sexta-feira, 28 de abril de 2017
quinta-feira, 27 de abril de 2017
quarta-feira, 26 de abril de 2017
sexta-feira, 21 de abril de 2017
Histórias da nossa Blumenau.
“A ENCHENTE QUE EU VI – JULHO 1983” “COVA RASA - PROVISÓRIA PARA MORTOS DO HOSPITAL SANTA ISABEL” – BLUMENAU. Avançavam-se os dias de enchente e os problemas. Dr Newton José Martins Mota, radioamador PP5-ABA, médico chefe da Primeira UTI em Hospital, do Estado de Santa Catarina (Hospital Santa Isabel), chamara-me pelo rádio. Ele havia montado sua estação ao lado da UTI. __ Caro Dr Adilson (PP5-CLG)! Estou com problemas sérios aqui no Hospital. Tenho óbitos, (falecimentos de pacientes) aqui e não temos câmara fria, para refrigeração dos corpos ! ___ Caro Dr Mota ... o jeito é sepultá-los ! Os corpos, pertencem ao Estado até por 12 horas. Faça isso, é questão emergencial de Higiene ! ___Dr Adilson, como devo fazer isso? Preciso de uma autorização por escrito ! ___ Ok Dr Mota ! Vou redigir e peço ao Coronel Barreto (Antônio Bascherotto Barreto, Comandante do 23º Batalhão de Infantaria) para assinar como autoridade constituída ! ___ Sentei-me na velha máquina de datilografia, na enfermaria do Batalhão e redigi: “ AUTORIZAÇÃO EMERGENCIAL FACE CALAMIDADE PÚBLICA” AUTORIZO AO SR DR. NEWTON JOSÉ MARTINS MOTA, MÉDICO DO HOSPITAL SANTA ISABEL – BLUMENAU SC, A SEPULTAR EM COVAS RASAS, INDIVIDUAIS, PROVISÓRIAMENTE EM TERRENO DO HOSPITAL, OS CORPOS DE PACIENTES QUE TENHAM TIDO ÓBITO, NAQUELE NOSOCÔMIO. 1 – Os corpos deverão ser exumados, quando houverem condições climáticas favoráveis, que permitam o sepultamento definitivo, em cemitérios designados pelos familiares. Blumenau SC...Julho de 1983. ADILSON TADEU MACHADO – 1º TENENTE MÉDICO – 23º BI NEWTON JOSÉ MARTINS MOTA – MÉDICO HOSPITAL SANTA ISABEL. ANTÔNIO BASCHEROTTO BARRETO – TENENTE CORONEL – CMT 23º BI - Hoje quando passo, pelo jardins do Hospital, vez por outra, lanço o olhar ao local, onde repousaram corpos de pacientes provisoriamente. O belo jardim do pátio do Hospital, coberto de belas árvores e flores. Anos idos...História ! A autorização foi levada de canoa (bateira) a remos, pelo Sargento Enfermeiro Odilon Tadeu Dalla Costa !
Texto de ADILSON TADEU MACHADO
quarta-feira, 19 de abril de 2017
sábado, 15 de abril de 2017
“ Um jogo de risco de vida”
RINCÓN DEL TIGRE – BOLÍVIA – 06 de agosto de 1967. Independência da Bolívia !
Estava com 18 anos, era Sargento Radiotelegrafista do Exército Brasileiro, no Destacamento de Bela Vista do Norte – Então Município de Cáceres MT. Todos os dias, após ao expediente militar, jogávamos futebol no campo de pouso de aeronaves. Pista acidentada, mas que por ser relativamente plana, era de uma curva suavemente convexa e recebia vez por outra os Aviões Regentes da Força Aérea Brasileira. Destacava-me como jogador, principalmente pela velocidade de corrida. Fôra atleta de competição militar, na modalidade de 100 metros rasos. Tinha portanto, juventude e velocidade, como atacante, para correr chutar em gol, diante dos adversários mais velhos do quartel. Este sucesso, foi a razão de receber um convite do Comandante do Destacamento Militar Boliviano da Lagoa La Gaíba, para participar de jogos estudantis, na localidade Boliviana de Rincón Del Tigre, em plena selva Boliviana, há mais ou menos uns 100 Km da fronteira Brasil-Bolívia onde ficava a minha guarnição militar. Solicitei autorização para o Quartel General da 2ª Brigada Mista – Corumbá. Foi autorizada minha ida, desde que acompanhado por mais um soldado e então designado, o Soldado Miranda, como meu acompanhante e segurança. Nossa viagem até lá, após a travessia da Lagoa Gaíba, 45 minutos de batelão,(canoa longa e primitiva esculpida com enxó num único tronco de árvore) com motor de popa, foi feita em carroças puxadas por trator, sentados em cima de sacos de milho. Por picadas na mata, aos solavancos, água potável era levada em toneis de aço, daqueles que no passado transportavam gasolina. Agosto é calor intenso, mata sêca, temperatura da água para beber, acima de 40 graus. Não havia sombra, mata muito sêca e a trepidação do trator, despencavam folhas secas, e seus fragmentos grudavam-se aos nossos corpos ensopados pelo suor. Após 14 horas, chegamos a Rincón del Tigre, por volta das 19:00 horas. Localidade povoada, mantinha uma Missão Adventista de emigrantes letos (Letônia), com apoio de Adventistas do Canadá. Na viagem, travei longo papo, com um pastor canadense, num Inglês básico e ele se mostrava surpreso com nossos conhecimentos da geografia da região. Aquele povoado perdido, na direção de Santa Cruz de La Sierra, possuía um colégio de ensino primário e ginásio, mantido pelos adventistas atendiam aos “campesinos”, camponeses e índios da tribo Ayoréo. Lingua quíchua, típica dos Andes. A energia elétrica, era mantida sempre até as 20:30 horas, como iluminação, mantida por um motor gerador a diesel. Terminados o culto e o jantar, no terceiro “aceño” , apagavam-se as luzes do minúsculo povoado, mergulhava-se na escuridão e apreciava-se o belo céu boliviano, sem poluição, lindas estrelas e conversava-se nas varandas até por volta de 21:30 horas, ouvindo relatos dos Pastores Adventistas, contando História e Estórias da Letônia e do Canadá ! Entre os festejos, de celebração da “Independência da Bolívia”, fui convidado para algumas bancas de análise de “Trabajos Escolares”, onde premiavam-se alunos em poesia e redação. Muito jovem, ficava honrado com a deferência. Não tive como recusar o pedido do Pastor Presidente da Colônia Adventista,Pastor Arvuído Eichmann , para, como Brasileiro, neutro portanto...apitar ao jogo de futebol entre “Los Estudiantes” e a equipe “Los Índios” da tribo local, a aldeia era ao lado da sede da vila adventista. Los Estudiantes, vestiam calções verdes e camisetas brancas, mas todos descalços. Los Índios, apenas um calção ou uma calça, ou mesmo uma pequena tanga, sem camisas.Achei curioso que alguns índios portavam facas em bainhas. Estava em território estrangeiro e se os pastores permitiam isso, deveria ser costume. Não havia bandeirinhas como auxiliar de juiz e as linhas demarcatórias do campo, eram as torcidas, público de assistentes, nas laterais. Eu, fardado com meu uniforme de Instrução do Exército Brasileiro e um apito, jogava-me na aventura de apitar um “jogo de quase morte” ! Confusão na área de gol de “Los Índios”, um empurra- empurra danado, e Los Estudiantes marcaram o gol. Apitei e voltei-me apontando o centro do gramado, para reinício da partida. Foi um “tedéu”, vi-me cercado de índios por todos os lados, acho que nem John Wayne passara por aquilo. Aos gritos de um misto de Espanhol e Quíchua, aos berros gritavam que “no es gol...es falta...es falta em el goalkeeper”...olhos injetados e raivosos...fitavam-me com ódio. Foi então que senti uma espetada no abdômen, um dos “atletas” perfurara minha túnica, com uma ponta de faca, e aos berros dizia “ Gol nulo...es falta...es nulo”, fui até o centro do gramado, apanhei “la pelota” e a recoloquei defronte do gol de Los índios, anulei ao gol e eles bateram a falta. No segundo tempo, felizmente Los Estudiantes marcaram um gol de batida de falta e assim ganharam por 1X0 de Los Índios. No jantar à noite no refeitório da Missão, sentado ao lado de Honra do Pastor Arvuído Eichmann, com seu sotaque carregado questionou-me, o “porquê”, de ter voltado atrás no meu veredito e anular o primeiro gol de “Los Estudiantes”...mostrei-lhe minha túnica perfurada e o leve ferimento do abdômen, e disse: “este argumento seria suficiente?”. Após relatar ao ocorrido, surpreso ele disse que não fora possível perceber de fora do campo, o ocorrido, mas que em outros jogos anteriores já haviam sido cometido alguns ferimentos, pois “Los índios siempre desejan vincer”. As vezes lembro-me do fato, será que agi correto ? Estou vivo para relatar e escrever ! Viva “ El 6 de Agosto” Independência de República de Bolívia !
Texto de ADILSON TADEU MACHADO.
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Ata de 11 de abril de 2017
Ata do CLUBINHO do dia 11 de abril de 2017 da reunião e jantar realizado em Blumenau no Bela Vista Contry Club (Gaspar) pelo Daniel Chiesa. No cardápio "BAC's" no melhor estilo. Bacalhau em jantar servido em mesa quadrada,que a participação de todos é de quase 100%. Nosso chef Bao (o chapeiro) aprovou. Um completo serviço de bar com uma variedade - até Rum Montilla carta ouro e carta branca. A bandeira do cartão corporativo tem proporcionado grandes oportunidades na presidência. De convidados os amigos Paulo Roberto Muller, o Miguel Sacramento de São Paulo e o Toni Coelho. Camarão não teve, porque tá no defeso. Falamos do exagero que é comer caranguejo. Depois de 437 marteladas você já saboreou 123 gramas de carne pura. O incrível é que o sabor é de caranguejo. De Itajaí até Brusque tiveram a capacidade de instalar 21 lombadas. Serão 42 pois estão duplicando a via. O Daniel conta que formaram um grupo no zapi zapi de amigos do colégio (Primário). Entre os encontros dois estavam no mesmo avião vindos dos isteites para São Paulo. Ter sido coroinha, lobinho e escoteiro prova que teve uma boa iniciação. SKUNK (gambá) é o nome do carro do Bola. Ele estava em viagem para São Chico. Vai abastecer em Araquari. Novato é o nome da cidade na Califórnia. O Joel - que foi na Moto GP na Argentina - diz que na moto tem rodinhas laterais. O Miguel faz seus dez mil passos de caminhada dia. O Paulo Muller sentou ao lado do Otávio do cartório num espetáculo em São Paulo. O Evandro ao estacionar a moto estava de frente para o casal Vieira na calçada. O amigo angolano Rui Marques da Cruz (in memória) encontrou em São Paulo uma biba vizinha de Paris na esquina da Ipiranga com a São João. Falamos de propaganda e o mundo de antigamente. Valter Clark, Nisan Ganaes. Nadja é com "d" e que iria no Shopping Butantan. Na politica o CLUBINHO já inicia os estudos e as definições de quem vai apoiar para presidente do Brasil em 2018. São ensaios ainda. CLUBINHO é só democracia.
segunda-feira, 10 de abril de 2017
quarta-feira, 5 de abril de 2017
domingo, 2 de abril de 2017
Claudio Simão
1a Etapa do Mercedes Challenge, realizado hoje de manhã, no autódromo internacional de Goiânia, tendo como o vencedor da Categoria Mercedes 250C o amigo Claudio Simão !
sábado, 1 de abril de 2017
TONI...O “ENÓLOGO ASTUTO”!
Era um sábado de final de verão...previsões de que a temperatura estaria mais amena. Convidei meus dois parceiros Zé Pfau e Toni, para um passeio de fusca até Angelina. Angelina, local bucólico, colonização germânica predominante, sede de um antigo convento das Irmãs Franciscanas, vindo da Alemanha, por volta de 1900. No convento hoje, anexo, a Pousada Blumengarten Haus, local encantador para descanso. Pfau não pode nos acompanhar, estava cuidando da sogra, 96 anos, era seu fim de semana de “penitência domiciliar “! Fomos...eu e Toni, peregrinando por Brusque, Nova Trento, São João Batista, Major Gercino e Angelina. Paisagens belas, bucólicas...aos poucos e puxando da memória, ia discorrendo ao Toni, sobre os locais, pastos, potreiros, negociadas que meu velho Pai, tropeiro de São Joaquim SC, fizera pela região. De papo em papo, chegamos ao final do entardecer na Pousada. Recebidos pela Coordenadora da Recepção, Irmã Nadir Mees, crachá no peito ! Conseguimos as duas últimas acomodações...não tínhamos reserva. “Já estou com um ônibus de turistas acomodados e daqui uma hora, recebo mais um”... “os senhores foram abençoados com estas vagas”. Agradecidos, resolvemos jantar primeiro, antes de retirar a “bagagem” do fusca...(uma sacola de plástico do Toni...e uma bolsa pequena de lona, a minha). Entramos na fila para o jantar, buffet de duas linhas de servir, éramos os últimos...”apressem-se que o outro ônibus vai chegar”. Irmã Nadir, foi nos mostrar o belo e sortido buffet, com a alimentação, “tudo produzimos aqui na congregação...tudo natural, sem veneno”. Irmã Nadir, desdobrava-se em atender a todos, simpatia ímpar. Retornou à nossa mesa, perguntou: - o que vão beber ?
__ Irmã, a Senhora ainda tem, aquele vinho da casa, em taças ?
--- Claro meu filho ! O que preferem? Sêco ou suave ?
- Para mim, pode ser uma taça de “suave”.
Toni: Para mim, “sêco”, por favor !
Neste momento, mais hóspedes, envolveram Irmã Nadir, com questões e agradecimentos pelo belo jantar. Continuamos degustando as saborosas delícias. . Tão logo desvencilhou-se de outros hóspedes... Irmã Nadir retornou sorridente, com uma bandeja com duas taças de vinho.
Sorridente exclamou : - Tenho ótima memória, para o “doutor”...vinho sêco...para o Sr Toni, vinho suave !
Nos entreolhamos, de esguelha...agradecemos e ficamos aguardando ela , virar-se de costas...e rapidamente trocamos às taças...para ela não perceber que errara !
- Seguimos o jantar nos divertindo...o alarido dos turistas religiosos, era pequeno, como recomenda o local, pessoas acima de 50 anos, em tempo de quaresma, visitando templos e locais de Fé.
- Sorvíamos o último gole...retorna a Irmã Nadir...”Senhores...vamos repetir mais uma taça ? “
- Agradeci...para mim, estava satisfeito!
TONI(Enólogo astuto): Irmã Nadir, eu quero mais uma taça...mas a senhora poderia trazer agora, uma “taça de vinho sêco” ?
--- Ahh o Senhor não quer ficar em desvantagem com o “doutor”...ótimo, trago em seguida !
Assim, ficou o dito por não dito...ela não soube que havia trocado as taças e o “bom mocismo” de Toni, nos permitiu sorrir, sem menosprezar a fidalguia do tratamento que recebemos ! ¨
texto de ADILSN TADEU MACHADO.
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