segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pesque-Pague



Domingo, o primeiro da primavera de 2011, aquele sol tímido, muitas nuvens e frio...mas nos arriscamos...o casal, a ir almoçar no Pesque- Pague que fica na "divisa"...lá para as bandas da BR 470. Na entrada um aviso de que estaria fechado nestes dias e só retornam às atividades dia 27 de setembro. Hoje é dia 25/09. Frustrados, demos meia volta e retornamos. Entramos por outro trevo e fomos a outro Pesque-Pague, aquele em que visitamos no ano atrasado (2009), averiguando a possibilidade de realizar um Caldo de Peixe para o CLUBINHO. Recordamos que num final de tarde comemos umas “iscas de peixe” no quiosque central, sobre a ponte do lago e os mosquitos quase nos devoraram. O dono não foi naquela ocasião muito receptivo e nos mandou voltar no inverno para apreciarmos o tal do “caldo”, Lembro que percorremos o páteo, a ponte sobre o lago... lago que mantém aquele espelho de água amarela, típica da lama e do barro do fundo. Pois é, a água continua a mesma. Desta vez haviam alguns garotos loiros, jogando suas linhas de pesca e tentando arrebatar algum bagre, daqueles bocudos e bigodudos que navegam na superfície engolindo as pipocas que os filhos dos tradicionais clientes jogam. Chegamos lá, por volta do meio-dia, vários carros estacionados de clientes para o almoço. Um dos garçons nos atendeu e explicou " u seviçu agui é dibifê, udiliza a “ comanda” e bode ze servi à fontade", Na mesa aipim, maionese, saladas muitas, língua suína ensopada, marreco assado, einsbein, matambre em fatias recheado cenoura, repolho roxo, enfim aquele festival de pratos no melhor da tradição germânica típica do interior. Olhando em volta se via no salão muitos clientes “vermelhões e pesados” típico cenário do melhor dos ambientes de nossos colonos e naturalmente ouvia-se a predominancia do idioma alemão ou o sotaque muito carrrrrregado, como o do nosso Fritz, o garçon. Pedimos uma água e um refrigerante e fomos servir do manjar teutônico. Quando o Frrritz, o garçon retornou com as bebidas, tinha observado à distância, sobre o balcão-caixa do proprietário algumas garrafas grandes e que provavelmente seriam dos tradicionais aperitivos feitos em casa ... de cachaça com maracujá, limão, coentro, arruda e outras coisitas, pelo menos, foi o que deduzimos à distância. Havíamos escolhido uma mesa, na borda da janela que vislumbra o lago amarelo da lama...e via-se vez por outra aqueles bagres de boca-aberta e deglutindo pipocas. Perguntei então ao “Frritz, o garçon ... qual aperitivo daquelas garrafas poderiamos experimentar? Ele respondeu com aquela “finura“ “ " ô numo sei, borque ô num bebo” desconcertado, não se sabia se era hora do riso ou de enfurecer, Na verdade fica uma sensação de “culpa” danada, por sermos bebedores de aperitivos. Mesmo assim servimo-nos do aperitivo de maracujá. Passando pela mesa de bufet, servimo-nos daquele prato variado e pitoresco, típico dos nossos “mais tradicionais pedreiros”, competindo em altura com o Morro Azul de Timbó ! Naturalmente a opção foi filet de peixe à milaneza . Surge o Frrritz, o garçon e puxa uma converrrsinha na mesa .... " Zim, tão costando dos pexs, qui dão natando ali nu lago ? ”escuta aqui, zabi né, á água do lago é xuja assim mesmo... mas tem pex bemgrandes, exemblarrres grrrandes de bacus com mais dideis kilu e bintados dididizesseti kilu ...parra engorrrda dos pexs nós dratamos eles muito bem, chogamos toda a “lavagem” ta cuzinha bra eles....mas num si brrrrreocupem, nom, équi est pex que bocês tom gomendo fem ti outrrro lugarrrr... “Credo, perdemos o apetite separamos o filé de peixe no prrrrátto e trrratamos de encerrrrrrrar nossa conta ... e se fomos !
Abrrrrraços ! Adilson