terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pfau de fusca


De Fusca a Curitiba no Dia Nacional do Fusca - Aparentemente o fusca 1.300 cc de ano 74 que recuperamos (eu e meus filhos) teve um desempenho mais do que esperado. Na BR 101 parte totalmente duplicada o limite de velocidade de 110 km por hora assusta de fusca. Que assusta, assusta, pois ninguém, veja bem, ninguém anda atrás de você de fusca. Todos passam a jato. É de ficar imaginando os milhares de motoristas – cidadãos e cidadãs de férias – sem experiência numa rodovia altamente perigosa. Sem ar, de janela aberta no fusca o ruído do vento é maior. Não existe mais caminhões Fenemê chorando na serra. Todos turbinados passando pelo fusca com dezenas de rodas ao seu lado. Mas não recebemos nenhuma buzinada simpática do tipo sai da frente. Acho que aquela consideração para com idosos, ainda não tradicional na fila do banco, considero que na rodovia, funciona melhor. O fusca faz média entre 87 e 93 e nas descidas chega a desenvolver seus 107 ou 109 km’s por hora. Não treme nada vai bonitinho e na dele. Você que já teve sabe como é frear um fusca. É simples, pense antes. Na serra o desempenho é muito interessante. Se não precisar reduzir se mantem bastante bem, na quarta marcha. Em alguns aclives ele pede uma terceira e então – vem na lembrança – o tipo de dirigir nos anos 70. Você embala na terceira marcha e coloca a quarta. De morro acima ele senta e tem uma queda de giro significante. Enfim, são 1.300 cilindradas com quase 40 anos de uma vida sabe lá como, que a fabrica já anunciava como motor de mil e tantas... fazia um charme danado nos 1.600 cc. Em Curitiba dezenas, centenas de fuscas e outros tantos, todos refrigerados a ar. A Kombi, o TL, o SP, a Variant, o Karman Guia e até a gigante moto Amazonas. Tinha fuscas raros, coloridos, potentes, antigos, rebaixados, super rebaixados e outros tantos uns até com o “praqueisso”. É um espetáculo do grupo RustedLive, que tivemos o prazer de participar, eu e meu filho Guilherme, vendo a dedicação, principalmente de uma grande quantidade de jovens, que descobrem no fusca uma saudável paixão pelo simples carro do século passado. O movimentado comércio de peças usadas “originais” e velhas com a energia do preço até superior ao do novo. Um show de organização, praticamente sem a presença do estridente som automotivo dos jovens, em local que não é permitido o consumo de bebidas alcoólicas e um ambiente aberto com boa sombra, bastante jovem, de família, com crianças e até seus cãezinhos. Demonstrações ao vivo como cortar o teto do fusca para criar o “cornowagen” num estiloso teto solar. Escapamentos de boca aberta, fechada, pro lado, para cima, com e sem pintura brilhosa, raspado e lixado para apresentar a ferrugem, vidros de todos os tamanhos e cores e os exageros do tradicional “praqueisso”. Na estrada de volta, chuva, muita chuva e o limpador de para-brisas de pequeno não tem nada, eficiente numa situação de usar toda a velocidade. Era domingo no final do dia roncava trovoada e o fusca chegava a Blumenau, são e salvo. Agora é revisar e estudar outro roteiro neste estilo com emoção. Gostei e anotei

- “dirigir o fusca não para ganhar tempo, mas para aproveitar melhor o tempo”.