quinta-feira, 28 de maio de 2020
quarta-feira, 27 de maio de 2020
Coxilha Rica
Coxilha Rica é uma região do município de Lages em Santa Catarina com uma área cerca de 100 quilômetros quadrados de zona rural num planalto situado a mais de mil metros acima do nível do mar.
terça-feira, 26 de maio de 2020
domingo, 24 de maio de 2020
Texto do Adilson "acalmar o Minuano"
Texto de Adilson Tadeu Machado ...e a vaia fina fura a frincha das portas... (Augusto Meyer – 1929)
Nossa casa era de madeira-de-pinho, o único cômodo de “material” era o banheiro. Pia, chuveiro e vaso sanitário, um luxo para época. Final da década de 1950 ! A Vila Popular, talvez uma das mais antigas construções de casas populares de Santa Catarina. Dividida em quadras, A,B,C,D,E,F,G..., nossa casa era a de número 25 da quadra G, na Avenida 1º de Maio. Na frente um descampado, terreno da Chácara das Irmãs, onde ficava a Igreja Nossa Senhora das Graças, O Orfanato das Meninas e nossa Escola Primária. A Avenida na frente de casa, sem calçamento, terra-de-chão, era nosso folguedo diário... 4 tijolos demarcavam as “traves”, pronto! Estava feito o campinho de futebol. Os times “com camisa e sem camisa”, uma bola, jogava-se até com a “luz da lua” ! Ali era também “corredor de tropas”, do gado que vinha da Coxilha Rica, para a charqueada dos “Bianchini” ! Diversão pura quando se ouvia o “eia boiada”, debruçados da janela do sótão (nosso quarto), apreciávamos os “peões-de-fazenda”, no manejo do gado. Seus cavalos ricamente encilhados, pelegos coloridos, boiadeiros com bombachas, lenço maragato no pescoço, camisas coloridas, botas reluzentes e longas, esporas de prata, Parabélum 38, cabo madrepérola na cintura, arrodeado de balas, na cartucheira farta. Símbolo de poder e dignidade ! Homem não tinha “palavra quebrada”... ou respeitava o “fio-de-bigode” ou partia para o entrevêro para manter a honra ! Quando o boi na tropa “desgarrava”, era a “disparada”, o “estouro” da boiada, boiadeiros com laço sendo arremessado para buscar o “desgranhento”, tumulto geral na rua, galopadas aceleradas e gritos ... para recompor à tropa ! Nós da janela do sótão, ficávamos torcendo pelos “desgarrados”, era um espetáculo ! Boiadeiros querendo mostrar sua coragem e habilidade. Todos sonhávamos em montar aqueles tordilhos e alazões e pode repetir às façanhas !
Em Blumenau, pouco se “vê” de vento... mas ontem à tarde, havia vento que uivava na fresta das janelas, batia alguma porta destrancada... o barulho peculiar, transportou-me àquela casa de madeira, o uivar do Minuano... creio que em 1957 ou 1958, não “achei” no Google nada a respeito. Forte vendaval “´passou” por Lages... ouvia-se estalos na casa, janelas batiam, o uivo ruidoso de “vaia fina que furava a frincha das portas”, meninos, descemos às escadas do sótão “na corrida”, reunimo-nos em volta da cama, no quarto de dormir dos pais, no andar inferior... buscou-se o braseiro e colocou-se no chão. Atrás da porta da “dispensa”, estava o “magote de ervas: marcela do campo, espinheira santa, etc. Rapidamente joga-se a espinheira santa nas brasas e a fumaça das folhas secas, sobem em direção ao teto... “ a fumaça da espinheira santa é bom para acalmar o vento, é desta espinheira que é feita a “corôa de espinhos” do Cristo... “Ave-Maria cheia de graça...o Senhor é convosco...todos de joelhos em volta da cama dos Pais...ajoelhados, cotovelos na cama, Mãe toninha “puxa o rosário” ...nós 4 pequeninos, olhos esbugalhados e saltando de medo a cada “assanhada do vento” pelas “frinchas das portas e janelas”... de soslaio olhando a fumaça que vai até ao teto...e pensando, por onde vai sair ? Como vai chegar aos céus e pedir para Nossa Senhora interceder para acalmar ao Minuano !
Aos poucos, a tempestade amaina, ouve-se alarido no exterior, noite escura, casas destelhadas, casas desabadas... “não tem luz”... a “Fôrça e Luz”, não tem “força”... acendem-se velas... o que resta do vento tremula muito às chamas... volta-e-meia, apaga... Mãe Toninha, avisa: “estou aqui...não fiquem com medo, Nossa Senhora nos ouve e protege”...acende a vela e nós torcemos para o Minuano não soprar forte de novo ! Não soprou...Ave Maria Cheia de Graça !
terça-feira, 19 de maio de 2020
terça-feira, 12 de maio de 2020
segunda-feira, 11 de maio de 2020
Nasceu....
Foi em 2007. Num bate papo no Clubinho. Expus a idéia. José Geraldo Reis Pfau topou ... redigiu o Projeto. O projeto "dormiu" um ano numa gaveta de "autoridade" . Até hoje sem resposta ! Por orientação de Engenheiro Agrônomo da Epagri, começamos o plantio em 2008. Todos catalogados...quem plantou...data...horário... ganhamos publicidade... pelo Blog. De repente a UNESCO nos publica na sua página: " I AM A CITY CHANGER " ...(apôio de Cristiane Otte Corrêa) 1 bilhão de visualizações... aí o Japão nos descobre. Pede sementes de São Joaquim SC. O Técnico Agrícola Alex Waltrick de São Joaquim,nos socorre ! O Engenheiro (In memorian) Hisanori Maeda plantando ipês há 35 anos...por lá (Província de Kirishima - Japão). Com nossas sementes faz um bosque. Pouco antes de falecer distribui suas mudas por parques no Sul do Japão. Distribuiu sementes por todo o Japão ! Fomos notícia na poderosa NHK TV japonesa. No aniversário de Amizade Integração Brasil - Japão, Princesa do Japão, faz Poema aos Ipês e Cerejeiras. Meu Deus... Pfau, Jean Carlo Michel (Rosilene Bruch) ... viajamos sem sair de casa... Obrigado aos Amigos que crêem ! Cristiane Otto Correa Carlo E. Spethmann Corrêa Arte Pfau (2007). Hisanari Ikeda. - ADILSON TADEU MACHADO
domingo, 10 de maio de 2020
Dia das mães.
“Mãe gera com o corpo, Nutre e cuida com o coração. Mãe é amiga em hora boa, Protetora permanente, Preocupação constante.” Desejo um FELIZ DIA DAS à todas as MAMÃES do CLUBINHO!!! ❤️❤️❤️🌺🌺🌺
sábado, 9 de maio de 2020
Fusca.
Algumas vezes nosso Clubinho de toda Terça Feira, acontecia em um Clube na cidade, pago pelo Sócio responsável pelo jantar. A brincadeira era que o Piloto do fusca, só entraria, anunciando que seria o assador do churrasco, pois não é socio daquele clube . Esta é a charge de uma das atas do Clubinho. Arte José Geraldo Reis Pfau.
Toninha.
Toninha...
Nasceu em São Joaquim, SC, 03/05/1922... Maio portanto, mês das noivas, mês das Mães ! Menina de olhos claros, azuis... Antônia dos Anjos de Oliveira, depois Antônia de Oliveira Machado. No pátio do colégio em São Joaquim, no recreio vendia balas “puxa-puxa”. O cliente que conheceu na escola primária, tornou-se seu marido! Ela Professôra Normalista, foi a primeira Professôra da Escola Mista do Distrito de Santa Isabel, São Joaquim SC. Ali nasceram os dois manos Boanerges(Neto) e Edson (Nenê). A vida de Professôra Primária, a levou com o marido, agricultor, comerciante, para o Distrito de São José do Cerrito (Carú) , Lages SC, na localidade de Ermida. Ali continuou a ensinar. Tadeu (O jóia) havia nascido em Lages. Maternidade Tereza Ramos. O nome “Tadeu”, já contei este “causo”, foi ela que me “salvou”, no batizado o padre, insistia que seria “Adilson da Conceição”, porque nascera em 8 de Dezembro, dia de “Imaculada Conceição”. Meu Pai Edison brigou com o Padre, não aceitou. “Pode ser então nome de outro santo” – perguntou a intercessora Toninha ... – Pode ! Qual Santo ? – São Judas Tadeu, “Santo das Causas Impossíveis”... pronto o “jóia” virou Tadeu ! É como me chamam “em casa”...Tadeu ! Na Ermida nasceu a “melada”, Cleusa, pele muito alva. Menina linda que nos encanta sempre ! Logo depois, a Tuberculose levou a amada Toninha ,para o Sanatório em Lages, em isolamento. Dois anos que só a podíamos visitar, nos poucos fins de semana. À Distância, ela na varanda, vestida com roupão e nós lá de baixo, olhando para cima e acenando... tempos de quarentena ! Ensinou-me a ler aos 6 anos. “Filho de professora”, tem que começar mais cedo não envergonhar. “ O ôvo viu à viúva”... leitura no livro “Vamos Estudar” . Palavra mais difícil: “Exercícios” ! Explicou... aqui a letra “x”, tem som de “zê” ! “Ezercícios” ... hhmmmm. Entendi ! Tarefa ? Faz uma cópia desta lição. “Página inteira” ...uia, mas eu ia jogar futebol com o Everaldo...só vai depois de terminar à cópia... uia ! Toninha e o Edison(Pai) tinham habilidades de enfermagem. Tanto tempo no hospital, aplicavam injeções. Seringa esterilizada na caixa metálica. Agulhas “enormes”, algumas tortas... a penicilina era a rainha dos antibióticos. Se a agulha "entupir"...recomeça à aplicação...e entupia... diacho ! Quantos amiguinhos, de olhos esbugalhados, com seus pais... solicitando: “Dona Toninha, a senhora pode aplicar injeção no “Everaldo” ? Tem que ir lá em casa, ele está de “cama” ! Quatro seguravam o “Everaldo”, bumbum para cima, em casa eu ouvia o alarido, meu amigo não podia naquele dia ser o centroavante, ficava de goal keeper ou back. Na defesa, “não precisa correr” ! Assim Dona Toninha foi nos educando. No recreio eu tinha um vidro de “Biotônico Fontoura” com café ! Ia comigo, no “bocó” de pano de brim, atravessado do ombro direito para esquerda. Nos frios de geada, pés com tamanco, depois alpargata-roda, escolhendo lugar para pisar e não molhar. Mão gelada, calça curta, encostava a mão no “bocó” para “desencarangar” ! As 10 horas, no recreio o café do vidro biotônico, ainda “tava quente”, a tampa era de rôsca e vedava bem. As vezes uma fatia de pão, feito em casa. Filho ...estude muito, você precisa ser “alguém” . Você não é “Tadeu” por acaso ! Querida Mãe Toninha, bateu uma saudade... “O ôvo viu à viúva” ! Farei quantas cópias mandar ! Cisco nos olhos ! - texto Adilson Tadeu Machado)
Nascimento do projeto.
07 de dezembro de 2007 o CLUBINHO publicou a imagem do Dr. Adilson Tadeu Machado numa ilustração do ZéPfau. Foi pelo aniversário dele e da iniciativa pelo "nascimento" do projeto Cores do ipê (https://coresdoipe.blogspot.com/) em 03 de novembro quando juntos Adilson, Jean Carlo Michel e Pfau participaram.
sexta-feira, 8 de maio de 2020
terça-feira, 5 de maio de 2020
Terça feira
Hoje é terça feira. Dia de CLUBINHO. Mas nessa não, novamente. Quando? Não se sabe. O afastamento social na prevenção do COVID 19 quebra uma rotina de 41 anos. Em 10 de março de 2020 foi quando o nosso presidente Daniel comunicou, por prevenção, que não faríamos a nossa reunião jantar. Daquela data em diante certamente os mais cautelosos se recolheram. Ficar em casa - foi a ordem dos organismos de saúde mundiais. O pior é que não tem vacina nas prateleiras. Mas, as terças feiras, temos o compromisso no CLUBINHO. Como é que ficamos? A nossa reunião tem uma pauta, coisa séria, cada um se prepara com um assunto que julga interessante, são conversas cativantes. São viagens, até na maionese, de tudo do que tem acontecido, atualizações, de vantagens e mentiras, troca de segredos, fofocas e revelações interessantes. Em nenhum outro local se fica sabendo quem foi, como foi e o que pode acontecer ou ter acontecido como nas nossas conversas. Assim é as nossas terças feiras. Não contaminamos nada. São momentos de muita alegria. Vez ou outra, temos até convidados. Convidados que se sentem incluídos, dão palpites e participam inserindo até novos assuntos. Como de praxe, nestes mais de 40 anos, o CLUBINHO não é o local para vender, trocar ou comprar nada. No CLUBINHO é aonde se adquire experiência, se vive, se enriquece. Assim como os países terão de rever suas vidas, nós do CLUBINHO depois de todos estes anos vamos ter de rever alguns conceitos. A quarentena é irritante. Conversar a um metro e meio de distancia é impossível. Até porque vamos ficando surdos. Evitar aglomerações é complicado. Como irão ficar as nossas vidas? Usar mascara obrigatoriamente é outra maneira diferente de se apresentar. Nosso médico gravou um vídeo de recomendações neste sentido. Será que um de nós não descobre um furo na pandemia? Uns fogem para a interditada praia e até das alarmantes estatísticas europeias. Estamos todos com muito medo. Ainda bem que houve um aumento considerável de bobagens nas redes sociais. Nós poderíamos ter feito a nossa “live”. De certo modo, a programação na TV tem ajudado. A política nem tanto. A imprensa tá e é complicada. Quando a vida voltar ao normal, quem sabe teremos novamente o compromisso desejável de estar no CLUBINHO as terças feiras e sempre no horário de costume. Para cumprir a agradável satisfação de rever amigos, de botar conversa fora, rir muito, saber das últimas notícias. Alimentar nossas vidas com um nutriente indispensável que se chama amizade. Boas amizades.
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