De ADILSON TADEU MACHADO
Memórias da minha infancia em Lages
Ter a oportunidade de rever amigos de infancia é como abrir um tesouro que há muito foi substituido por outros e por outros em nossas vidas. Compartilho com meus amigos do CLUBINHO momentos que enchem de alegria o meu coração. A conversa por e-mail que tive com o Everaldo “O bom de bola”.
December 13, 2010 9:18 PM Everaldo Avila Cabral - "O Bom de Bola "
Tadeu, Não tens idéia da alegria que me passas primeiro, ao lembrares deste velho amigo velho, que nunca esqueceu de ti nem dos velhos tempos. Fiquei muito chateado quando um dia destes cheguei na casa da Vete e fiquei sabendo que tu e teus irmãos haviam estado lá e, partido a cerca de mais ou menos meia hora atrás. Partiu-me o coração. Depois de nosso último encontro em Blumenau, retornei à esta cidade mais uma vez, para correr outra maratona e, consegui falar com teu filho, deixando um recado ao qual, não tive retorno. Fico feliz que tudo esteja bem contigo e espero, com tua família. E daí, terminaste o curso de direito? Devo agradecer-te pela tua bondade em chamar-me de "O Bom de Bola" mas, acho que tua memória tem alguns pontos falhos pois, nunca aconteceu nada nem parecido. O Chorão, digo o Neném, realmente jogava até uma bola razoável que, poderia ser melhor se não fosse tão chorão. Ele está morando aqui em Minas Gerais e trabalhou alguns anos comigo mas, aposentou e chutou o pau da barraca, ficando a coçar a barriga; pouco o vejo pois, ele não é muito sociável. Quais são as notícias de tua família, pais, irmãos e a irmã; sempre lembro da Cleuza, com os dentes em curva, de tanto chupar bico embora, a um bocado de tempo, eu a tenha encontrado sem este problema, e muito bonita. Qual é teu endereço atual? Como me encontraste? Eu estou casado novamente, e moro em Belo Horizonte – MG, tens meu telefone. Vindo a Belo Horizonte, apareça. Estou sempre lembrando de nossa infância cheia de criatividade, com os carrinhos de carretel e caixinhas de fósforo a rodarem naquele grande sistema viário de nosso quintal, dos rolos, dos arcos com as rodas do fogão a lenha. Outro dia ainda lembrei quando construíram o altíssimo prédio do Banco Inco, que chegava a doer o pescoço para olhar para o alto, e como era alto. Lembras da inauguração, quando vieram o Alex e o Rudi e desceram pelo cabo de aço, equilibrando-se somente com uma vara? E depois, quando fomos para casa e pegamos uma boneca de plástico da Vete e colocamos um cordão da janela do "sóte" , até a cerca lá na frente da casa? Era o Rudi e eu acho que apanhei quando ele caiu no pátio e voou pernas, braços, cabeça e corpo e a Vete, abriu um grande bocão a chorar. Fico vendo hoje meus netos (tenho um com quase 16 anos, uma com 13 anos e um com 3 anos) com brinquedos eletrônicos, jogos na TV (só conheci TV com 17 anos), computadores, sem liberdade de irem à rua e, agradeço todos os dias a DEUS, por eu ter tido uma infância saudável, livre e muito feliz. Meu eterno amigo, digo a ti que eu trabalhei duro, e consegui ter hoje, a mesma felicidade de quando eu era menino, graças ao BOM DEUS. Eu me acho uma pessoa realizada e creio, isto se deve a nossa formação de criança, com pais presentes, amorosos e ainda, amigos que nos deixaram saudade mas que,continuam e morar em nossos corações. Vamos nos manter em contato. Estou viajando para Lages para passar o Natal com a velhinha e depois, levá-la para a praia conosco. Gostaria de convidar-te e aos teus familiares, para aparecerem em nossa casa de praia na Jaguaruna-SC, onde nasci, onde estaremos até o dia 13/01. Será um grande prazer tê-los conosco. Caso não consigas falar comigo lá, podes ligar para uma prima minha que mora lá e que cuida da minha casa durante o ano, cujo telefone indico anexo: -Marli. Nossa casa é bem simples mas, eu creio que tem muito carinho e amor. Em 02/2011, estarei em Blumenau, em uma festa de formatura de uma sobrinha minha que formou em engenharia; é outra possibilidade de encontro.
Um grande abraço. De seu sempre amigo,
Everaldo
December 10, 2010 11:32 PM
Everaldo Avila Cabral - "O Bom de Bola "
É claro de que, desde menino ele, Everaldo, era bom-de-bola ! Ele e o irmão menor (“Nenen") jogavam sempre no mesmo time...o jogo era na nossa rua, duas pedras ou dois tijolos marcavam a trave. O dois irmãos sempre se destacavam...bons no drible...marcavam gols. Só não podíamos "bater" no “Nenén” ...ele chorava fácil e o jogo poderia acabar antes do tempo com Dona Maria (mãe dos dois irmãos) chamava os dois para "dentro" de casa e o jogo acabava com ameaça de "sova" ! Eram anos sem tv, apenas rádio e radionovelas que Sêo Cabral tinha bons rádios e D. Maria à tarde ouvia novelas enquanto ajudava na costura...ajudando Seo Cabral. Aprendi com eles a desmanchar "túnicas" e a desfazer a parte mais chata ...o "pense", feito de costuras diminutas e que dava um trabalhão. Dias de chuva brincávamos de "esconde-esconde" dentro da casa...era um barulho infernal. Mas gostávamos mesmo era de nosso brinquedos de Faroeste, com regras próprias...se vc estivesse atrás de um obstáculo, era válido como trincheira e não poderia ser "morto" ou preso...adorávamos ir à caça de passarinhos, numa época em que não existia IBAMA... íamos pelo rio Ponte Grande, mas que insistíamos em chamar de Caráa, pela beira do rio, conhecíamos todas as árvores que pudíamos transpor o rio e passar para o lado da chácara do Velho Surdo...velho que nunca víamos...mas tínhamos medo de sua fama de "mau". Everaldo e sua família tinham bicicletas... luxo que me permitiu aprender andar em bicicleta-de-menina, sem o varão no meio para atrapalhar minhas pernas curtas... acho que foi na bicicleta da "Vete"... bela irmã do Everaldo, a Marivete ! Os anos passaram.. ele foi morar no "centro" depois seguiu para Porto Alegre... e ganhou o mundo ... nos reencontramos... nos distanciamos... mas ainda sonho com as caminhadas no Morro Juca Prudente e nossas aventuras de rolar pedras ou subir pela taipa... os picnics no Pocinho dos Escoteiros... Tio Vêra e Neném meu abraço saudoso. Tadeu.
Memórias da minha infancia em Lages
Ter a oportunidade de rever amigos de infancia é como abrir um tesouro que há muito foi substituido por outros e por outros em nossas vidas. Compartilho com meus amigos do CLUBINHO momentos que enchem de alegria o meu coração. A conversa por e-mail que tive com o Everaldo “O bom de bola”.
December 13, 2010 9:18 PM Everaldo Avila Cabral - "O Bom de Bola "
Tadeu, Não tens idéia da alegria que me passas primeiro, ao lembrares deste velho amigo velho, que nunca esqueceu de ti nem dos velhos tempos. Fiquei muito chateado quando um dia destes cheguei na casa da Vete e fiquei sabendo que tu e teus irmãos haviam estado lá e, partido a cerca de mais ou menos meia hora atrás. Partiu-me o coração. Depois de nosso último encontro em Blumenau, retornei à esta cidade mais uma vez, para correr outra maratona e, consegui falar com teu filho, deixando um recado ao qual, não tive retorno. Fico feliz que tudo esteja bem contigo e espero, com tua família. E daí, terminaste o curso de direito? Devo agradecer-te pela tua bondade em chamar-me de "O Bom de Bola" mas, acho que tua memória tem alguns pontos falhos pois, nunca aconteceu nada nem parecido. O Chorão, digo o Neném, realmente jogava até uma bola razoável que, poderia ser melhor se não fosse tão chorão. Ele está morando aqui em Minas Gerais e trabalhou alguns anos comigo mas, aposentou e chutou o pau da barraca, ficando a coçar a barriga; pouco o vejo pois, ele não é muito sociável. Quais são as notícias de tua família, pais, irmãos e a irmã; sempre lembro da Cleuza, com os dentes em curva, de tanto chupar bico embora, a um bocado de tempo, eu a tenha encontrado sem este problema, e muito bonita. Qual é teu endereço atual? Como me encontraste? Eu estou casado novamente, e moro em Belo Horizonte – MG, tens meu telefone. Vindo a Belo Horizonte, apareça. Estou sempre lembrando de nossa infância cheia de criatividade, com os carrinhos de carretel e caixinhas de fósforo a rodarem naquele grande sistema viário de nosso quintal, dos rolos, dos arcos com as rodas do fogão a lenha. Outro dia ainda lembrei quando construíram o altíssimo prédio do Banco Inco, que chegava a doer o pescoço para olhar para o alto, e como era alto. Lembras da inauguração, quando vieram o Alex e o Rudi e desceram pelo cabo de aço, equilibrando-se somente com uma vara? E depois, quando fomos para casa e pegamos uma boneca de plástico da Vete e colocamos um cordão da janela do "sóte" , até a cerca lá na frente da casa? Era o Rudi e eu acho que apanhei quando ele caiu no pátio e voou pernas, braços, cabeça e corpo e a Vete, abriu um grande bocão a chorar. Fico vendo hoje meus netos (tenho um com quase 16 anos, uma com 13 anos e um com 3 anos) com brinquedos eletrônicos, jogos na TV (só conheci TV com 17 anos), computadores, sem liberdade de irem à rua e, agradeço todos os dias a DEUS, por eu ter tido uma infância saudável, livre e muito feliz. Meu eterno amigo, digo a ti que eu trabalhei duro, e consegui ter hoje, a mesma felicidade de quando eu era menino, graças ao BOM DEUS. Eu me acho uma pessoa realizada e creio, isto se deve a nossa formação de criança, com pais presentes, amorosos e ainda, amigos que nos deixaram saudade mas que,continuam e morar em nossos corações. Vamos nos manter em contato. Estou viajando para Lages para passar o Natal com a velhinha e depois, levá-la para a praia conosco. Gostaria de convidar-te e aos teus familiares, para aparecerem em nossa casa de praia na Jaguaruna-SC, onde nasci, onde estaremos até o dia 13/01. Será um grande prazer tê-los conosco. Caso não consigas falar comigo lá, podes ligar para uma prima minha que mora lá e que cuida da minha casa durante o ano, cujo telefone indico anexo: -Marli. Nossa casa é bem simples mas, eu creio que tem muito carinho e amor. Em 02/2011, estarei em Blumenau, em uma festa de formatura de uma sobrinha minha que formou em engenharia; é outra possibilidade de encontro.
Um grande abraço. De seu sempre amigo,
Everaldo
December 10, 2010 11:32 PM
Everaldo Avila Cabral - "O Bom de Bola "
É claro de que, desde menino ele, Everaldo, era bom-de-bola ! Ele e o irmão menor (“Nenen") jogavam sempre no mesmo time...o jogo era na nossa rua, duas pedras ou dois tijolos marcavam a trave. O dois irmãos sempre se destacavam...bons no drible...marcavam gols. Só não podíamos "bater" no “Nenén” ...ele chorava fácil e o jogo poderia acabar antes do tempo com Dona Maria (mãe dos dois irmãos) chamava os dois para "dentro" de casa e o jogo acabava com ameaça de "sova" ! Eram anos sem tv, apenas rádio e radionovelas que Sêo Cabral tinha bons rádios e D. Maria à tarde ouvia novelas enquanto ajudava na costura...ajudando Seo Cabral. Aprendi com eles a desmanchar "túnicas" e a desfazer a parte mais chata ...o "pense", feito de costuras diminutas e que dava um trabalhão. Dias de chuva brincávamos de "esconde-esconde" dentro da casa...era um barulho infernal. Mas gostávamos mesmo era de nosso brinquedos de Faroeste, com regras próprias...se vc estivesse atrás de um obstáculo, era válido como trincheira e não poderia ser "morto" ou preso...adorávamos ir à caça de passarinhos, numa época em que não existia IBAMA... íamos pelo rio Ponte Grande, mas que insistíamos em chamar de Caráa, pela beira do rio, conhecíamos todas as árvores que pudíamos transpor o rio e passar para o lado da chácara do Velho Surdo...velho que nunca víamos...mas tínhamos medo de sua fama de "mau". Everaldo e sua família tinham bicicletas... luxo que me permitiu aprender andar em bicicleta-de-menina, sem o varão no meio para atrapalhar minhas pernas curtas... acho que foi na bicicleta da "Vete"... bela irmã do Everaldo, a Marivete ! Os anos passaram.. ele foi morar no "centro" depois seguiu para Porto Alegre... e ganhou o mundo ... nos reencontramos... nos distanciamos... mas ainda sonho com as caminhadas no Morro Juca Prudente e nossas aventuras de rolar pedras ou subir pela taipa... os picnics no Pocinho dos Escoteiros... Tio Vêra e Neném meu abraço saudoso. Tadeu.