domingo, 30 de janeiro de 2022
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
sábado, 22 de janeiro de 2022
Médico Militar - texto Dr. Adilson.
“Dr” ...o que faz o “médco-militar” ?
Depende ... na “Guerra ou na Paz” ?
Na Guerra, depende do “Escalão de Saúde” que ele atua:
1) - Posto de Triagem - Pelotão de Saúde, com grupo de “padioleiros” remove feridos fazendo triagem entre ferimentos graves e leves .
2) Enfermaria: Mantém feridos e doentes em condições de recuperação rápida e retorno à linha de frente e voltar ao combate
3) Hospital – Atua com cirurgias e recuperação de feridos mais graves, até reabilitação completa para voltar ao combate ou evacuação definitiva por incapacidade definitiva !
Na Paz :
1) Participa da Seleção de Saúde dos “conscritos”, candidatos a prestarem o Serviço Militar.
2) Atende diariamente na Enfermaria do Batalhão, consultas e pequenos procedimentos, aos Militares da Ativa (trabalhando), Militares da Reserva, Dependentes (familiares de todas as categorias). Triagem de casos para evacuação a hospitais militares e civis para procedimentos cirúrgicos, clínicos , mais complexos que dependem de aparelhagem adequada.
3) Participa dos Exercícios militares, marchas, acampamentos, etc, atendendo aos militares em seus primeiros socorros e dispensando de atividades que possam agravar seus ferimentos ou problemas de saúde !
4) Atua nas comunidades civis, colaborando nas ACISO, Ações cívicos militares, nas populações de difícil acesso a atendimento médico.
Como são os meios, a equipagem destes “Postos de Saúde” ?
Depende: as vezes uma simples mochila, com alguns equipamentos, depende da missão onde o militar vai atuar !
O Batalhão que o Sr atuou ...23 BI , que estrutura possuía no seu tempo ?
Nossa enfermaria, era composta de Gabinete Médico, Gabinete Odontológico, Laboratório clinico para exames , Almoxarifado e equipe Médica (2) , Dentistas (2), Enfermeiros militares (3 ou 4) e Padioleiros (Auxiliares de enfermagem 5 ou 6) . A enfermaria possuía alojamento para internação de Praças (Soldados, Cabos e Sargentos) e Internação para Oficiais) – Não existiam planos de Saúde, atendia-se em casos de acidentes graves ou Urgência e Emergência, com apoio cirúrgico de Hospitais na rede SUS) .
Partos ? Sim ... fizemos alguns nas enchentes de 1980, 1983 e 1984 , o Ribeirão Garcia enchia e era difícil deslocar em canoas (bateiras) , à noite e com tempo chuvoso , helicópteros não voavam !
Batalhão sempre abria as portas do Serviço Médico e Alimentação, socorrendo aos desabrigados .
Médico e Enfermeiros militares eram chamados constantemente, a atender em domicílios de civis e militares. Trabalho árduo sim, não haviam ambulâncias em Blumenau, nossa ambulância apesar de ser dos anos 50, atuava intensamente !
Foram anos difíceis, mas que forjaram a prática da medicina, em barracas, canoas, domicílios, nos ensinaram a prescrever receitas em cima de joelhos,(prancheta) de cócoras, ou apoiado na cabine da ambulância ou outro veículo (viatura) utilizado !
Hora Extra ? ... não, isto não existe para militar, nem lugar...isto se chama MISSÃO ! Nunca se recusa Missão de Salvamento !
Mudou muito ?
Sim ! Altas tecnologias...altos recursos...creio que para melhor ! Todavia o “ôlho no ôlho”, ajudar com o meio que dispuser, para aliviar sofrimento, seja com drogas reposicionadas, reconhecidas por anos de resultados...na Guerra ou na Paz... a burocracia não pode substituir a ação humanitária ! Nossa Continência ao Serviço de Saúde das Forças Armadas !
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
FUSCA PFAU
Maravilhoso texto do amigo TONI
> EM 2010 O ZÉ PFAU GANHOU SEU MELHOR E TRABALHOSO PRESENTE...UM QUEBRA CABEÇA DE CENTENAS DE PEÇAS...
pedestrianistas regulares desde 2005, o Zé e eu vivíamos a comentar histórias envolvendo fuscas o que era recorrente na nossa geração...eu ganhei um zero em 1971 placa AD 4089 quando cursava faculdade em Curitiba...eu `tocavalopaunobicho´...tudo o que existia de acessório eu coloquei..desde banco reclinado (muito apropriado a época) à carburação...o bichinho ia no VDO na reta do Sinuelo....bem...deixemos o meu pra lá....
QUANDO COMEÇOU..
num belo e ensolarado dia chega o Guilherme (filho mais novo do Zé) com uma carcaça de fusca que havia sido arrastado de Florianópolis...veio no freio de mão se esquivando nos acostamentos quando não conseguia segurar...numa loucura que só na juventude se encara...o `Gui´ sabe tudo de mecânica...um gênio na matéria..!
por mais apaixonado que fosse por fusca o estado do paciente era periclitante...ABSOLUTAMENTE TUDO A SER RESTAURADO...a cada detalhe/exame uma surpresa assustadora : uma missão hercúlea...rsrrsrsrsrsrs
nem sei quantas vezes fomos a Indaial/Pomerode/ferros velhos/sucatas/latoeiros/mecânicos/eletricistas/exposições...enfim,mágicos e mães de santo.....cada amigo que encontrava algo que pudesse compor a obra nos indicava o caminho...o Zé acordava e dormia o fusca...
nas caminhadas o assunto era : `acho que sei onde encontrar a rebimbola da parafuseta´ e por aí afora...quase um ano e meio para a gestação do fusquinha ..a parte mais angustiante foi a restauração da lataria/funilaria ...um verdadeiro calvário...o cara não sabia a diferença entre REFORMA E RESTAURO !....
quando a data do nascimento era marcada, surgia um adiamento por algum motivo que era incontornável...era fascinante !!
EM 15 DE JUNHO DE 2011, O TETÉIA FINALMENTE FICOU PRONTO (MUSICA DO R.C.)....
BEM...NÃO COMPLETAMENTE..!....muita coisa foi incrementada depois disso...
o fato de ter sido praticamente feito do zero, o fez especialmente querido e amado....
para o filho do Sr. Osmênio que deu tudo para o filho menos uma bicicleta (inacreditável), o Zé estava com suas pontes de safena aos 61 anos se sentindo de volta aos anos dourados...de certa maneira eu também...
VIVA O ZÉ COM SEU FUSCA 74, 5 FUROS.....!
sábado, 15 de janeiro de 2022
Texto do Dr. Adilson
SEVERINO CÍCERO !
Boa tarde !
- Boa Tarde “dotô” !
- Severino ?
-Sim “dotô”
- Vai trabalhar como motorista de caminhão ?
- É isso !
(Severino, 1,52 m de altura, 60 Kg, simpático como todos, sotaque ainda de acento típico)
- Tudo bem com sua saúde ?
- Sim “sr” !
- Fez vacina contra Covid ?
- Fiz sim! Fiz 2 doses da “istrogênica” !
- Deu reação ?
- Primeira dose quase “mi matô”...minha sorte foi a Patrimônio...
- Que Patrimônio ?
- Minha “muié”...paraibana macho sim sinhô ! Ela me “cuidô”
- De onde você é Severino ?
- Araruna... conhece lá “dotô” ?
- Não, é perto de Ingá ou de Itabaiana ?
- Iiiche “dotô” – é não ! Fica na divisa com Rio Grande do Norte!
- Muito tempo aqui em Blumenau Severino ?
- 8 anos “dotô” !
- Veio sozinho ?
- Não dotô, trouxe a Patrimônio...
- Vida difícil lá ?
- Iiiiche sêo “dotô”... já comeu palma ?
- Não, mas já vi na tv que dá para fritar ?
- É dotô...se tiver óleo... dá... né ?
- Verdade !
E aqui em Blumenau, 8 anos...melhorou ?
- Ave Maria ...”dotô”... eu e a Patrimônio, já temos nossa casinha, na “Glória do “Padim Cícero” e abençoado trabalho !
- Você dirige que tipo de caminhão ?
- sou “carretêro dotô” !
- Mas você alcança os pedais? (ergonomia) .
- Quem comeu palma estica os pés dotô...risos !
- Ok, Severino Cícero, parabéns a você e a Dona Patrimônio !
(ele estica o braço, punho fechado (distanciamento pandemia – fecho meu punho...bato no dele)
- Dotô, você é um cara legal !
- Severino, você é um vitorioso e “cara” do BEM!
- Amém “dotô” ! Inté !
- Inté !
(Parafraseando o Escritor Helvion Antônio Ribeiro, dos pés dos Alpes de Urubici, terras de São Pedro): SEGUE A SAGA
!
sábado, 8 de janeiro de 2022
Texto do Dr. Adilson Tadeu Machado
JOÃO FRANCISCO !
Certa noite, recebi um pedido de “adicionar” no Facebook. Agradável troca de mensagens. Primo João Francisco, que talvez o tenha visto, aos 3 ou 4 anos, no Distrito de Santa Isabel, São Joaquim SC, casa de meu padrinho de batizado, Dercílio (Tio Derço). João, ficou órfão de pai aos 5 anos, cresceu por adversidades econômicas, mas uma bela família de princípios morais e religiosidade. Ao longo da vida, torna-se representante comercial bem sucedido e cidadão do bem. Conversa vai...conversa bem, contou-me que sua família, foi a ultima moradora na casa de meus avós, na invernada de cima, da Fazenda Santa Rita, antes da venda das terras. Convidou-me para uma cavalgada, ele faz parte de Clube de Cavalgadas em Lages SC, proprietário de duas belas tordilhas. Convite aceito. – Traga o seu irmão Nenê (Edson), pois lembro dele comprando patativas (pássaros)...apreciador do canto, isto há 50 anos... – João ...terei férias agora em Dezembro uns 15 dias, se você puder...seria uma boa ocasião. – Trato feito ! Convidei meus irmãos Boanerges (Neto) (Exército) e Edison (Nenê) (Marinha) meu sobrinho Nériton (Motorista) (Patrulheiro Federal), todos aposentados e partimos . Em Lages, João nos recebe na sede do Clube, galpão muito bem montado, alojamentos, rodas de chimarrão, café, muito papo, muitas histórias e estórias, mostra-nos , nas baias as tordilhas, paixão dele e passou a ser nossa ! Dia seguinte, muito cedo, partimos para Fazenda Santa Rita, camionetes rebocando tordilhas em carretas e amigo Kakaio, também cavaleiro, rebocando suas preciosidades. Fui de cabine F250, com João dirigindo...descortinando aquelas paisagens serranas da estrada Lages-São Joaquim... cada curva, cada terreno, uma estória, muita história, preenchendo lacunas de saudades de infância e adolescência. Na encruzilhada para o Distrito Santa Isabel, Café Colonial Serrano do tio Vavá Melo, fomos recebidos pela família e parentes. Não nos deixaram partir para cavalgada, sem primeiro desfrutar na cozinha da residência, de saboroso “café com mistura”: bolos de coalhada, roscas, bolachas de natal, biscoito sucrilho, delícias de nossa infância. Muita conversa, muitos causos...risadas e gargalhadas, na mesa, família de tio Vavá Melo (Terezinha Fabre Melo, Bia Fabre Melo do programa “ ôôô de casa” do SBT”, primo João (Chico) Amigo Kakaio, Manos Edson e Boanerges e Sobrinho Nériton).
Fomos para o Galpão, preparar montarias... minha sela estava com estribos muito compridos... precisamos encurtar altura – “cavaleiro só coloca ponta dos pés – se cavalo empinar e lhe derrubar o pé não pode ficar enroscado no estribo e você sair de arrasto” – (Credo... tinha esquecido) Com ajuda do primo João, Kakaio e neto Zanata (Vavá Melo), fomos ficando com montarias com arreios no ponto. Aproveitamos a varanda da casa...afinal em certa idade, volta-se à infância e colocar o pé no estribo e jogar a perna por cima do lombo da montaria, não e como montar em bicicleta. Artrites e artroses estalaram para alguns cavaleiros...teve um que só montou, com 4 ajudantes para socorrer...a mulher do caseiro só dizia: - Ahh Nossa Senhora...será que ele vai conseguir ? Conseguiu...a idade, bem não vou contar ! A esposa dele em Florianópolis disse: “ B... não vá montar...você não consegue” ...teimoso, cismento...foi e montou! Agora em Florianópolis onde mora, a mulher já disse : “Você não tem desculpa – agora quando tem que fazer serviço aqui em casa, a perna não serve como desculpa! Tá trabalhando muito ! Até roçada de pasto e árvore, já fez ...!
Partimos cavalgando por potreiros e cancelas... vento minuano no rosto, cantos de perdizes, curicacas, tico-ticos, canários, bicos chanchãs, cancelas de todo tipo, arame, madeira, etc...João prestimoso apeava, abria e fechava porteiras com ajuda do amigo Kakaio... nós nem ousávamos apear (descer do cavalo) pois não tinha “varanda”, para nos apoiar ! Taipas muito altas...foi-se o tempo de “guri” pulando taipa...agora só com guincho ! Os campos da Fazenda hoje tem muitos pomares de maçãs, terrenos cercados...fomos costeando e visitando morros e lagoas...à beira da trilha antiga e nova...macieiras carregadas ! Minha montaria, cavalo zaino, ...(- “dr” este seu cavalo é manso...fica tranquilo ...é só não galopar...rédea curta nele, viu ? ) Agora...você manter cabresto e “freu” curtos, com a mão esquerda e na direita querer fazer vídeo com celular ...meus amigos... distraído, o zaino percebia a liberdade da rédea e avançava no pomar, arrancando maçã para comer...êta bicho “bardoso” ! - “dr... presta atenção estas maçãs “tem veneno” ...pode ser perigoso... “vixe – cá com meus botões – acho que então vou ter que pagar um cavalo morto – ave maria ! Passo-à-Passo, trote...quase caio, na minha folga para filmar de cima da sela, tirei pés dos estribos...cavalo troteia...quase “escapo de cima”...baita susto ! Meu avô se visse isto, teria dito: “Guri – se cair do cavalo ---vai ter rabo de tatu ! Mantenha os pés nos estribos” – Juro que ouvi os recados – outros cavaleiros não perceberam – eu era o último na fila indiana da trilha ! Havia uns 10 anos que não cavalgávamos – mas fomos preparados, Hipoglós, 3 cuecas, chumaços de algodão...e aquele cheiro de Hipoglós... (bebês ou “cavaleiros”) – não interessa ! Fizemos ! No Galpão da Fazenda Santa Rita...apeamos. Nériton é Socorrista da PRF, experiente, ajudou aos cavaleiros a apearem.
Tivemos direito a almoço, na beira do Lajeado da Grutinha...frescau (charque) na brasa...linguiça campeira ! Tia Terezinha Fabre e filha Bia chegaram com mais “mantimentos”, maionese e pão ! Baita pic nic. De mãos dadas, oramos na grutinha de Santa Rita ! João, puxou à reza...invocou todos os anjos e querubins, e o Pai Nosso terminou com a turma com lágrimas nos olhos ! Ficou promessa de voltarmos – Santa Rita nos permita ! Querido Primo João Francisco Pereira (Chico) Deus o abençoe e sua querida família ! Dezembro de 2021 !
domingo, 2 de janeiro de 2022
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