quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Saudade



Nós do CLUBINHO entendemos que praticamente se encerra um ciclo de vida de uma geração com o falecimento do seu Deba. Uma geração de pais que tiveram que conviver com a rebeldia dos nossos cabelos compridos, o som alto dos nossos toca discos e o ronco do escapamento aberto dos motores dos nossos carros. Nós, seus filhos, somos de uma geração que fez muita poeira na estrada, chegando a ser talvez campeão ou simplesmente competindo na vida. Eles, os nossos pais, viam tudo com dificuldade, numa vida e num cenário que jamais imaginariam. Certamente o maior choque de conflitos foi o deles, pois desejavam e muito o nosso sucesso. Assim foi com o seu Osmênio que estava sempre junto e jamais reclamando das mudanças, como o seu Aderbal que foram também sucesso na criação de suas famílias. Dos Walendowsky tivemos a presença da mãe, de seus bem sucedidos filhos, pois o pai os deixou muito cedo. Já o marido da dona Maura conviveu com os cabelos rebeldes e os acordes do iê, iê, iê. O elegante Dr. Jamenson viu o playboy motociclista riscar o asfalto. O seu Geninho desejou qualidade para a harmonia dos filhos talentosos. O seu Ribeiro, de Simca, mantinha a rédea, igual ao seu Machado que desbravava, com sua tropa, pelos campos de Lages. O Coronel Mesquita mal via o filho nas alturas e com orgulho a cadencia do tenente catarina. O seu Laerte com seus rapazes chegavam para iniciar a construção da bela família. Em Porto Alegre, muito antes, o seu Azambuja, preparava o rapaz para crescer em São Paulo e vindo de Santa Maria o filho do seu Pansard iria ser doutor. E com isso fica o recado final para o Daniel, por ter o seu pai junto no seu dia a dia, porque nós todos podemos afirmar que é uma grande vantagem na vida. Que saudade.