadas e os agentes descobrem a maneira de aliviar. Por isso tá no ar a campanha. Vote. Mas vote em candidatos daqui, identificados com sua cidade e região. Já se sente o clima da Oktober. O Zé anuncia que será lançado o livro que conta a história da Oktoberfest. Especificamente um documento do que aconteceu em 1984 e 1985. A origem e os personagens. Orgulhosamente uma produção idealizada pelo Sergio Hess de Souza, Emílio Schramm, produção do Zé Pfau e redação do Jornalista Rene Muller. No mais foi mais uma atividade agradável e muito divertida do CLUBINHO.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Aniversário do Carneiro

Aniversário do EDSON VARGAS - um abraço de todos os seus amigos do CLUBINHO.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Ata de 18 de setembro de 2018

Ata do CLUBINHO na reunião e jantar realizado em Blumenau na Pizzaria Baggio na Rua 7 de Setembro, 250 pelo Daniel Chiesa, atual presidente. No cardápio pizzas e lasanhas. A Kombi de Balneário tava meia boca. De convidado do Bao, o alegre italiano Felipe. No demais confirma-se o texto que circulou "como envelhecer" que destacava a habitual e irritante indicação para os que estão na terceira, quarta e até quinta idade - que são os "teimosos". O mistério da herança do Pedro Ernesto continua alvoroçando o mercado financeiro. Recebemos na mesa a agradável visita do amigo Leopoldo Schmalz, que estava com seu grupo de amigos (diz ele que "geriátricos") e no mesmo ambiente. O Daniel vai administrar obra em Madureira no Rio de Janeiro. Está frequentando academia para capacitá-lo a abaixar quando vier bala perdida. O Márcio prestou algum serviço na região e conta que não é qualquer taxi que entra naquela zona. Das eleições muito se fala e a recomendação é ir preparando uma cola para escolher certo o menos ruim. O Celso Garcia que ganhou um susto, Era só susto. O Marcio contou do cara do Tênis, casado e muito bem, que não conseguia dormir. Levantou para dar uma voltinha, encontrou uma moca e rolou o clima. Acabou dormindo no apto dela. Assustado acordou cedo, foi para casa, viu no varal a roupa do tênis, vestiu e entrou em casa. Justificando que jogou e ganhou. No Clube os amigos confirmaram o jogo. A macarronada de Balneário, que era onde muito se fazia as refeições ainda existe mas o preço é forte. Diz o Wilsinho. O eco amigo Joel, está encantando pássaros e passarinhos. Tá até fazendo a "ceva" para atrair animais silvestres na sua casa. O materia de 1967 com a instalação da NASA na praia do Cassino no Estado vizinho é bacana barbaridade. O video do desfile de carros antigos em dias de chuva. Uns malucos rodar com aquelas maravilhas. O fusca 1974 do Pfau não roda dia de chuva. História Oficial de 1985 é um filme Argentino que fala da ditadura deles. Muito bom. O Wilson dá a receita da paçoca de pinhão. Se falou de veadinhos na família. O Daniel conta que já foi (de Saveiro) atropelado por um cavalo. Capazzzz. Continua o mistério do joelho do Wilsinho. O Mano apresentou a sua nova pintura. Cabelo, sem pontas, com cores firmes. Realmente é outro homem, um advogado jovem, um rapaz de presença. E reclamou do servico na Baggio. Foram três as cantorias de "parabéns pra voce" Uma delas a aniversariante se chamava Terezinha. Então emendamos no "Terezinha de Jesus..de uma queda foi ao chão, acudiram três cavalheiros todos os três chapéu na mão....." De outro aniversário era da Minie. O Mikey não veio. Quem veio foi o "elixir paregórico" - que agora esta de volta nas farmácias, conta o Daniel. Houve um momento que se falou de sexo. O Azulão (Amilton) é frequentador (tem casa) no lago da represa em Rio dos Cedros. O Wilson conta que é bacana reconhecer e ser reconhecido por velhos amigos de infância. E é mesmo. O Joel ficou curioso com o Fedatto e o Guto Ferreira. O Wilson não explicou. A vó - não interessa de quem, - dá a pomba, chupa, fuma e o escambau. 98 anos. Estávamos encerrando a pauta do dia. Rolou a ideia de nos encontrarmos na abertura da OKTOBERFEST dia 03 de outubro nos pavilhões. Fica a proposta do presidente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Joel & Lucia.

42 anos de casados Joel & Lucia. Parabéns de seus amigos do CLUBINHO.

domingo, 16 de setembro de 2018

RÁDIO NO BANHO !

O ano era 1983, então oficial médico do Exército Brasileiro – 23. Batalhão de Infantaria, aqui em Blumenau. Radioamador, finalmente tinha um rádio de boa qualidade, adquirido de segunda-mão, de um Arcebispo Católico de Florianópolis, radioamador. Era um Yaesu FT 101 B, transmitindo em AM e SSB. Maravilha, eu residia na Vila Militar. Tinha minha estação de rádio montada numa pequena acomodação de nossa casa. Era o meu “shack” ! Através de um projeto, que um amigo projetara, consegui montar um mastro de antenas “telescópico” e que tinha um volante manual, onde eu girava uma antena, na direção dos países que queria “trabalhar”, antena de 3 elementos, para 20, 15 e 10 metros. Usando sinal de CW, fazia contatos com radioamadores em código morse, pelo mundo todo. Era meu hobby fabuloso e extraordinário, até hoje o faço ! Havia adquirido um consórcio de automóvel, fui sorteado, um passat branco, meu primeiro carro, depois de profissional. Usava para o trabalho e passeios fim de semana, com a família, em Blumenau a arredores fins de semana. Danny, meu primogênito, com 3 anos de idade, adorava ajudar-me a lavar ao “carro”, um balde amarelo e um pequeno pano, aos domingos à tarde, lavávamos o passat na garagem. Certa manhã, chegando após expediente de trabalho para almoçar em casa, ouvi um barulho contínuo e estranho, no quartinho da minha estação de rádio. Lá estava minha esposa, com um secador de cabelos, sobre meu rádio. Danny, , com seu balde amarelo e seu pano, havia “lavado” o rádio do Papai, fazendo sua “boa ação”. O transceptor é feito de uma caixa metálica, rígida, com frestas que permitem a troca de calor, com o meio ambiente, para “refrescar os circuitos eletrônicos” e permitir uma perfeita ventilação interna e manter-se na temperatura ideal. Senti angústia e meu coração apertado. Continuei o trabalho de “secagem” ...e resolvi ligar o rádio testando. Ouvi um “ronco” similar a “uuóóó” do aparelho e o desliguei imediatamente. Pedi socorro a um amigo eletrotécnico e radioamador em Itajaí, renomado e reconhecido por seus conhecimentos em “modernos” equipamentos. Fim de semana, levei o rádio e o busquei no outro. “Bida” (nome do meu amigo técnico). Perguntei “Como foi o conserto ?” Bem eu desmontei, coloquei as “placas para secagem” em um forno de Beer, e remontei. Tudo funcionando perfeito, sem danos”. Quanto lhe devo ? Nada, isto é o valor dos radioamadores, quem não vive para servir...não serve para viver “. - Quem de nós não enfrentou destas peripécias de infância ? Nosso abraço ou FTE 73, como se diz no “rádio” ! Texto de Adilson Tadeu Machado -

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Em Balneário

CLUBINHO em reunião e jantar -Balneário Camboriú - Marcio Mesquita.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

40 anos de casados

Eduardo e Marise - 40 Anos de casados - Nos conhecemos em 73, ela com 15 e eu com 17 anos, foi nas festas da AABB e nos bailes de carnaval do Caça e Tiro Blumenauense. Oficializamos o namoro no Baile de Debutantes de BVCC, justamente no dia em que minha irmã Regina, debutava (14/10/1973). Passei no vestibular em 73/74 e fui estudar em Floripa. Final de semana voltava e era uma loucura. Consegui um emprego na Eletrosul e resolvemos então nos casar (06/09/78). Ajudado por nossos pais, fomos de lua de mel no Plaza Itapema, com direito a visita de nossos amigos (Mauro & Rose, etc) nos primeiros dias da nossa nova vida. E fomos morar em Floripa e não tinha terminado a faculdade. Em 79 na festa de formatura foram todos nossos amigos e acamparam na sala do apartamento, pois na época só tinha colchão, TV, fogão (seis bocas herdado da sogra), uma mesa, e umas poucas pecinhas de cozinha. Em 82 já tínhamos as nossas duas queridas filhas (Isabella e Larissa). Trabalhei em Floripa até 85, quando voltei e vim a ser engenheiro da Hayashi em Blumenau. Em 90 iniciei minha vida de patrão. Em 98 tive um complicado AVC e fui muito ajudado por familiares, amigos e estamos até hoje vencendo, neste mercado louco do Brasil, cheio de altos e baixos. Hoje temos dois lindos netos (11 e 4 anos) e uma lindinha neta (40 dias) amamos esta família e temos orgulho de tudo isso. - Eduardo e Marise comemorando os 40 anos de casamento. dia 06 de setembro de 2018.

Aniversário do Renato Goessel

Parabéns Bola!!! Feliz aniversário!!! Um abraço dos amigos do CLUBINHO.

domingo, 9 de setembro de 2018

“ALUNO INSPETOR DE HIGIENE – 1956”

Texto do Dr. Adilson Tadeu Machado - médico Começo de ano escolar, em 1956, Escola Primária Nossa Senhora das Graças,Bairro das Casas Populares, LAGES SC, anexa ao Orfanato mantido por Freiras Religiosas, Ordem SDS, vindas da Alemanha. Casarão de madeira, 4 salas emendadas, com divisões de paredes de Madeira de Pinho. Um varandão comum na frente de todas as salas. Estudávamos da primeira à quarta série primária ! Era um tempo em que os meninos usavam uniformes de calça curta, camisa branca e bordado símbolo da escola no bolso da camisa. As meninas saia azul, “plissada” e também camisas brancas. Sapatos pretos (quem possuía e meias brancas), podia também usar “alpargata roda azul “ e quem não tinha, poderia vir descalço. Aula de segundas às sextas feiras das 08:00 às 10:00 horas, com recreio das 10:às 10:30 horas, término ao meio-dia. Irmã Sinfônia, Diretora severa, sotaque alemão carregado, era quem tocava a sineta de controles dos horários. Sábado aula de religião ou educação física e canto de Hino Nacional e somente até às 10 horas. 1959, com 8 anos, eu estava iniciando o segundo ano primário. Nossa professora Srta Alice Mendonça, era filha do Sr Mário Mendonça (Português de Nascimento) e Sra Ruth Mendonça (alemã), também professora. Dona Alice tinha cabelos alourados, pequenas sardas na face e fama de muito rigorosa em Disciplina dos alunos, não permitia “conversas” na aula e usava uma régua que batia fortemente na mesa, para não permitir aos bate-papos ou desatenção dos alunos. Sentíamos temor e admiração e claro respeito. Dona Alice explicou que faria uma eleição, entre os alunos, deveriam escolher um aluno, que seria o “Inspetor de Higiene”. Deveriam escrever num pequeno pedaço de papel (cédula), o nome do colega de aula que parecia ser o mais “limpo”, uniforme e aparência, pois seria então, o detentor da Caderneta de Inspetor de Higiene da Sala de Aula, do Segundo Ano. A tarefa seria em dia da semana, em que ela aleatoriamente mandaria o “Inspetor”, fazer a “inspeção de higiene” e anotar todas as “irregularidades” dos colegas, para registro na “bendita caderneta”. Aberta à urna “caixa de papelão de sapatos”, o nome do ADILSON , foi o vencedor ! Meu Deus...senti a glória, jamais esperava isto. Era meu “primeiro destaque”, um orgulho incomensurável. Foi então colocado meu nome na Caderneta: INSPETOR DE HIGIENE ! Nossa...aquilo foi soberbo ! Não via a hora de chegar em casa e contar para minha mãe ! Num determinado dia, Dona Alice, professora, chamou-me em voz alta “Adilson, hoje você fará sua inspeção” ! Era um dia de chuva, frio, aqueles dias cinzentos de Lages SC. Sentindo-me autoridade, saí “escrevendo e anotando de carteira em carteira, sentávamos aos pares...cadeiras de madeira, tinteiro no meio, e vincos feitos na carteira, para o lápis e borracha. Na minha carteira, ao meu lado sentava-se um menino mais velho, alto esguio, vindo de uma fazenda da Coxilha Rica e que começava os estudos, com idade diferente das nossas. Sua higiene era pouca, as condições da época, usava o mesmo uniforme da escola, para suas tarefas ajudando aos avós, na lide diária. Cheirava mal, odor de urina, pois era época de “enurese noturna”, as vezes dormindo perdia urina na cama. Tinha um nariz, com alguma rinite permanente, pois com o frio, sempre era “ranhento” e limpava na manga da camisa. Aquilo me incomodava. Eu como “Inspetor de Higiene”, fiz um relatório detalhado destas irregularidades, assim como de outros coleguinhas. Todo emplumado, entreguei minha caderneta de anotações...então Dona Alice, voltando-se para mim disse, em voz alta: “Muito bem , Senhor Inspetor...vou examinar ao senhor e o senhor anotará aí o que eu encontrar”. Ave Maria(tremí todo)... ...anote aí : “unhas e mãos sujas” (jogávamos “quilica”, bolinha de vidro no recreio, no páteo de terra), “pés e canelas sujas de barro”. Ela nunca leu minhas anotações que fizera dos meus colegas. Todos ouviram o que ela mandou eu anotar, “ quase morri de vergonha”, lição que nunca mais esqueci ! Nunca mais fui chamado para ser Inspetor de Higiene e nenhum outro colega. Ficou a lição para todos...”nem sempre o que parece ser o “mais limpo” não o é. O temor de ser novamente Inspetor, nos fez ter o cuidado de manter-se limpo na sala de aula, após aos folguedos do recreio, corríamos para a pia do colégio, lavar mãos, rosto, etc para não sermos flagrados ! Velhos tempos ! Saudades
!