quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Corridas em Blumenau

http://www.adalbertoday.blogspot.com.br/2012/11/ligueli-e-o-automobilismo-em-blumenau.html Blumenau - Quarta, 14 de Novembro de 2012 - 10:47 AM - Ligueli e o automobilismo em Blumenau Em histórias de nosso cotidiano apresentamos o famoso e conhecido taxista e automobilista blumenauense Carlos Federico Mertens, também conhecido como Ligueli ou Ligueligue para outros Lig Lig (faleceu em 2004) - e todos os participantes. Quem me enviou as fotos foi seu Neto Felipe Mertens Brancher. Introdução: José Geraldo Reis Pfau/publicitário em Blumenau Corridas Blumenau esteve no circuito nacional de competições de automobilismo de rua no centro de cidade nos anos 19(60). Na época as cidades promoviam corridas de rua como aconteceu nos 200 km de Joaçaba em 1965, Lages com 500 km em 1966, Chapecó com 4 horas em 1967 e Blumenau foi palco num destes espetáculos. Com carros e pilotos catarinenses e de outros estados brasileiros. Uma época que terminou com um desastre com morte e feridos numa prova de rua em Joinville. A partir daí estas provas só em autódromos. Na competição de velocidade tínhamos carros como Simca, DKWs, Fuscas, Gordinis, Berlinetas Interlagos que eram automóveis da moda no Brasil. O envolvimento da cidade era grande e fez despertar o desejo pela velocidade de muitos blumenauenses. A vitória ficava por conta de uma equipe que teve reconhecimento nacional e era de Piracicaba (SP) com DKWs comandada por Maks Weiser. Das cidades de Santa Catarina tivemos pilotos de todas as grandes cidades como Itajaí, de Lages e Joinville. De Blumenau o profissional do volante “Ligueligue” (Simca) liderava o grito da torcida, e nos DKWs pilotos como Fritz Reimer, Julio Reichow, Sergio Buerger, Arminio Klotz e outros personagens da rápida história naquela época do nosso automobilismo. O circuito na sua grande maioria era em ruas calçadas com paralelepípedos, e em Blumenau incluía o trajeto da Rua 7 de Setembro, com largada na esquina do Hotel Rex, pelas curvas da Rua João Pessoa, subindo, em estrada de barro, o morro da Companhia “Hering” , percorrendo no asfalto pelo bairro Bom Retiro na rua Hermann Hering, entrando no paralelepípedo na Floriano Peixoto e fechando o circuito com a Rua 7. Lembro mais um forte candidato a vencer a prova era o lageano Plinio Luersen (SIMCA). Outro era um Batistela de Lages com um Willys Interlagos coupe, de Blumenau tinha um Willys Interlagos Berlineta prateada cujo apelido do piloto era "Caveira".). Pouco me lembro dos dados desta corrida.Mas houve uma corrida em Blumenau ano 1969 em que o Max Weiser venceu e que um Gordini preparado pela engenharia mecânica da UFSC tirou segundo lugar.O piloto era Luiz Carlos Brasil. ( Luiz Henrique Pfau)
Conta à história uma parte engraçada. As emissoras de rádios entrevistavam os pilotos, com objetivo de criar a expectativa. Numa dessas envolveu os pilotos locais, Ligueligue e Fritz, já com estabelecida rivalidade, um de Simca, taxista; outro de DKW, proprietário de uma loja de canetas. Ainda não tinham decidido se corriam por causa da ameaça do mau tempo. Ao ser informado pelo repórter que Ligueligue iria, sim, entrar na prova mesmo com chuva, Fritz, com seu sotaque carregado não deixou por menos e anunciou forte para os ouvintes: ”Se Liclic core, Fritz tampém core”! . A frase entrou para o folclore. Na internet diz que na prova “Uma Hora de Blumenau” registra como primeiro colocado foi Mario Wilson Soares, DKW e segundo Arminio Klotz, DKW. Nas Três Horas de Itajaí o primeiro colocado foi Max Weiser - DKW, 65 v em 3h02m13s seguido de Otavio do Canto/Dalmir Rocha – DKW + Mario Soares/Artur Fagundes – Renault + Arno Luersen/Antonio Carlos dos Santos – Simca + Carlos Frederico Mertnes/Elmar Seidelmann – Simca + Jose Avila dos Santos/Francisco Berti – DKW + Eloir Ernandi/Olivir Pereira – DKW + Julio Reichow/Vitorinio Ventura + Errold Klotz/Arminio Klotz – DKW + Helio Sclemper/Albenir Gentil – Simca. Arquivo: Família Mertens/Brancher Comentário do Pfau Nós, amigos e adolescentes, residentes na região da Rua Amadeu da Luz, São José e Getúlio Vargas fazíamos parte de um grupo de amigos com carros (alguns com o carro do pai) que formamos uma escuderia. Escuderia na época era moda e se colocava um adesivo redondo ( 30 cm de diâmetro) no vidro traseiro dos carros para dizer que essa era uma turma organizada e eram da mesma equipe. Nós criamos a Escuderia Zangão. Nos aproximamos do Lig Lig e ele estava viabilizando sua condição de competir e nós nos propomos a "pintar" o patrocínio, nº etc, no carro dele e com isso ele competiu com "Equipe Zangão". (Veja no capô do SIMCA)